10.01.2010 - O papa Bento 16 pediu a autoridades políticas e religiosas neste domingo que impedissem a violência contra cristãos em uma aparente referência ao ataque recente contra cristãos coptas no Egito.
"A violência contra cristãos em alguns países causou indignação entre muitas pessoas, particularmente porque aconteceu nos dias mais sagrados da tradição cristã", disse o papa após a oração semanal do Angelus em Roma.
Seis cristãos coptas foram mortos por homens que abriram fogo em frente a uma igreja na cidade de Nagaa Hamady, no sul do Egito, em 6 de janeiro, na véspera do Natal copta.
O Ministério de Interior afirma suspeitar que o ataque foi uma retaliação ao estupro de uma menina muçulmana de 12 anos em novembro passado, que teria sido cometido por um homem cristão.
Três dias depois, muçulmanos e cristãos incendiaram casas e lojas uns dos outros em vilarejos próximos, ferindo seis pessoas, com a crescente tensão na região, que fica a 60 km da zona turística e arqueológica de Luxor.
"É necessário que autoridades políticas e religiosas não deixem de estar à altura de suas responsabilidades [...] não podemos ter violência em nome de Deus, não se pode honrá-la, ofendendo a dignidade e a liberdade de nossos irmãos", disse o papa.
Os cristãos coptas, um ramo da Igreja Ortodoxa Oriental, constituem cerca de 10% da população do Egito, um país predominantemente muçulmano. Choques entre os dois grupos religiosos, restritos ao sul do país nos últimos anos, têm se espalhado para a capital.
À medida que o conservadorismo islâmico ganha terreno, os cristãos têm cada vez mais se queixado de discriminação pela maioria muçulmana. A violência sectária é rara, mas disputas sobre questões religiosas, incluindo a terra ou mulheres ocasionalmente acontecem.
No verão de 2008 no sul do Egito, um muçulmano foi morto em confrontos devido à expansão de um mosteiro copta ortodoxo, e os muçulmanos queimaram casas de moradores cristãos porque um padre foi visto realizando uma missa dentro de uma casa, de acordo com o grupo de direitos humanos Iniciativa Egípcia pelos Direitos Individuais.
Fonte: UOL notícias
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Egito: Professores de Universidade se opõem a estudantes cristãos
12.11.2008 - Professores da Universidade de al-Azhar no Egito, a mais prestigiosa instituição islâmica sunita, se opõem à matrícula de estudantes cristãos, a fim de preservar a identidade islâmica da mais antiga universidade teológica do mundo.
De acordo com o canal de TV al-Arabiya, Hussein Eweida, representante dos professores de al-Azhar, disse que eles irão propor uma reunião com docentes locais e estrangeiros para apresentar as resoluções para o presidente Hosni Mubarak.
Eles alegam que a Lei 103 estabelece que apenas muçulmanos que fizeram o ensino médio nas escolas da al-Azhar ou os que já tem grau universitário podem entrar na universidade sunita. Estudantes muçulmanos de outras instituições, com alto nível de aprendizagem, também podem ingressar, depois de fazer testes.
“Vamos perguntar aos nossos irmãos cristãos se eles vão admitir estudantes muçulmanos em seus seminários. A resposta será negativa, sendo que há regras que não permitem o ingresso de muçulmanos”, disse Eweida.
Um advogado cristão copta, Mamdouh Nakhla, entrou com uma ação contra a al-Azhar por não aceitar estudantes, e a chamou de “universidade inconstitucional” devido à discriminação entre estudantes cristãos e muçulmanos.
Fonte: Portas Abertas
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Perseguição: Aumenta violência contra cristãos no Egito
17.06.2008 - El Gîza - O bispo copta católico de El Gîza, no Egito, Dom Antonios Aziz Mina, denunciou o aumento da violência e do extremismo contra os cristãos desde o início deste mês de junho. Em declaração à obra pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, ele disse que é importante que as comunidades cristãs resistam aos ataques e apresentem um rosto de amor, amizade e fraternidade.
Para Dom Antonios, "é importante que as pessoas consigam estar em paz consigo mesmas, com Deus e com os outros". Ele considera que os fatores que desencadeiam a violência extremista são a pobreza e a ignorância.
O bispo explicou que a Igreja dá testemunho do amor "sem falar diretamente de Cristo nem recorrer à Bíblia", fazendo muito em favor da convivência pacífica entre cristãos e muçulmanos. A diocese de El Gîza tem cerca de 9 mil católicos, distribuídos em nove paróquias. (CM/BF)
Fonte: Rádio Vaticano
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Extremistas muçulmanos atacam lojas e igreja cristã no sul do Egito
18.12.2007 - Treze negócios pertencentes a cristãos assim como a fachada de uma igreja foram atacados por extremistas muçulmanos durante a última semana na Isna, na região sul do Egito.
Conforme informam fontes da segurança egípcia, ao menos sete muçulmanos foram presos por ser suspeitos de ter participado de algum dos ataques.
De acordo à agência Agi, "as tensões entre a comunidade cristã local e a muçulmana se incrementaram a última quarta-feira quando um grupo de seguidores islâmicos rodeou um negócio de um cristão e destruiu as vitrines, provavelmente a maneira de vingança".
A agência também indica que dois dias antes, um cristão tinha denunciado um roubo por parte de uma muçulmana quem foi em seguida presa e libertada de imediato sem mediar acusação alguma.
Fonte: ACI
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Nota do Portal Anjo, www.portalanjo.com
Diz na Sagrada Escritura:
"Então sereis entregues aos tormentos, matar-vos-ão e sereis por minha causa objeto de ódio para todas as nações". (Mt 24,9)
"Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada?" (Rm 8,35)
"Pois todos os que quiserem viver piedosamente, em Jesus Cristo, terão de sofrer a perseguição". (2Tm 3,12)