ONG diz que mortos em conflitos religiosos na Nigéria chegam a 200


20.01.2010 - Pelo menos 200 pessoas já morreram até esta quarta-feira em confrontos entre cristãos e muçulmanos na cidade de Jos, na região central da Nigéria, de acordo com o organização não-governamental Human Rights Watch.

O vice-presidente nigeriano enviou soldados para ajudar a polícia a reestabelecer a ordem na região, onde patrulhas vigiam as ruas e vigora um toque de recolher de 24 horas.

A violência religiosa começou no domingo, levando milhares de pessoas a abandonarem as suas casas.

Casas, mesquitas e igrejas já foram queimadas e diversas pessoas presas desde então.

Esta teria sido a primeira vez que o presidente em exercício Goodluck Jonathan tenha usado seus poderes executivos desde que o presidente Umaru Yar'Adua foi ser tratado por problemas de saúde na Arábia Saudita, em novembro.

Exército no controle
O porta-voz da 3ª Divisão do Exército da Nigéria, tenente-coronel Shekari Galadima, afirmou à BBC que as ruas estão calmas e que as tropas assumiram o controle da situação.

A região foi palco de diversos episódios isolados de violência religiosa.

Em 2008, pelo menos 200 pessoas morreram em embates entre muçulmanos e cristãos, e cerca de mil pessoas morreram em 2001.

A atual onda de violência forçou pelo menos 3 mil pessoas a deixar as suas casas e se alojar em um acampamento improvisado em uma academia de polícia.

Jos fica no centro da Nigéria, em uma região volátil - entre o norte, de população majoritariamente muçulmana, e o sul, onde a maioria é cristã ou segue religiões tradicionais locais.

Segundo correspondentes, tais choques na Nigéria costumam ser atribuídos a sectarismo.

Mas pobreza e acesso a recursos como terra com frequência estão na raíz da violência.

Fonte: UOL notícias

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Lembrando...

Injusta relação com Deus é causa de violência na Nigéria, dizem bispos

20.09.2009 - Os bispos da Nigéria emitiram um comunicado em que consideram imperdoável o pretexto da "liberdade religiosa" por parte de alguns grupos para "perseguir a outros nigerianos de diversas convicções religiosas" e assinalaram que "na raiz de nossos sofrimentos está a ausência de uma justa relação entre nós e Deus".

Conforme informou a agência vaticana Fides, os prelados emitiram o comunicado logo depois de finalizada a segunda reunião plenária da Conferência Episcopal da Nigéria, realizada em Kafanchan, Kaduna, de 7 a 12 de setembro, sobre o tema "Conversão para a justiça e a reconciliação".

Os bispos assinalaram que "alguns nigerianos interpretam mal seu direito à religião como o direito de perseguir a outros nigerianos de diversas convicções religiosas”; e advertiram que "o direito a propagar uma religião não se deve exercer de modo que viole os direitos de pessoas de outras religiões. Deploramos o uso e abuso da religião para pisar nos direitos de outros".

Os bispos lamentaram "a perda de vidas humanas e os enormes danos materiais causados pela seita religiosa Boko Haram" que briga em particular contra as instruções de tipo ocidental; e criticaram a inação das autoridades.

Os prelados expressam também sua “tristeza e desilusão" porque "a pesar do conhecimento da existência e os planos da seita Boko Haram, e apesar das relações apresentadas às autoridades competentes, a inércia do governo permitiu à seita de destruir mais de 2000 vidas antes que a insurreição fora suprimida".

"Não temos uma democracia digna deste nome se o governo não consegue proteger a vida e as propriedades dos cidadãos", acrescentam.

Depois de recordar que a origem do mal está no pecado, os bispo nigerianos asseguram que "sem a força que vem do alto não pode haver uma verdadeira conversão. Temos que confiar nosso país nas mãos de Deus".

"Rezemos, por intercessão da Beata Virgem Maria, Reina da Nigéria, e de São João Maria Vianney, agente e exemplo de conversão, que aos nigerianos nos conceda a graça de colaborar com Deus, em solidariedade uns com os outros para transformar nossa nação", concluíram.

Fonte: ACI

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Diz na Sagrada Escritura:

"Então sereis entregues aos tormentos, matar-vos-ão e sereis por minha causa objeto de ódio para todas as nações". (Mt 24,9)

"Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada?" (Rm 8,35)

"Pois todos os que quiserem viver piedosamente, em Jesus Cristo, terão de sofrer a perseguição". (2Tm 3,12)


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