08.04.2010 -Um pequeno asteroide descoberto recentemente passará bem perto da Terra ainda nesta quinta-feira, pouco depois das 23h GMT (20h no horário de Brasília), aproximando-se a 359 mil km, mas sem representar perigo, segundo o Jet Propulsion Laboratory (JPL) da Nasa.
Esta quilometragem representa nove décimos da distância da Terra à Lua, precisou o JPL. O asteroide mede cerca de 22 m de comprimento e foi observado pelo telescópio do laboratório "Catalina Sky Survey", perto de Tucson no Arizona (sudoeste), que tem como missão descobrir cometas e outros objetos que evoluem próximo à Terra.
"Passagens de objetos ao largo de nosso planeta, a uma distância inferior a entre a Terra e a Lua acontecem várias vezes por ano", destaca Don Yeomans, um cientista do JPL de Pasadena na Califórnia (oeste). A Nasa detecta e persegue asteroides e cometas que passam perto da Terra recorrendo telescópios em terra e em órbita, como o Hubble.
O programa de observação de objetos que passam perto de nosso planeta, chamados "Spaceguard", descobre-os e avalia suas dimensões e trajetória, para determinar se representam um perigo potencial. Em janeiro passado, um pequeno asteroide passou muito mais perto de nosso planeta, a 130 mil km.
Fonte: Terra noticias
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Lembrando...
Astrônomos concordam que estamos na rota de milhares de asteróides que podem colidir com a Terra
13.12.2008 - Reportagem da revista ISTOÉ, dezembro 2008.
Quem teme uma guerra devastadora, continente contra continente, humanos contra humanos, talvez nem imagina que o maior perigo pode vir de um céu extremamente estrelado. "Todos os dias, a Terra é bombardeada por cerca de seis mil asteróides. Pelos nossos cálculos, esse número irá aumentar exponencialmente para quase um milhão em 2020", declarou na semana passada, em Viena, o ex-astronauta da Nasa Russell Schweickart, presidente do Painel Internacional sobre a Redução da Ameaça de Asteróides (IPATM).
Com a autoridade de quem domina o assunto teoricamente, mas, também, de quem já esteve no espaço, ele complementou: "Muitos desses objetos cósmicos são pequenos e não representam perigo nenhum. É como um grão de areia atirado contra um vidro. Há, porém, um grupo de mil asteróides com mais de 150 quilômetros de largura, o suficiente para causar uma catástrofe mundial." Esse foi o discurso que abriu a conferência que reuniu a comunidade internacional de astronomia e astrofísica na apresentação do relatório Ameaças de Asteróides: uma Chamada para uma Resposta Global. Pode ser que, para o público leigo, Schweickart tenha sido até demasiadamente alarmista, mas o fato é que todos os cientistas anuíram com ele.
Não é à toa, portanto, que alguns deles insistiram em lembrar que na última vez em que um cometa, com as dimensões do estádio do Maracanã, entrou em rota de colisão com a Terra (1908) a Sibéria foi atingida com força equivalente à de duas mil bombas atômicas. E o estrago causado por esse astro, chamado Tunguska, correspondeu a dois mil quilômetros quadrados. "Se quisermos, podemos pensar em um estádio de futebol voando a 100 mil quilômetros por hora e despencando no coração de Tóquio, Nova York, Londres, Paris ou de qualquer outra grande metrópole do mundo?", disse Schweickart. "Pois bem, sem pavor nem alarde, eu acho que deveríamos pensar e nos prevenir." Segundo o relatório, o que antes era "suposição agora é certeza": a Terra pode ser atingida a qualquer momento.
Entre os nossos inimigos que vêm do céu está o asteróide Apophis (em grego significa "destruição"), malfeitor sideral que ostenta 500 metros de diâmetro e chegará próximo da órbita terrestre em 2029. Se ele se chocar, causará um impacto equivalente à explosão de 114 mil bombas atômicas. E a história de nosso planeta estará se repetindo: há aproximadamente 65 milhões de anos, um cometa se chocou contra a Terra, levando à extinção não somente os dinossauros, mas também 70% das espécies que viviam na Terra. As observações iniciais, feitas com telescópios de menor potência, indicam que qualquer asteróide com mais de 140 metros de diâmetro representa uma ameaça em potencial.
