05.12.2009 -No filme, 'O Dia Depois de Amanhã' ('The Day After Tomorrow', em inglês), lançado em 2004, o mundo fica preso no gelo em poucas semanas quando a Terra sofre alterações climáticas que provocam uma nova era glacial. Uma nova pesquisa, realizada por cientistas americanos e canadenses, sugere que um evento semelhante ao retratado no filme de Roland Emmerich poderia de fato ter ocorrido no passado, confirmando a teoria de que estaríamos nas vésperas de uma nova Era Glacial. As informações são do site científico Live Science.
Segundo os cientistas, a teoria mais aceita diz que em média o planeta experimenta 10 mil anos de era quente a cada 90 mil anos de era glacial. As últimas ocorreram entre 150 mil e 2 milhões de anos atrás. Os pesquisadores acreditam que, se as mudanças climáticas continuarem provocando os atuais níveis de derretimento na Groenlândia, são fortes os indícios de que o congelamento registrado em 'O Dia Depois de Amanhã' volte a se repetir.
De acordo com o estudo, evidências geológicas indicam que um grande resfriamento no Hemisfério Norte, com duração de cerca de 1,3 mil anos, teve início há aproximadamente 12,8 mil anos. O fenômeno, batizado de "Big Freeze" ("Grande Congelação", na tradução livre do inglês), foi interposto por uma grande elevação de água doce no mundo - um volume maior do que todos os maiores lagos da América do Norte juntos -, que invadiu os oceanos Atlântico e o Ártico.
Esse influxo abrupto de água, provocado quando o lago Agassiz na América do Norte transbordou, misturado à circulação de água quente no Atlãntico Norte, fez com que as temperaturas em todo o Hemisfério Norte despencassem significativamente.
Sem tempo para reagir
A partir de amostras de gelo retiradas da Groenlândia, os cientistas encontraram indícios de que essa mudança brusca no clima pode ter acontecido surpreendentemente ao longo de alguns meses ou até centenas de anos. "Esse sistema climático pode ligar e desligar rapidamente que é extremamente importante", disse o pesquisador Henry Mullins, da Universidade de Syracuse, em Nova York (Estados Unidos), que não participou da pesquisa. "Uma vez que o ponto de inflexão é atingido, não haveria nenhuma oportunidade para o ser humano reagir", concluiu.
Por dois anos, o engenheiro geoquímico William Patterson, da Universidade de Saskatchewan, no Canadá, e seus colegas, investigaram um tubo de barro retirado do antigo lago Lough Monreach, na Irlanda. Em cada camada do sedimento, que foi se depositando lentamente ao longo do tempo, os pesquisadores conseguem mapear pistas importantes na história do clima. "Basicamente, me movimento em torno da Irlanda ocidental procurando as condições adequadas - de rochas, vegetação e lagos - para obter os registros climáticos mais completos do passado", explicou Patterson.
Os detalhes
Ao analisarem os isótopos de carbono e oxigênio contidos em cada porção do sedimento, os cientistas foram capazes de mapear a temperatura antiga da região. No início da "Grande Congelação" recente, a equipe canadense descobriu que as temperaturas e a produtividade do lago caíram ao longo de poucos anos. "Seria como pegar a Irlanda hoje e deslocá-la para cima do Círculo Ártico, criando condições para o gelo se desenvolver em um período muito curto de tempo", disse Patterson.
Os resultados do estudo indicam também que o clima da região e o lago podem ter levado entre 100 e 200 anos para se recuperar. "Isso faz sentido porque leva tempo para os oceanos e a circulação atmosférica entrar em sintonia novamente", afirmou.
Futuro frio
Olhando para o futuro, Patterson disse que não existem razões para garantir que um novo congelamento terrestre não ocorrerá novamente. "Se o gelo da Groenlândia derreter de repente, seria catastrófico", disse. "Podemos dizer que o aquecimento pode levar a um esfriamento dramático. Isso deve servir como um alerta mais do que nunca", acrescentou Patterson.
