Terrorismo no Brasil: Rio - polícia desarma bomba no consulado da Venezuela


14.04.2010 - O Esquadrão Antibombas da Polícia Civil do Rio impediu um atentado no prédio onde funcionam os consulados gerais de Paraguai, México, Equador, Venezuela e Holanda no Rio de Janeiro. Os agentes isolaram a rua Praia de Botafogo, na altura do número 242, para desarmar o explosivo.

A secretária do cônsul geral da Venezuela, Edgar Gonzalez, foi quem encontrou o pacote suspeito. "Minha secretária abriu parte do pacote onde estava escrita a ameaça e viu o conteúdo", afirmou Gonzalez.

Um helicóptero da Polícia Militar e duas viaturas do Esquadrão Antibombas deram cobertura para a operação. O inspetor Carlos Siqueira, do Esquadrão Antibombas, foi quem retirou o objeto que chegou em uma caixa através dos correios. Ele não sabe precisar a potência do explosivo, que vai ser averiguado pela perícia especializada.

De acordo com Siqueira, duas cartas foram encontradas dentro do pacote. Uma delas afirmava "isso é uma bomba, chama a polícia". O conteúdo do outro manuscrito só será revelado sob autorização do governo do Estado e do consulado venezuelano.

O cônsul venezuelano disse que seu governo já está informado do ocorrido e agora vai redigir um relatório para entrar em contato com o Itamaraty e cobrar providências. "Foi lamentável o que aconteceu em um edifício onde funcionam cinco consulados. Se foi uma ação de retaliação contra a representação diplomática no Brasil, colocando em risco as pessoas que trabalham aqui, acho que estão completamente equivocados", afirmou Gonzalez.

Fonte: Terra noticias

-------------------------------------------------------------------------------------

Nota de  www.rainhamaria.com.br

Violência no Rio é comparável a zonas de guerra

16.04.2007 - É como se o hospital Getúlio Vargas ficasse no meio de uma zona de guerra. Sucateada, sem dinheiro e cercada por algumas das favelas mais violentas do Rio de Janeiro, a instituição trata feridos a bala quase todo dia.

"A única diferença de uma guerra é que aqui não há trégua", disse o diretor do hospital, Carlos Chaves. "Recebemos gente ferida a tiros a qualquer hora do dia. Num minuto está tudo bem, no seguinte está um caos."

No ano passado, o hospital tratou 473 pessoas com ferimentos de bala, sendo 27 crianças. A contagem para 2007 já está em 131, um ritmo que se for mantido irá, facilmente, superar o total do ano passado.

O drama no hospital Getúlio Vargas é um exemplo da violência que afeta o Rio, a cidade que há tanto tempo é a "cara" do Brasil no exterior. Nos últimos três anos, 19.381 pessoas foram assassinadas no Estado, a maioria na área metropolitana da capital. É mais que seis vezes o número de mortes de norte-americanos no Iraque desde 2003.

Embora os moradores das favelas sejam os mais atingidos pela violência, a estrutura da cidade ajudou a colocar o sangue nas portas dos mais ricos. Com favelas em morros ao lado de apartamentos, balas perdidas atingem qualquer um, a ponto de a cidade ter criado uma estatística oficial só para contabilizar esse tipo de caso.

"É a pior situação que já vi", disse Luke Dowdney, antropólogo e autor de um livro sobre o envolvimento das crianças no multimilionário narcotráfico carioca.

TENDÊNCIA NACIONAL

A criminalidade fez do Rio um lugar caro e difícil para se investir, principalmente no turismo. Os negócios da cidade gastaram o equivalente a 1,3 bilhão de dólares no ano passado para reforçar a segurança, dinheiro que poderia ter sido investido no crescimento e em contratações, segundo a câmara de comércio.

Embora seja difícil quantificar o impacto da violência sobre o comércio, os estabelecimentos dizem que o prejuízo é claro. "Não é tanto o que perdemos, o problema é o quanto deixamos de ganhar por causa da violência", disse Alexandre Sampaio, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares local.