Mesmo que não nos atinjam, desintegrandose ao cruzar a atmosfera, tais bólidos podem provocar uma onda de choque suficiente para destruir um continente do tamanho da África. O problema é que as lentes dos telescópios atuais não conseguem captar a movimentação da maioria dos asteróides nos confins do Universo. "Estamos completamente despreparados. Quem fará a monitoração? Em quais informações iremos nos basear? Quais tecnologias de defesa serão aplicadas? Ironicamente, estamos em plena escuridão", disse Schweickart. Durante o congresso, a Agência Espacial Americana elaborou um documento no qual introduz o assunto de forma amena, mas no capítulo dedicado às conclusões torna-se bastante enfática: "O roblema pode ser maior do que se acredita." Segundo o observatório dos EUA, estima-se que haja 100 mil asteróides orbitando perigosamente a Terra, mas apenas quatro mil estão sendo monitorados.
Para evitar uma tragédia, os cientistas apresentaram duas saídas: desviá-los ou destruí-los. Na primeira hipótese, seria disparado um projétil nuclear para o interior do astro com força suficiente para empurrá-lo em direção oposta, desviando sua rota - método já empregado pela Nasa na missão Deep Impact. A outra alternativa envolve a construção de uma gigantesca e potente nave espacial, no formato de escudo, que teria como tarefa se chocar contra o asteróide, moendo-o em pedaços. Nos dois planos corremos o risco de ter problemas devido aos estilhaços desses astros. Mas será bem mais fácil lidarmos com um inimigo de proporções menores e não com o asteróide inteiro e compacto. (fim)
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Lembrando...
Asteróide que passou raspando a Terra: impacto equivalente a mil bombas atômicas
04.03.2009 - Corpo celeste chegou na segunda-feira a 72 mil quilômetros da Terra, um quinto da distância entre o planeta e a Lua. Colisão provocaria uma tragédia.
Pouca gente ficou sabendo, mas um asteroide do tamanho de um prédio de 10 andares passou a cerca de 72 mil quilômetros da Terra na segunda-feira. Pode parecer muita coisa – mas não é. É apenas um quinto da distância entre o nosso planeta e a Lua, ou o dobro da altitude em que orbitam os satélites de comunicação. Detectado apenas dois dias antes, o objeto passou de raspão por nós sem qualquer alarde – mas uma eventual colisão teria provocado uma catástrofe.
Quando o asteroide foi visto pela primeira vez, no sábado, já estava a cerca de 2,4 milhões de quilômetros do planeta. A detecção foi feita pelo Siding Spring Survey, um programa australiano que faz o rastreamento de objetos próximos à Terra. Em seguida, a presença foi confirmada pelo International Astronomical Union Minor Planet Centre (MPC), órgão responsável pela catalogação de objetos no Sistema Solar. O pouco tempo entre a detecção e a passagem expôs a fragilidade dos sistemas de rastreamento existentes.
Batizado de 2009 DD45, o asteroide tem um tamanho estimado entre 21 e 47 metros de diâmetro. Comparado a outros que já passaram pelo planeta, é considerado pequeno pelos especialistas. Mas, para se ter uma ideia do tamanho do estrago que causaria, caso sua trajetória incluísse a Terra, em 1908 uma rocha de mesmo tamanho atingiu a Sibéria com um impacto equivalente ao de mil bombas atômicas – entre 10 e 15 megatons de TNT. Entre os destroços, 80 milhões de árvores foram arrasadas em uma área de 2 mil quilômetros quadrados perto do Rio Tunguska.