"Não temos objetivo político nem contra ou a favor do aquecimento. Nosso objetivo é apenas entender o clima", concluiu o cientista canadense. Os resultados do estudo foram detalhados em uma conferência da Fundação Europeia de Ciência, realizada em Rovaniemi, na Finlândia.
Redação Terra
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Lembrando...
Cientistas estão surpresos com a extensão do degelo na Antártida e na Groenlândia
23.09.2009 - Cientistas estão surpresos com a extensão do degelo na Antártida e na Groenlândia, mostrou um estudo nesta quarta-feira que pode ajudar a prever o tamanho do aumento do nível do mar associado à mudança climática.
Análises de milhões de imagens a laser de satélites da Nasa revelaram que a maior perda de gelo foi causada pela aceleração do fluxo das geleiras em direção ao mar, de acordo com cientistas do Grupo Britânico de Pesquisas Antárticas (BAS, na sigla em inglês) e da Universidade de Bristol.
"Estamos surpresos em ver um padrão tão forte de diminuição de espessura das placas de gelo por áreas tão grandes da costa - é um fenômeno amplo e em alguns casos se estende por centenas de quilômetros em terra", disse Hamish Pritchard, do BAS, que liderou o estudo. "Nós acreditamos que as correntes oceânicas aquecidas que atingem a costa e derretem o gelo são a causa mais provável da aceleração do fluxo das geleiras", afirmou em comunicado.
"Esse tipo de derretimento do gelo é tão pouco compreendido que continua sendo a parte mais imprevisível do aumento futuro do nível do mar", acrescentou. O BAS afirma que o estudo deu o "quadro mais amplo" até aqui do derretimento do gelo. O aumento do nível do mar causado pelo degelo de grandes quantidades de gelo na Antártida e na Groenlândia pode ameaçar ilhas do Pacífico, áreas litorâneas em todo o mundo e cidades como Londres e Buenos Aires.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse neste mês que o aquecimento global, provocado principalmente pela queima de combustíveis fósseis, pode aumentar o nível do mar de 0,5 a 2 m neste século - mais do que a maioria dos especialistas tem antecipado. Entre as conclusões, o estudo desta quarta-feira mostra que 81 das 111 geleiras com degelo rápido na Groenlândia têm diminuído a uma velocidade duas vezes mais rápida que áreas de degelo mais lento na mesma altitude.
Fonte: Terra notícia
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Lembrando...
Plataforma de gelo do tamanho da França pode se desprender na Antártida e aumentar o nível do mar
30.11.2006 - Um grupo de cientistas que investiga a Antártida não descarta que a plataforma de Ross, uma placa de gelo do tamanho da França, possa se desprender a qualquer momento, o que causaria a elevação do nível do mar em pelo menos cinco metros, segundo o jornal neozelandês "The Press".
Se o passado é alguma indicação do futuro, então a plataforma de gelo entrará em colapso", afirmou o cientista Tim Naish.
Naish dirige a equipe que reúne amostras na Antártida para conhecer a história do Pólo Sul. Os cientistas conseguiram provas de que a plataforma de Ross já se desprendeu no passado.
"Estamos conseguindo tudo que podíamos sonhar", disse o cientista, do Instituto de Ciências Geológica e Nuclear.
A pesquisa permitirá saber, entre outras coisas, como era a Antártida na época em que a temperatura do planeta era mais alta que a atual.
Os cientistas acompanham o degelo que a Antártida sofre e alguns calculam que, se a plataforma de Ross se desprender, o nível do mar subirá entre 5 e 17 metros.
Fonte: UOL notícias
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Diz na Sagrada Escritura:
"Haverá sinais no céu na lua e nas estrelas. Na terra a aflição e a angustia apoderar-se-ão dos homens e das nações, pelo bramido do mar e das ondas". (Lc 21, 25)