Al Qaeda convoca muçulmanos para atacar Estados Unidos


07.03.2010 - O porta-voz da Al Qaeda convocou os muçulmanos que servem no Exército dos Estados Unidos a imitar o major das Forças Armadas, acusado de matar 13 pessoas em Fort Hood em novembro do ano passado.

Em um vídeo de 25 minutos postado em sites de militantes do grupo, Adam Gadahn, cuja nacionalidade é norte-americana, descreve o major Nidal Hasan como um pioneiro que deve servir de modelo para outros muçulmanos, especialmente aqueles que servem em bases militares ocidentais.

"Irmão Nidal é o modelo ideal para todos os muçulmanos penitentes na luta contra descrentes e regimes infiéis", diz ele.

Gadahn, também conhecido como Azzam al-Amriki, estava vestido com uma túnica e um turbante brancos, e chamou a atenção para "alvos de alto valor", além das bases militares.

"Você não deve cometer o erro de pensar que bases militares são alvos de alto valor na América. Ao contrário, existem inúmeros outros lugares estratégicos, instituições e instalações que, em golpes, o muçulmano pode fazer grandes danos", disse ele, com um fuzil encostado numa parede ao lado dele.

Hasan foi preso em 5 de novembro por atirar e matar 13 pessoas em Fort Hood, Texas. O psiquiatra do Exército, de 39 anos, ficou paraplégico depois de levar dois tiros da polícia de Fort Hood.

Gadahn cresceu em uma fazenda de cabras em Condado de Riverside, Califórnia, e se converteu ao islamismo em uma mesquita nas proximidades do condado de Orange.

Ele é procurado pelo FBI desde 2004 e, dois anos mais tarde, foi acusado de traição. Há uma recompensa de US$ 1 milhão por informações que levem à sua prisão ou condenação. Seu paradeiro é desconhecido --acredita-se que esteja em algum lugar entre Afeganistão e Paquistão.

No vídeo, Gadahn diz ainda que o planejamento dos ataques não precisa do uso de armas de fogo.

"Como as benditas operações de 11 de setembro mostraram, um pouco de imaginação e de planejamento, com um orçamento limitado podem transformar quase qualquer coisa em uma arma mortal, eficiente e conveniente."

Gadahn afirmou ainda que os combatentes devem usar os sistemas de transporte público no Ocidente, e também causar estragos "matando ou capturando as pessoas do governo, da indústria e da mídia."

"Estou convidando todo muçulmano honesto e vigilante para se preparar e desempenhar o seu devido papel em responder e repelir a agressão aos inimigos do Islã: países da aliança cruzado-sionista em geral --e da América, Reino Unido e Israel em particular", declarou Gadahn.

Fonte: UOL noticias

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Lembrando...

Relatório diz que Al Qaeda não duvidará em usar armas químicas e biológicas

17.07.2007 - Um relatório dos serviços secretos dos Estados Unidos destaca que Al Qaeda não duvidará em usar armas "químicas, biológicas e nucleares", em um hipotético ataque contra os Estados Unidos, afirmou hoje a Casa Branca.

Em entrevista coletiva para apresentar o estudo, que analisa as ameaças "persistentes e em evolução" que os EUA podem enfrentar nos próximos três anos, Francis Townsend, conselheira de Segurança Interna do presidente americano, George W. Bush, disse que, apesar disso, não há "informações críveis sobre um ataque específico".

A alta funcionária da Casa Branca disse que a organização terrorista "intensificou seus esforços" para introduzir suas operações em território americano.

Townsend ressaltou também que o estudo evidencia que atualmente a Al Qaeda "está mais enfraquecida do que se não tivesse ocorrido a guerra no Iraque".

Também insistiu na idéia de que os Estados Unidos precisam de seus aliados para "ganhar a luta contra o terrorismo".

O relatório, segundo a Casa Branca, também reflete que, após os atentados de 11 de setembro de 2001, ao longo destes anos, a Al Qaeda conseguiu refúgio no Paquistão e "repôs seus altos responsáveis, perdidos durante o conflito no Iraque".

Segundo a conselheira de Segurança Interna de Bush, os Estados Unidos estão atualmente sob uma ameaça "elevada".

Fonte: Terra notícias

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Nota de  www.rainhamaria.com.br

Ainda lembrando no ano de 2006...

Al Qaeda jura derrotar a cristandade

19.09.2006 - A ira voltou a inflamar o mundo islâmico, quando mal se havia apagado a cólera que o percorreu em fevereiro passado, da Nigéria às Filipinas, passando por todo o mundo árabe, o Irã e o sul do continente asiático - onde se concentra quase a metade dos fiéis da religião de Maomé -, devido às caricaturas do profeta. A Al Qaeda, através de vários grupos terroristas associados à rede, prometeu levar a "guerra santa até a derrota" da cristandade.