O Rio tem pressa em amenizar a onda de violência, por causa da realização dos Jogos Pan-Americanos, em julho. As autoridades municipais querem usar a ocasião para mostrar a cidade como uma metrópole internacional.

Esse foi um dos motivos para o governador Sérgio Cabral ter quebrado o tabu da resistência e ter pedido ajuda ao governo federal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu ao pedido despachando 450 soldados da força de segurança nacional para lá. Até julho, cerca de 6.000 soldados estarão patrulhando as ruas.

Fonte: Terra notícias

----------------------------------------------------------------------------------

Ainda no ano de 2007...

Jornal Clarín: violência no Rio atingiu ponto infernal

20.04.2007 - A violência no Rio de Janeiro atingiu proporções "infernais", segundo reportagem do jornal Clarín nesta sexta-feira. A dedução do diário argentino resulta da comparação com a situação em Buenos Aires: enquanto na capital fluminense uma pessoa morre a cada duas horas, na capital argentina uma morte violenta ocorre a cada três dias.
A matéria do Clarín, intitulada Rio 'semeia' 1,3 mil rosas para cada assassinado este ano, é motivada pela manifestação da ONG Rio de Paz, que plantou o chamado 'Jardim da Morte' na praia de Copacabana.

"O novo protesto cívico coincide com o recrudescimento dos tiroteios e das mortes massivas. Na cidade mais turística do Brasil, as imagens da Polícia Militar que descia dos morros levando cadáveres agarrados por braços e pernas foram chocantes para os cariocas, e tiveram repercussão internacional", diz o texto.

O também argentino La Nación registrou o protesto, afirmando que "a praia mais emblemática (do Rio) serviu ontem de cenário para uma homenagem emocionada às vítimas da violência que castiga esta cidade".

A matéria lembrou a proximidade dos Jogos Pan-Americanos, que se realizarão no Rio de Janeiro no meio do ano, e as discussões envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para possibilitar o envio de mais forças de segurança à cidade.

Fonte: Terra notícias

------------------------------------------------------------------------------------

Ainda no ano de 2007... (imaginem como anda a coisa agora!!!)

Crianças estão se tornando alvos constantes da violência no Rio de Janeiro

24.05.2007 - Em 10 meses, pelo menos 30 crianças foram baleadas ou mortas. 'Esses atos criminosos não podem cair na banalidade', afirma padre.

Durante uma reunião de lideranças comunitárias, na quarta-feira (23), na favela Vila Cruzeiro, na Penha, bairro tradicional do subúrbio do Rio, uma criança de 6 anos levou os adultos às lágrimas ao reproduzir trechos de uma música que costuma cantarolar quando atravessa o fogo cruzado entre policiais e traficantes: "Lá-rá-rá-rá, não tô sentindo nada, Deus vai me proteger, nenhuma bala vai me pegar". A cantiga inocente em forma de oração feita pelo menino despertou uma preocupação latente nas pessoas: as crianças estão se tornando alvos constantes da violência urbana. De acordo com levantamento feito pelo G1, em 10 meses, pelo menos 30 crianças foram baleadas ou mortas em situações de violência no Rio.

“É preciso dar um basta nisso. Esses atos criminosos não podem cair na banalidade. Cada morte dessa destrói uma família, que vai definhando aos poucos com esse sofrimento”, afirmou o padre Serafim Fernandes, reitor do Santuário de Nossa Senhora da Penha, durante o encontro. “Eu percebo esse sentimento de tristeza nos pais que freqüentam a nossa paróquia. Nós, da Zona Norte, onde acontece o maior número dessas tragédias, vivemos por conta do descaso. Parece que existe o Rio de Janeiro e o Rio do Bueiro, que é aqui”, lamentou.