Conforme o coordenador do Laboratório de Astronomia da Faculdade de Física da PUCRS, Délcio Basso, a demora na detecção do asteroide pode estar ligada à sobrecarga no North American Aerospace Defense Command (Norad). O órgão americano é responsável por monitorar uma grande quantidade de objetos que estão em órbita ao redor da Terra. Entre eles, satélites, pedaços de foguetes, outros asteroides e até ferramentas perdidas por astronautas no espaço.
Ainda de acordo com Basso, as chances de o impacto ocorrer em áreas urbanas, no caso de um choque com o nosso planeta, seria relativamente pequeno. Segundo ele, o impacto provavelmente seria na água, que cobre cerca de três quartos da superfície da Terra, ou em áreas não habitadas. Se o meteoro caísse no oceano, um tsunami poderia se formar, atingindo, talvez, o litoral próximo. Apesar da potencial tragédia, o professor da PUCRS afirma que o corpo era pequeno, ou teria sido avistado mais cedo pela grande quantidade de profissionais e amadores que usam telescópios.
Sobre o impacto, Basso reforça que o ângulo de incidência na Terra seria decisivo para o tamanho da calamidade. Se o asteroide viesse rasante, explica, a atmosfera poderia se encarregar, naturalmente, de mandá-lo de volta para o espaço ou incinerá-lo. Uma queda na vertical, por sua vez, acarretaria estragos maiores. A composição do asteroide também influencia, pois, quanto menos denso, menor a potência do impacto.
Tocando o solo, o 2009 DD45 abriria uma cratera gigantesca – e provocaria uma onda de choque capaz de derrubar prédios e produzir incêndios. Uma cena mais comum nas telas dos cinemas.
Tempo para reação pode ser insuficiente
O físico com doutorado em Astrofísica Horacio Dottori, do Departamento de Astronomia do Instituto de Física da UFRGS, explica que existem cerca de 10 mil objetos como o asteroide 2009 DD45 nas proximidades da Terra, mas somente um décimo deles foi localizado.
Segundo o professor, há programas – especialmente nos EUA e na Rússia – para detectar os potencialmente perigosos, por meio da luz do Sol refletida nos objetos. A dificuldade em conter um asteroide se deve, conforme Dottori, à velocidade que atingem. Essas rochas espaciais, segundo ele, têm velocidades relativas à Terra da ordem de algumas dezenas de quilômetros por segundo. Seriam menos de três dias entre a identificação e a colisão – no caso do 2009 DD45, talvez insuficiente para o cálculo da trajetória e a preparação de uma missão para destruí-lo.
–Tivemos sorte – afirma.
Outro problema, caso mísseis nucleares fossem lançados para acertar o asteroide, seria conseguir desviá-lo ou pelo menos deixá-lo em pedaços menores. A tecnologia existe, diz Dottori, mas a pressa para executar a operação talvez atrapalhasse.
Para o professor Délcio Basso, da PUCRS, estamos despreparados para essas situações. Caso fossem lançados mísseis para atingir o asteroide, por exemplo, o impacto seria amenizado – mas a fragmentação da rocha poderia, mesmo assim, provocar danos extensos. No entanto, ainda haveria a chance de os pedaços menores serem destruídos ao entrar na atmosfera.
Fonte: Jornal Zero Hora RS
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"O terceiro anjo tocou a trombeta. Caiu então do céu um astro enorme, ardendo como um facho. Precipitou-se sobre a terça parte dos rios e nas fontes de água. O nome do astro é Absinto. E se converteu em absinto a terça parte das águas. Muitos homens morreram das águas que se tornaram amargas. O quarto anjo tocou a trombeta. Foi ferida então a terça parte do sol, da lua e das estrelas, de sorte que escureceram em um terço. O dia e a noite perderam uma terça parte de seu brilho.
O quinto anjo tocou a trombeta. Vi uma estrela que caíra do céu sobre a terra. Foi-lhe dada a chave do poço do abismo. Abriu o poço e do poço subiu uma fumaça como a fumaça de um grande forno. O sol e o ar escureceram por causa da fumaça do poço." (Livro do Apocalipse – São João)