Destruído pelo terremoto, cemitério de cidade chilena tenta proteger seus mortos


03.03.2010 - Tumbas foram ao chão em Placilla, e funerais são feitos do lado de fora.
Esqueletos estão expostos, e coveiro teme roubos e desrespeito.

“Lamentavelmente, para os mortos não há subsídio. Todo o dinheiro para a reconstrução vai para os vivos”. O desabafo é de Walter Alfonso Gonzáles, secretário paroquial da única igreja da pequena cidade chilena de Placilla, de 8,5 mil habitantes e a cerca de 150 km da capital, Santiago. Ele se referia à destruição causada pelo forte terremoto que atingiu o país no dia 27, e que derrubou 80% das construções do também único cemitério da região.

Construído em 1904, o Cemitério Paroquial de Placilla sobreviveu aos fortes terremotos de 1965 e de 1985. Mas, desta vez, não resistiu. Com covas abertas e esqueletos espalhados pelo chão, teve que ser fechado por tempo indeterminado. O coveiro Jorge Cañete disse que assim que perceberam que as pessoas estavam entrando, tiveram que cobrir as tumbas da frente com um pano. “As pessoas não respeitam os mortos, querem entrar para ver as tumbas, e temos medo de roubos. Agora vamos cobrir tudo com madeira.”

Os funerais estão sendo realizados do lado de fora, mas desde o terremoto ninguém havia morrido na cidade. “Vai ter um funeral nesta quarta, mas foi uma pessoa que morreu de doença”, disse Cañete.

O pároco da cidade, padre Ginno Ugarte, disse que levará tempo para que se abra novamente o cemitério. Sua igreja também foi destruída. As missas estão sendo feitas no pátio, num lugar improvisado. “Não temos fundos para reconstruir o templo. Na VI região [divisão distrital chilena], 80% das igrejas foram abaladas.”

Fonte: G1

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Lembrando...

Sem respeito aos mortos: Cemitérios são alvos de sucateiros em São Paulo

12.08.2007 - Os cemitérios paulistanos são alvos de ladrões que procuram principalmente bronze e alumínio para reciclagem. Nos primeiros sete meses do ano foram registrados 69 boletins de ocorrência desse tipo de crime, o que representa um caso a cada três dias. O número supera o de todo o ano de 2006, quando foram registrados 64 casos.

Com a intensificação da fiscalização, o número de prisões também cresceu: 26 em 2007 contra oito no ano passado. Neste ano, as prisões somam o dobro das realizadas em 2006: 16 contra oito.

Nos túmulos são visados vasos e letreiros de jazigos, normalmente confeccionados em bronze. Os portões que também são confecionados em alumínio estão entre a lista dos preferidos.

Com dificuldade na fiscalização pela grande dimensão das áreas dos cemitérios, as administrações têm orientado as famílias para que sejam utilizados outros tipos de material na confecção dessas peças.

Como os túmulos são concessões e os materiais são comprados diretamente pelos munícipes, a secretaria não soube informar o valor dos bens roubados.

Sem endereço
De acordo com a Secretaria da Coordenação das Subprefeituras de São Paulo, no centro da cidade, a numeração das residências, também de bronze, é procurada pelos ladrões.

"Eles roubam desde postes de 25m, como já aconteceu na zona leste, até os pequenos números de residências e de prédios públicos. O policiamento está atento a esse movimento para que os prejuízos sejam minimizados", afirma o secretário Andrea Matarazzo.

Redação Terra

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"Nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus". (1Cor 6,10)


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