"Quebraremos a cruz e derramaremos o vinho ... Deus ajudará os muçulmanos a conquistar Roma ... nos fará capazes de cortar o pescoço ... dos infiéis e dos déspotas", diz um texto publicado na Internet pelo Conselho Consultor Mujahedin, grupo que serve de guarda-chuva para a Al Qaeda no Iraque. O grupo adverte: "Aos devotos da cruz, (o papa) e o Ocidente, dizemos que os derrotaremos da mesma forma que estão vendo todos os dias no Iraque, Afeganistão e Chechênia".

No Irã, o líder supremo da revolução islâmica, aiatolá Ali Khamenei, também reagiu com dureza às palavras do papa. Sem mencionar pelo nome o presidente dos EUA, George Bush, Khamenei referiu-se à "cruzada contra o Islã empreendida por certos políticos" e considerou que o discurso de Bento 16 é "o último elo" dessa "cadeia de complôs" contra a fé de Maomé. Segundo Khamenei, os muçulmanos devem enfrentar uma grande conspiração, que, começando pela invasão do Iraque e continuando pelas "caricaturas insultuosas" ao profeta, pretende criar "crises inter-religiosas no mundo e fomentar o confronto entre as religiões", informa a agência France Presse.

O dirigente xiita indicou que os protestos devem ser dirigidos contra o Grande Satã, nome usado para designar os EUA no Irã. "Todo mundo deve considerar que o Grande Satã é o responsável", por ser quem se beneficia das "injustas palavras do papa", indicou o chefe espiritual da revolução islâmica e substituto de seu fundador, Khomeini.

O porta-voz do governo iraniano indicou que as desculpas apresentadas pelo papa são "um bom gesto", mas explicou que "não é suficiente". O porta-voz salientou que "é necessário que o papa expresse de maneira mais clara e franca que suas palavras foram pronunciadas por engano e que as corrija o mais cedo possível", informa a agência Reuters.

Enquanto isso, sucedem-se as manifestações de protesto. Na segunda-feira em Basora, a segunda cidade do Iraque, mais de 500 pessoas queimaram uma efígie do pontífice e o grupo radical sunita Ansar al Suna ameaçou os ocidentais, especialmente italianos e alemães: "Reservamos para vocês a espada, em resposta à sua arrogância".

No Marrocos, o rei Mohamed 6º também se levantou como um dos principais defensores do Islã. Além de ser o chefe de Estado ele também é Comendador dos Crentes em seu país. Depois de protestar e chamar seu embaixador no Vaticano, continuou ontem pelo terceiro dia sua atividade diplomática.

"Dirijo-me ao senhor", afirmou em uma carta enviada ao papa, "na sua qualidade de chefe da Igreja Católica, para lhe pedir que tenha com o islã o mesmo respeito que com os demais cultos". A carta foi publicada ontem pela agência oficial de imprensa marroquina, MAP. O Islã, insiste, "exorta à paz e à moderação e rejeita, pelo contrário, a violência".

No Egito, o Parlamento solicitou que sejam congeladas as relações diplomáticas com o Vaticano e exigiu que o papa apresente "desculpas diretas e claras".

Por sua vez, o chefe da União Mundial de Ulemás (sábios) Islâmicos, o egípcio residente no Catar Yusef al Qaradaui, instou todos os muçulmanos do mundo a expressar sua ira na próxima sexta-feira. Mas Al Qaradaui ressaltou que devem ser manifestações não-violentas, nas quais não se ataquem os cristãos ou as igrejas, e pediu que não se repitam os tristes acontecimentos de fevereiro passado, quando mais de dez pessoas morreram em diversos países em protestos contra as caricaturas de Maomé, informa a agência Efe.

O governo islâmico da Somália afirmou na segunda-feira que deterá e levará à justiça os que mataram no domingo a freira italiana Leonella Sgobarti. Na Jordânia, vários deputados cristãos e muçulmanos protagonizaram uma reunião de uma hora e 14 sindicatos assinaram um comunicado no qual se considera que as palavras de Bento 16 "alimentam a feroz campanha de ódio lançada pelo sionismo internacional". O texto salienta que são "insultantes" para os árabes em geral, tanto cristãos como muçulmanos. As reações violentas também se sucederam. Na Indonésia, a Frente de Defensores do Islã, grupo radical do país com maior população muçulmana do mundo - 85% dos 230 milhões de habitantes -, pediu a "crucificação do papa". que qualificou de "pequeno e vil".

Centenas de simpatizantes desse grupo protestaram diante da embaixada do Vaticano em Jacarta, com cartazes que identificavam o Vaticano com o "eixo do mal", terminologia usada por Bush para referir-se ao Iraque, Irã e Coréia do Norte.

Na Turquia, um homem de 29 anos disparou contra uma igreja protestante de Ancara, sem causar vítimas. O papa deverá viajar para esse país em novembro.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
Fonte: UOL notícias


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