Terrorismo: Al Qaeda pode estar em busca de uma bomba atômica


20.02.2010 - Recentemente os diretores da CIA, do FBI e da diretoria de Inteligência Nacional disseram à senadora Dianne Feinstein que uma tentativa de ataque contra os Estados Unidos nos próximos anos é quase que “uma certeza”. Se Osama Bin Laden e Ayman al-Zawahiri tiverem ligação com tal plano, é improvável que esse ataque seja uma tentativa amadora similar àquela do patético “homem-bomba da cueca”, Umar Farouk Abdulmutallab, que tentou explodir um avião no Natal passado.

E tampouco o atentado se restringirá à destruição por bombas de ônibus e trens em Londres ou Madri. Isso poderia ser suficiente em se tratando de alvos europeus, mas, em relação aos Estados Unidos, a Al Qaeda parece estar determinada a superar os atentados de 11 de setembro de 2001 e a fazer algo realmente espetacular.

Esta é a opinião de Rolf Mowatt-Larssen, um ex-agente da CIA e diretor de Inteligência e Contra-inteligência do Departamento de Energia. Em um documento escrito para o Centro Belfer da Universidade Harvard, Mowatt-Larssen relata detalhadamente o paciente trabalho de uma década da Al Qaeda no sentido de roubar ou construir uma arma nuclear improvisada – o que seria o supremo horror.

Essa busca explica por que a Al Qaeda não tentou “produzir armas táticas mais disponíveis, como 'bombas sujas', agentes químicos, toxinas e venenos grosseiros” que poderiam causar estragos e provocar mortes, mas que não se comparam “aos benefícios da criação da imagem de uma nuvem em forma de cogumelo crescendo sobre uma cidade dos Estados Unidos”. Assim como o 11 de setembro de 2001, tal ataque “alteraria o curso da história”, afirma Mowatt-Larssen.

Isso poderia explicar por que Zawahiri, o braço-direito de Bin Laden, suspendeu um ataque contra o sistema de metrô de Nova York, poupando recursos para “algo melhor”. Um ataque relativamente fácil com o uso de armas táticas não poderia atingir os objetivos que os líderes da Al Qaeda estabeleceram para si, argumenta Mowatt-Larssen. A Al Qaeda pode estar aguardando o momento certo para desfechar um ataque verdadeiramente estratégico.

Mowatt-Larssen explica detalhadamente os esforços da Al Qaeda no sentido de obter uma arma nuclear a partir do final de 1993 e início de 1994. Segundo um desertor do grupo, houve uma tentativa por parte da Al Qaeda de comprar material nuclear da África do Sul com o propósito de fabricar um “dispositivo nuclear improvisado” por US$ 1,5 milhão (R$ 2,7 milhões).

Em 1996, o próprio Zawahiri foi detido na Rússia, mas acabou sendo libertado pelos serviços de segurança. Os analistas especulam que ele estava tentando comprar uma bomba. Zawahiri disse certa vez que por US$ 30 milhões (R$ 54,2 milhões) seria possível comprar uma “bomba atômica de mala” de um cientista insatisfeito da ex-União Soviética. Em 1998 ele assumiu pessoalmente controle sobre os programas de armas nucleares e biológicas da Al Qaeda.

Naquele mesmo ano Bin Laden emitiu uma “fatwa”, afirmando que uma obrigação dos bons muçulmanos é “matar norte-americanos e seus aliados, civis e militares...”. A isso se seguiram os atentados à bomba contra embaixadas norte-americanas na Tanzânia e no Quênia. Em dezembro daquele ano, Bin Laden declarou a um jornalista da revista “Time” que a aquisição de armas de destruição em massa “para a defesa de muçulmanos é uma obrigação religiosa”.

Em 1999, um programa secreto de armas biológicas da Al Qaeda foi criado em um laboratório de Kandahar. O antraz parece ter sido a arma preferida.

No verão de 2001, um homem que encaixava-se com a descrição física de Mohammed Atta, um dos terroristas do 11 de setembro, tentou comprar um avião pulverizador de lavouras na Flórida. Zacarias Moussaoui, que atualmente cumpre pena de prisão perpétua, foi pego com manuais de pulverização de plantações.

A lista continua. O proliferador nuclear paquistanês A.Q. Khan teria recusado um pedido feito pela Al Qaeda para auxiliar a organização a fabricar uma bomba atômica. Ramzi Yousef, o terrorista responsável por um atentado a bomba contra o World Trade Center, pretendia usar gás cianeto para “envolver as vítimas presas na Torre Norte” na sua tentativa fracassada de derrubar o edifício em 1993. Mas a explosão incinerou o gás.

Apesar do seu interesse por armas químicas e biológicas, a Al Qaeda parece estar concentrada na opção nuclear. O seu objetivo declarado é matar quatro milhões de estadunidenses. As tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que possuem soldados no Afeganistão também poderão ser vulneráveis a um ataque do gênero.

Embora o mundo esteja se focando no Irã como a maior fonte potencial de proliferação nuclear, o perigo mais óbvio pode estar se formando no Paquistão, sob a direção de Zawahiri e Bin Laden. E, ao contrário do Irã, a Al Qaeda não tem outros motivos para fabricar a bomba além de usá-la.
Fonte: UOL noticias

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Lembrando...

Estudo alerta para possível uso de armas mais sofisticadas por terroristas

08.02.2007 - Um novo estudo britânico alerta para a possível utilização de armas químicas, biológicas ou nucleares mais sofisticadas por grupos terroristas.

O estudo, publicado pelo instituto britânico de relações internacionais, conhecido como Chatham House, recomenda aos Governos uma estratégia antiterrorista que leve em conta as ameaças representadas por diferentes tipos de armas.

