24.10.2009 - A advogada Rosa Mavila, que apresentou na Comissão Revisora do Código Penal, o pedido para despenalizar o aborto eugênico e por violação, tentou desqualificar a mobilização pró-vida da terça-feira em frente ao Parlamento argumentando que responde a “interesses de alguns laboratórios”. As palavras da Mavila se unem às declarações do parlamentar José Vargas do partido Apra, quem votou a favor do aborto no mesmo grupo e defendeu sua “postura pessoal” comparando os não nascidos com vegetais.
Em declarações ao jornal peruano “El Comercio”, Mavila afirmou que detrás dos protestos contra a despenalização do aborto se encontram alguns laboratórios que obtêm lucros com as gravidezes.
“No meio estão os interesses de alguns laboratórios que têm altos lucros em análise, que exacerbam o papel da mulher apoiado apenas no controle da maternidade. Estes laboratórios provavelmente acreditam que vão perder lucros com a despenalização” do aborto, afirmou Mavila.
Mavila foi quem apresentou o pedido para despenalizar o aborto e disse que fazia sua a demanda da rede feminista abortista Cladem.
A advogada também chamou de “fanáticos” aos que se manifestaram a favor da vida nos arredores do Congresso, assinalou que “alguém” a insultou em um corredor do Parlamento, mas não falou nada sobre o grupo de abortistas que se instalou a poucos metros dos pró-vidas exigindo a despenalização do aborto com insultos às autoridades da Igreja.
Pouco antes, o parlamentar José Vargas –que é porta-voz da bancada partidária do Apra no Parlamento peruano e que votou contra a reconsideração da despenalização do aborto na comissão- declarou a uma emissora de rádio local que apóia o aborto e desqualificou os pró-vidas chamando-os de “hipócritas” e sem maior explicação disse que quem “se opõe ao aborto, defende a pena de morte”.
Vargas chegou ao extremo de comparar os concebidos com vegetais e assinalou que “ninguém defende a vida de forma irrestrita porque, por exemplo, um vegetal é uma vida e por isso não se deveria comer saladas”.
Fonte; ACI