14.07.2010 - Uma nova amostra de intolerância se registrou na Universidade de Illinois (Estados Unidos) que dias atrás despediu o catedrático Dr. Kenneth Howell por ensinar a doutrina católica sobre a homossexualidade que precisa que os atos homossexuais (e não a tendência em si) violam a lei natural… na classe de introdução ao catolicismo.
Depois de uma queixa de um estudante que não assiste a sua classe, mas que foi informado por um amigo o qual não indicou seu nome e que o acusou de difundir uma "mensagem de ódio", as autoridades da Universidade indicaram ao Dr. Kenneth Howell que já não poderia ensinar como integrante do departamento de religião da mencionada casa de estudos.
Em resposta à demissão, o catedrático assinalou em uma carta que ele ensina o chamado curso desde ano 2001 e que parte do currículo exige a exposição sobre a lei moral natural e a teoria da mesma. "Em muitos destes semestres, o tema que escolhi para ditar estes tópicos foi o dos atos homossexuais", precisa.
Em sua missiva Howell recorda a posição da Igreja Católica sobre a homossexualidade: "a orientação homossexual não é moralmente equivocada assim como nenhuma inclinação na pessoa suporta necessariamente uma culpa moral. Entretanto, apoiados na lei moral natural, a Igreja considera que os atos homossexuais são contrários à natureza humana e portanto são moralmente errados".
Os fatos
No dia 4 de maio o professor enviou aos seus alunos um correio eletrônico no qual contrastava o utilitarismo com a lei moral natural usando como exemplo o caso dos atos homossexuais. Em sua recente carta ele comenta sobre o correio: "busquei mostrar-lhes que sob o utilitarismo os atos homossexuais não são considerados como imorais enquanto que à luz da lei moral natural sim são considerados desta forma. Isto acontece porque a lei moral natural, à diferença do utilitarismo, julga a moralidade sobre a base dos atos em si".
Em 13 de maio o chefe do departamento de religião da Universidade de Illinois, Robert McKim, recebeu outro correio enviado por um estudante que não assiste a classe de introdução ao catolicismo, mas que foi avisado por outro aluno que não quis revelar seu nome e que acusava Howell de difundir uma "mensagem de ódio".
Ao final do semestre McKim informou a Howell que já não podia ensinar como parte do departamento de religião da universidade. Frente à exposição de seus argumentos, a decisão não mudou, o que levou o St. John’s Catholic Newman Center, ao qual pertencia e que em convênio com a universidade colaborava com a classe de estudos católicos, a despedi-lo porque já não tinham outro lugar para recolocá-lo.
Atualmente Howell é assessorado pelo Alliance Defense Fund (ADF) e estuda uma possível ação legal se ele não for restituído ao seu posto.
Fonte: ACI