06.08.2010 - Uma ilha de gelo com quatro vezes o tamanho de Manhattan se desprendeu de uma das duas principais geleiras da Groenlândia, disseram cientistas nesta sexta-feira. É o maior evento desse tipo no Ártico em quase 50 anos.
Depois de se desprender na quinta-feira, o bloco de 260 quilômetros vai entrar num local remoto, o estreito de Nares, a cerca de mil quilômetros do polo Norte, entre a Groenlândia e o Canadá.
Andreas Muenchow, professor de ciência e engenharia dos oceanos na Universidade de Delaware, disse que a placa tem espessura de até metade da altura do Empire State Building, em Nova York.
Ela vinha crescendo há sete ou oito anos, e por isso já se esperava que se desprendesse, mas ninguém imaginava que seria tão grande, segundo o cientista.
"A água doce contida nesse gelo poderia manter os rios Delaware ou Hudson fluindo por mais de dois anos. Também poderia abastecer toda a rede pública de água dos EUA durante 120 dias."
Segundo Muenchow, é difícil dizer se o fato é consequência do aquecimento global, porque os registros da água do mar em torno da geleira só começaram em 2003. O fluxo de água marinha por baixo das geleiras é um dos principais motivos do desprendimento de gelo na Groenlândia.
"Ninguém pode dizer que isso foi causado pelo aquecimento global. Por outro lado, ninguém pode dizer que não foi", afirmou.
O primeiro semestre de 2010 foi o mais quente já registrado no planeta, em parte graças ao fenômeno El Niño, mas também, segundo muitos cientistas, por causa das emissões humanas de gases do efeito estufa.
A descoberta inicial do deslocamento do gelo foi de Trudy Wohlleben, do Serviço Canadense do Gelo.
A ilha flutuante pode se fundir à terra, se dissolver em pedaços menores ou derivar lentamente para o sul, onde poderia ameaçar a navegação, disse Muenchow.
A última vez que uma ilha dessas se formou foi em 1962, quando uma área de caça no gelo se separou. Pedaços menores daquela placa acabaram "encalhando" entre ilhas reais dentro do estreito de Nares.
Fonte: UOL noticias
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Lembrando...
Iceberg gigante se rompe e ameaça mudar correntes marítimas
26.02.2010 - Um vasto iceberg que se descolou do continente Antártico depois de ser abalroado por outro iceberg gigante pode causar alterações nas correntes marítimas do planeta e no clima, alertaram cientistas.
Pesquisadores australianos afirmam que o iceberg - que tem aproximadamente a metade do tamanho do Distrito Federal e está flutuando ao sul da Austrália - pode bloquear uma área que produz um quarto de toda a água densa e gelada do mar.
Segundo os cientistas, uma desaceleração na produção desta água densa e gelada pode resultar em invernos mais frios no Atlântico Norte. Neal Young, um glaciologista do Centro de Pesquisa de Ecossistemas e Clima Antártico na Tasmânia, disse à BBC que qualquer interrupção na produção destas águas profundas super frias na região pode afetar as correntes oceânicas e, consequentemente, os padrões de clima ao longo de anos.
"Esta área é responsável por cerca de 25% de toda a produção da água de baixo na Antártica e, portanto, irá reduzir a taxa de circulação de cima para baixo", afirmou Neal Young.
"Você não irá ver isso imediatamente, mas haverá efeitos corrente abaixo. E também haverá implicações para os pinguins e outros animais selvagens que normalmente usam esta área para alimentar-se", completou.
Água aberta
O iceberg está flutuando em uma área de água aberta cercada de gelo do mar e conhecida como polinia. A água gelada e densa produzida pela polinia desce para o fundo do mar e cria a água densa salgada que tem papel-chave na circulação dos oceanos ao redor do globo.
Benoit Legresy, um glaciologista francês, afirmou que o iceberg descolou-se da Geleira Mertz, uma língua de gelo saliente de 160 km na Antártida Leste, ao sul de Melbourne. O iceberg foi deslocado pela colisão com outro iceberg maior e mais velho, conhecido como B-9B, que rompeu-se em 1987.