A preocupação com possíveis ataques pode fazer com que os governantes fixem sua atenção quase exclusivamente em um tipo de ameaça, relegando as demais a segundo plano.

Essa é uma estratégia arriscada, porque os terroristas poderiam utilizar outros meios e escolher alvos diferentes, segundo os autores do estudo.

Embora reconheçam que a possibilidade de um ataque terrorista com armas de destruição em massa é "remota", suas conseqüências seriam "devastadoras e não devem ser descartadas porque sua probabilidade é considerada remota demais para ser levada em conta".

"As armas químicas, biológicas ou radiológicas mais básicas, e até mesmo algum artefato nuclear improvisado, podem ser tentadores" para um grupo terrorista, afirma o relatório.

Para os autores do estudo, as diferentes armas de destruição em massa são parte de um "sistema" à disposição de todo tipo de grupos terroristas, "dos maiores até os menores, dos praticamente improvisados até os mais organizados, dos mais pobres até os mais bem financiados".

Segundo seus autores, é importante que os Governos enfrentem o que qualificam de "sensação desmoralizante de estar indefeso". Eles acrescentam que a compreensão dos cidadãos deve ser "proporcional à ameaça, antes e depois de um ataque" terrorista.

O relatório da Chatham House explica detalhadamente quais são os diferentes tipos de armas de destruição em massa, o que um grupo terrorista pode fazer com elas e analisa a gravidade do perigo de sua eventual utilização.

A respeito das armas químicas, que alguns qualificaram como "arma atômica dos pobres", o relatório afirma que, apesar de sua produção em grande escala ser difícil, seria fácil para um grupo terrorista bem organizado e bem financiado esconder e transportar artefatos pequenos desse tipo.

A vulnerabilidade dos cidadãos às armas químicas de conseqüências letais, especialmente os agentes nervosos como o gás sarin, é evidente desde os ataques terroristas de meados dos anos 90 em Tóquio.

A probabilidade de um ataque desse tipo, ainda que em pequena escala, provocar uma reação de pânico desproporcional na população poderia fazer com que os perigos e o custo de fabricação de armas químicas valessem a pena para alguns grupos terroristas.

As armas biológicas, que empregam microorganismos e toxinas, são mais fáceis de adquirir e fabricar do que as nucleares, afirma o estudo.

Segundo o relatório, este tipo de armas teria maior impacto na consciência pública e política do que as químicas. Por isso, muitos consideram que elas poderiam se transformar nas favoritas dos terroristas.

A utilização de armas radiológicas, que podem espalhar material radioativo por uma ampla área utilizando algum engenho explosivo - a chamada "bomba suja" - e que podem ser fabricadas com material radioativo procedente da indústria, de hospitais ou de laboratórios de pesquisa, teria conseqüências políticas e econômicas graves, mas o efeito imediato de um ataque desse tipo seria limitado.

Apesar disso, um ataque radiológico provocaria pânico e a possibilidade de contaminação radiológica causaria ansiedade generalizada, afirma o relatório.

O estudo considera ainda que, apesar de a construção e o manejo de uma arma desse tipo apresentarem riscos para os terroristas, os desafios técnicos de sua fabricação não são insuperáveis.

Por último, o relatório menciona a possibilidade de um ataque nuclear. Ele poderia ser realizado com uma bomba comprada ou fabricada pelos terroristas, ou com uma ofensiva a uma usina nuclear com meios convencionais, como o impacto de um míssil.

Os efeitos de um ataque desse tipo são bem conhecidos: um elevado número de mortes e a devastação de áreas inteiras, além da destruição dos sistemas de comunicações por ondas eletromagnéticas.

Os autores destacam o temor de que grupos ou indivíduos terroristas, encorajados por uma visão religiosa ou apocalíptica, pensem na possibilidade de utilizar uma arma nuclear, pelo impacto "fortemente simbólico" e o caráter espetacular de um ataque desse tipo.

Fonte: Terra notícias

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Lembrando...

Especialista alerta para ameaça dos robôs assassinos terroristas

27.02.2008 - Robôs assassinos podem se tornar a arma predileta dos extremistas. A advertência foi feita hoje, durante uma conferência, por Noel Sharkey, professor de inteligência artifical e robótica na Universidade de Sheffield, no Reino Unido. Ele acredita que a redução de custos pode, em breve, transformar os robôs em uma opção realista e acessível para grupos terroristas.

"O problema é que, na verdade, não podemos devolver o gênio à garrafa, uma vez que as novas armas estão em ação, serão bastante fáceis de serem copiadas", disse Sharkey na conferência organizada pelo Royal United Services Institute, de acordo com informações da agência Reuters.

Sharkey exemplificou dizendo que um pequeno avião não-tripulado guiado por GPS e com piloto automático pode ser fabricado hoje por cerca de 332 euros - equivalente a pouco mais de R$ 830.

Várias empresas e países, com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos encabeçando o movimento, estão desenvolvendo a tecnologia de armas robóticas. Apenas no Iraque, mais de 4 mil robôs já estão em ação.

"Quanto tempo se passará antes que os terroristas se somem à esta tendência?", perguntou o professor, argumentando que a enorme queda nos preços atuais para a construção de robôs e a disponibilidade de componentes preparados para o mercado de aficionados pela robótica fazem com que não seja necessária muita habilidade para fabricar armas robóticas autônomas.

Redação Terra

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Nota de  www.tainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"Quando os homens disserem: Paz e segurança!, então repentinamente lhes sobrevirá a destruição, como as dores à mulher grávida. E não escaparão". (1Ts 5,3)

"Sabeis distinguir o aspecto do céu e não podeis discernir os sinais dos tempos?". (Mt 16,4)

 


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