Artigo de Everth Queiroz Oliveira: Um ano depois do aborto dos gêmeos de Alagoinhas…


06.03.2010- “Meu irmão, se você diz que ama o bem, a moralidade, a ética, saiba que ninguém tem amor pelo bem, pela moralidade e pela ética que não tenha igualmente ódio mortal da injustiça, da imoralidade e da falta de ética. Se você ama o bem é porque você odeia o mal. Ninguém pode dizer que ama o bem e ficar indiferente com o mal.”

- Padre Paulo Ricardo, sobre o aborto dos gêmeos de Alagoinhas

Há um ano atrás, o Brasil inteiro se comovia com o estupro de uma menina de 9 anos. Ela engravidou. De gêmeos. Qual a solução? Amparo médico? Assistência psicológica? Não. A menina foi submetida à tortura do aborto. A menina, e as duas crianças no seu ventre.

O acontecimento foi marcado pela manipulação midiática, que demonstrou mais uma vez seu ódio contra a Igreja Católica, vomitando toda sua raiva contra o até então Arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho. Ele comunicou que o aborto acarreta a excomunhão. A pena é latae sententiae, diz o Código de Direito Canônico. Ou seja, a excomunhão não foi dada pelo bispo; ela é automática nesse caso.

Mesmo assim, a Igreja foi tachada de intolerante, retrógrada, sem misericórdia e autoritária. A visão que as pessoas têm da fé católica não mudou muito no decorrer desse ano que passou. O mundo está cego. Tapou os olhos à crueldade do aborto.

Meu Deus, o que é o aborto? Não é o assassinato de bebês? Se queremos salvar vidas, o aborto não pode ser opção NUNCA! Mas, eis que os médicos apareceram, como redentores, como heróis. De um lado, os médicos assassinos; do outro, o bispo retrógrada, defensor da vida.

A população brasileira – mais exatamente 73,5% dela – é contra o aborto. Naquele momento, ainda havia mais pessoas que eram contra essa infâmia. Mas, para nossa surpresa, quase todo o Brasil, naquele momento, estava a favor da morte, do lado dos médicos.

E por quê? Vivemos em um país de catolicismo pretensioso. Somos católicos, mas há um limite. Somos cristãos até onde o cristianismo nos impõe obrigações. A partir daí, sou católico, mas “não concordo com algumas coisas que o Papa fala”; sou católico, mas “tem algumas atitudes da Igreja com as quais eu realmente não compactuo”. Enfim, é hipócrita, mas é a triste e dura realidade que observamos no Brasil.

E quando um bispo católico emite uma declaração católica sobre determinado assunto, então, há a revolta. Valem, nesse sentido, as duras palavras do pe. Paulo Ricardo para os católicos self-service: “Se você ama o bem é porque você odeia o mal.”

Católicos que amam as máximas de Cristo mas rejeitam os “duros” dogmas da Igreja, acordem para a cruel e desumana realidade do aborto, acordem para a incoerente e repugnante situação de hipocrisia em que viveis!

Lembremo-nos, por fim, das palavras do venerável Papa João Paulo II sobre o crime abominável do aborto: “[à]s vezes, temem-se para o nascituro condições de existência tais que levam a pensar que seria melhor para ele não nascer. Mas estas e outras razões semelhantes, por mais graves e dramáticas que sejam, nunca podem justificar a supressão deliberada de um ser humano inocente” (Evangelium Vitae, n. 58).

Que Maria, Mãe Santíssima, se digne interceder junto ao Altíssimo por todas essas crianças que tiveram a sua dignidade à vida desrespeitada.

Graça e paz.
Salve Maria Santíssima!

Fonte: http://beinbetter.wordpress.com


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