"A língua de gelo já está quase quebrada. Ela está pendurada como um dente frouxo", afirmou Legresy. "Se eles (os icebergs) ficarem nesta área - o que é provável - eles podem bloquear a produção desta água densa, colocando essencialmente uma tampa na polinia", acrescentou.
Fonte: Terra noticias
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Lembrando...
Cientistas estão surpresos com a extensão do degelo na Antártida e na Groenlândia
23.09.2009 - Cientistas estão surpresos com a extensão do degelo na Antártida e na Groenlândia, mostrou um estudo nesta quarta-feira que pode ajudar a prever o tamanho do aumento do nível do mar associado à mudança climática.
Análises de milhões de imagens a laser de satélites da Nasa revelaram que a maior perda de gelo foi causada pela aceleração do fluxo das geleiras em direção ao mar, de acordo com cientistas do Grupo Britânico de Pesquisas Antárticas (BAS, na sigla em inglês) e da Universidade de Bristol.
"Estamos surpresos em ver um padrão tão forte de diminuição de espessura das placas de gelo por áreas tão grandes da costa - é um fenômeno amplo e em alguns casos se estende por centenas de quilômetros em terra", disse Hamish Pritchard, do BAS, que liderou o estudo. "Nós acreditamos que as correntes oceânicas aquecidas que atingem a costa e derretem o gelo são a causa mais provável da aceleração do fluxo das geleiras", afirmou em comunicado.
"Esse tipo de derretimento do gelo é tão pouco compreendido que continua sendo a parte mais imprevisível do aumento futuro do nível do mar", acrescentou. O BAS afirma que o estudo deu o "quadro mais amplo" até aqui do derretimento do gelo. O aumento do nível do mar causado pelo degelo de grandes quantidades de gelo na Antártida e na Groenlândia pode ameaçar ilhas do Pacífico, áreas litorâneas em todo o mundo e cidades como Londres e Buenos Aires.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse neste mês que o aquecimento global, provocado principalmente pela queima de combustíveis fósseis, pode aumentar o nível do mar de 0,5 a 2 m neste século - mais do que a maioria dos especialistas tem antecipado. Entre as conclusões, o estudo desta quarta-feira mostra que 81 das 111 geleiras com degelo rápido na Groenlândia têm diminuído a uma velocidade duas vezes mais rápida que áreas de degelo mais lento na mesma altitude.
Fonte: Terra notícia
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Lembrando...
Plataforma de gelo do tamanho da França pode se desprender na Antártida e aumentar o nível do mar
30.11.2006 - Um grupo de cientistas que investiga a Antártida não descarta que a plataforma de Ross, uma placa de gelo do tamanho da França, possa se desprender a qualquer momento, o que causaria a elevação do nível do mar em pelo menos cinco metros, segundo o jornal neozelandês "The Press".
Se o passado é alguma indicação do futuro, então a plataforma de gelo entrará em colapso", afirmou o cientista Tim Naish.
Naish dirige a equipe que reúne amostras na Antártida para conhecer a história do Pólo Sul. Os cientistas conseguiram provas de que a plataforma de Ross já se desprendeu no passado.
"Estamos conseguindo tudo que podíamos sonhar", disse o cientista, do Instituto de Ciências Geológica e Nuclear.
A pesquisa permitirá saber, entre outras coisas, como era a Antártida na época em que a temperatura do planeta era mais alta que a atual.
Os cientistas acompanham o degelo que a Antártida sofre e alguns calculam que, se a plataforma de Ross se desprender, o nível do mar subirá entre 5 e 17 metros.
Fonte: UOL notícias
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Haverá sinais no céu na lua e nas estrelas. Na terra a aflição e a angustia apoderar-se-ão dos homens e das nações, pelo bramido do mar e das ondas". (Lc 21, 25)