09.04.2010 - Atenção! Acabo de ouvir, no telejornal local (NE-TV), que uma menina de dez anos de Jaboatão dos Guararapes (região metropolitana de Recife), violentada pelo padrasto e grávida de quatro meses, será submetida a um aborto. O conselheiro tutelar apareceu na reportagem, com a cara mais limpa do mundo, para dizer que este aborto era “legal” e que “com certeza” a menina seria submetida a ele.
Eu havia lido a reportagem do Jornal do Commercio aqui, ontem. Impossível não fazer um paralelo com o caso da menina de Alagoinha, que faz pouco mais de um ano. Esta, tem um ano a mais de idade e um filho a menos no ventre: mas passou pelo mesmo drama e lhe está sendo imposta a mesma “solução” estúpida que adotaram ano passado: vão matar o seu filho. “Legalmente”.
Quatro meses! Ele já tem unhas e o seu coração “bombeia cerca de 24 litros de sangue por dia”. Mais um mês e meio e ele já teria chances sobreviver a um parto prematuro, às 22 semanas, como existem exemplos. Por que os assassinos têm pressa? Ano passado, alegaram que a mãe corria risco de vida (o que era mentira, uma vez que risco imediato de vida ela nunca correu); e qual a alegação agora? Simplesmente a vitrola arranhada “é legal, é legal”?
Primeiro, não é legal. Não existe aborto legal no Brasil. Segundo, ainda que fosse legal… por qual motivo ele seria a melhor opção? Aliás, por que o aborto é sempre a primeira “solução” aventada, sempre às pressas, sempre com apelos emocionais, sempre às escondidas?
Mãe e filha não querem levar adiante a gravidez. “Vamos dar todo assistência à família para que elas decidam o que fazer. Como a menina foi vítima de violência, a legislação permite que seja realizado um aborto legal”, explicou o conselheiro tutelar.
- Jornal do Commercio online, hoje (09/04/2010) pela manhã
Será que “mãe e filha” serão informadas das funestas conseqüências do aborto, dos riscos e traumas envolvidos? Ou serão “empurradas” para a solução “mais fácil”, para júbilo dos abortistas e vergonha desta Terra de Santa Cruz?
Passou-se um ano. Os gêmeos da menina de Alagoinha foram assassinados. E o que mudou? Enquanto a mídia anti-clerical esbraveja “denúncias” de pedofilia no clero, a reportagem supracitada comenta, bem en passant, que, “[s]egundo dados, de 2008, da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente, pais, padrastos, tios e avôs estão entre os abusadores mais freqüentes. Esse grupo de parentes foi o responsável por 98% dos casos anotados naquele ano pela GPCA”. E o que é feito para reverter este quadro? Aparentemente, os defensores das crianças e os que sentem compaixão para com as tragédias infantis ficam já muito felizes e satisfeitos caso os filhos das menores violentadas possam ser assassinados em paz. Triste. Que a Virgem Santíssima interceda por Jaboatão dos Guararapes.
Fonte: http://www.deuslovult.org