Bispos da Costa Rica condenam a legalização das uniões homossexuais


28.09.2010 - Os Bispos da Costa Rica tornaram público, no dia 6 de setembro, uma mensagem coletiva dirigida aos membros do Congresso em razão do fato de que, nos últimos meses, “foi aberto um debate público sobre a concessão de um estatuto social e legal das uniões entre pessoas homossexuais”.

Na mensagem, assinada pelo presidente da Conferência Episcopal, Dom Hugo Barrantes Ureña, Arcebispo de San José, os Bispos propõem “algumas considerações orientadas para a proteção da dignidade do matrimônio, base da família, e para a promoção e defesa do bem comum da sociedade, da qual essa instituição é uma parte constitutiva”.

Para os Bispos costariquenhos, o matrimônio, base essencial da família, é “um valor importantíssimo, que deve ser defendido de qualquer ameaça que ponha em perigo a sua solidez.

O casamento não é uma união qualquer entre seres humanos. Foi ele fundado pelo Criador, que o dotou de uma natureza particular, de propriedades essenciais e de finalidades indiscutíveis.”

Este fato – continua o documento – levou os Bispos a oporem-se reiteradamente aos diferentes projetos que, aberta ou camufladamente, “pretendem equiparar o casamento heterossexual com a união entre pessoas do mesmo sexo porque a legalização desta união deforma a percepção dos valores morais fundamentais e diminui a instituição matrimonial como tal”.

Mais adiante afirmam: “A família, como elemento natural e fundamental da sociedade e do Estado, deve receber destes a máxima proteção possível, especialmente no momento de sua constituição e em todo o processo de cuidado e educação dos filhos.”

A mensagem episcopal recorda que “constitui uma obrigação básica do Estado – vinculante para os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário – a proteção jurídica da natureza intrínseca da instituição familiar, isto é, a promoção dos valores próprios do autêntico matrimônio e da fecundidade de novas vidas, necessitadas de uma educação sadia e de um contexto legislativo baseado no respeito da lei natural”.

“Ao estabelecer a união entre pessoas de mesmo sexo em igualdade de condições jurídicas ao do matrimônio ou da família, o Estado atua arbitrariamente e entra em contradição com seus próprios deveres”.

Os Bispos recordam também que “o princípio da igualdade contido na Constituição não implica que, em todos os casos, se deva dar um tratamento igual prescindindo dos possíveis elementos diferenciadores de relevância jurídica que possam existir. Ou seja, que toda desigualdade constitui necessariamente uma discriminação”.

No final, os Prelados costariquenhos lançam um apelo aos membros do Congresso, “particularmente àqueles que confiam em Cristo”, para que consagrem-se com sinceridade, honestidade, amor e força para a missão que lhes foi confiada pelo seu mandato popular, a saber, “legislar com base em princípios éticos e em benefício do bem comum”.

Fonte: http://www.ipco.org.br

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Lembrando...

Bispos rejeitam apoiar o aborto e as uniões homossexuais no plano de DDHH no Brasil

12.01.2010 - SÃO PAULO- A Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) expressou seu rechaço à decisão do governo do Presidente Lula de apoiar e promover o aborto e as uniões homossexuais no Programa Nacional de Direitos humanos. Hoje o mandatário ofereceu “revisar” estas disposições.

No último 21 de dezembro se apresentou o programa que precisa, literalmente na página 35 que as autoridades do governo devem “apoiar a aprovação do projeto de lei que descriminaliza o aborto, considerando a autonomia das mulheres para decidir sobre seus corpos” e na página 56 indica que também devem “implementar mecanismos de monitoramento dos serviços de atendimento ao aborto legalmente autorizado, garantindo seu cumprimento e facilidade de acesso”.

Deste modo o documento assinala na página 38 que se buscará “apoiar projeto de lei que disponha sobre a união civil entre pessoas do mesmo sexo”.

Este apoio do governo à agenda abortista e anti-família, quando 80 por cento da população do Brasil se opõe a esta infanticídio, foi considerada por Dom José Simão, Bispo do Assis e responsável pelo Comitê de Defesa da Vida do Regional Sul-1 da CNBB, como “uma atitude arbitrária e antidemocrática do governo de Lula”.

Por outro lado, o teólogo e apresentador de dois programas televisivos do canal católico “Canção Nova”, o professor Felipe Aquino, explicou que este plano de Direitos humanos –que também causou mal-estar entre os militares ao propor uma comissão da verdade que revise o acontecido na ditadura entre 1964 e 1985– “cria insegurança jurídica. Um programa de recursos humanos deve pacificar a Nação e não provocar agitação depois de tantos anos de tranquilidade”.

O Prof. Aquino acrescentou também que “Uma forte reação pode ser notada também por parte dos profissionais da imprensa que veem em alguns pontos do plano uma tentativa de impedir a sua livre manifestação diante dos fatos”.
Por isso, o teólogo brasileiro conclui que “fundamental que o terceiro Programa Nacional dos Direitos Humanos do governo Lula seja profundamente revisto e modificado, com um debate amplo, aberto à participação de todos os segmentos da sociedade, especialmente dos que se sentem ofendidos com o Programa”.

Fonte: ACI
 


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