Ainda durante o evento, no Centro Cultural e Esportivo da Vila Cruzeiro, outras duas crianças emocionaram ao pedir que os tiroteios diários chegassem ao fim. Adriele, de 7 anos, e Wesley, de 10, que estudam na Escola Municipal Juraci Camargo, disseram que “querem voltar a estudar sem ter medo de sair à rua”. Dez escolas estão sem aulas desde que iniciaram os tiroteios na região, no início de maio. Nesse período, o conflito deixou 52 pessoas baleadas e 16 mortos na região.

Vítimas mais de uma vez

Nessa história de tragédia cotidiana, a mãe do menino da canção é uma das vítimas dessa estatística. No dia 6 de maio, Antônia Dalva de Souza, 32 anos, quase foi atingida por um tiro de fuzil quando uma bala atravessou a porta de sua casa. “Pensei que tivesse acertado alguma criança, porque todo mundo começou a gritar”. Felizmente, ninguém se feriu.

Mas, no dia seguinte, Antônia não conseguiu escapar de um outro confronto. Levou um tiro no braço direito quando tentava proteger o filho. “Ainda bem que acertou em mim e não aconteceu nada com ele”. O susto levou Antônia a lembrar de uma outra tragédia na família. Há 10 anos ela perdeu a filha Joyce, de 5 anos, durante um tiroteio na Favela da Chatuba, no mesmo local onde ela ainda mora com os cinco filhos. A menina foi atingida por uma bala perdida enquanto dormia.

O sentimento de perda também corrói o coração da diarista Edna Ezequiel, 31 anos, mãe de Alana, 11 anos, que morreu no dia 5 de março durante uma troca de tiros entre policiais e traficantes no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na Zona Norte. “Vai fazer três meses que minha filha morreu e não fui procurada por nenhuma autoridade. É muito descaso com a gente”, desabafou nesta quinta-feira (24).

A dor de Edna ainda era intensa quando, no mês seguinte, também perdeu o irmão, o office-boy Hélio José da Silva Ezequiel, 25 anos, em um outro tiroteio no morro. Revoltada, decidiu entrar com um processo na Justiça contra o estado. “Essa ameaça às crianças só vai terminar quando a polícia parar de fazer incursões nas favelas nos horários de saída e entrada das escolas. Agora mesmo tive que sair correndo do trabalho para pegar meus filhos no colégio por causa de um tiroteio. As mães estavam apavoradas, correndo com as crianças”, disse.

Sem confiança no Estado

Pais de João Hélio, o menino de 6 anos que foi arrastado por aproximadamente sete quilômetros preso ao cinto de segurança do carro, em fevereiro, Élson Lopes Vieites e Rosa Cristina Fernandes Vieites, ainda não recuperaram a confiança no Estado. “É duro ter a certeza de desproteção total", lamenta Élson. “As crianças estão ainda mais vulneráveis no meio desse bombardeio cotidiano. Esse derramamento de sangue tem que acabar”. Sua mulher, Rosa, acompanha o marido em eventos contra a violência, mas, a maior parte do tempo permanece em estado de depressão.

Situação semelhante vive Michele Pereira, 17 anos, mãe da menina de três anos que foi morta com um tiro acidental no pescoço quando estava no colo de Michele, na tarde do dia 20 de maio, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. De acordo com a polícia, o disparo foi feito por Jeferson da Silva e Silva, de 19 anos. O rapaz se exibia para a mãe da menina, rodando um revólver em um dos dedos quando a arma disparou.

“Não consigo entender essa violência batendo à nossa porta. Não sei o que dizer. Tenho um sentimento de revolta por ter perdido minha filha. Espero a Justiça

Fonte G1


-------------------------------------------------------------------------------------

Diz na Sagrada Escritura:

"Quando os homens disserem: Paz e segurança!, então repentinamente lhes sobrevirá a destruição, como as dores à mulher grávida. E não escaparão". (1Ts 5,3)


 


Rainha Maria - Todos os direitos reservados
É autorizada a divulgação de matérias desde que seja informada a fonte.
https://www.rainhamaria.com.br

PluGzOne