16.10.2009 - Novos casos de gripe A no Hemisfério Norte reforçam a certeza de que uma segunda leva da pandemia atingirá o planeta
Os primeiros sinais da segunda onda de gripe A no mundo começaram a se manifestar. Embora o número de casos tenha caído no Brasil, a situação em países como Estados Unidos e México, berços da epidemia, voltou a preocupar autoridades de saúde e a reforçar a necessidade de prevenção – inclusive no Rio Grande do Sul, onde um novo surto assustou os moradores de Santa Rosa na semana passada e tirou a vida de dois gaúchos.
Nos EUA segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os níveis de contágio por gripe em setembro superaram o esperado. Dados do Center for Disease Control and Prevention (CDC), órgão ligado ao Departamento de Saúde, revelam que 1.097 pessoas foram internadas com sintomas de gripe ou pneumonia entre 30 de agosto e 5 de setembro. Duas semanas depois, as internações do tipo somavam 12,8 mil. Desse total, 3.311 casos deram positivo para o influenza, assim como 182 mortes no período.
No México, onde tudo começou, o cenário é preocupante. Estatísticas da Secretaria da Saúde dão conta de que o número de casos aumentou 60% de 12 de setembro a 12 de outubro. Conforme boletim divulgado terça-feira, já são 39.489 casos e 255 mortes confirmadas no país. Trinta dias antes, o número de doentes com diagnóstico comprovado era de 24.686 e o de mortes não passava de 215.
– Eles já estão vivendo a segunda onda da epidemia. Com a chegada do inverno por lá, a situação deve ficar ainda pior. E digo mais: é inevitável que isso se espalhe – afirma o secretário estadual da Saúde, Osmar Terra.
Mesmo com a chegada da primavera e do verão no Hemisfério Sul, quando as doenças respiratórias perdem força, os gaúchos não estão livres do perigo. No Estado, até agora, 196 mortes causadas pelo H1N1 foram confirmadas – e o governo do Estado espera o resultado de outros 70 exames.
Na semana passada, um surto localizado se espalhou por Santa Rosa e levou uma escola a fechar as portas. Uma gestante de 20 anos e um homem de 38 morreram. Moradores da cidade retomaram medidas preventivas. Nas unidades de saúde, a orientação é para que os profissionais voltassem a usar máscaras de proteção. Na terça-feira, as escolas municipais receberam kits, com toalhas de papel, álcool gel e sabonete líquido.
Estado aplicará a vacina em 2010
Para alguns especialistas, é uma questão de tempo para que a segunda onda também bata à porta dos gaúchos.
– A nossa esperança é de que a vacina, que começou a ser aplicada nos Estados Unidos, seja capaz de deter esse avanço, mas ainda não sabemos como a doença vai se comportar – diz Francisco Paz, diretor do Centro Estadual de Vigilância em Saúde.
Ao todo, o governo americano encomendou 250 milhões de doses a cinco laboratórios – 200 milhões devem chegar até o fim do ano e outras 50 milhões até abril. A primeira fase da imunização teve início este mês em mais de 90 mil postos espalhados pelo país, dando prioridade a grupos de risco, como grávidas, crianças e jovens. Mesmo com toda essa estrutura, os agentes públicos enfrentam uma dificuldade: convencer a população da necessidade de se vacinar. Uma pesquisa divulgada esta semana no país indicou que apenas 34% dos americanos adultos planejam seguir a recomendação e somente 35% dos pais pretendem vacinar as crianças.
Por aqui, a previsão é de que o Estado receba 6 milhões de doses para aplicar no primeiro trimestre de 2010. Médicos e autoridades insistem na necessidade de prevenção. Para o epidemiologista Jair Ferreira, do Hospital de Clínicas, o simples ato de lavar as mãos com sabonete várias vezes ao dia pode ajudar a manter a gripe A bem longe.
Fonte: zerohora.com.br
---------------------------------------------------------------------------
Lembrando...
Gripe suína apresenta novo vírus híbrido e de alta periculosidade
27.04.2009 - O atual surto de gripe suína parece ser um vírus "híbrido" que também tem componentes das versões humana e aviária da doença, motivo pelo qual pode reunir a alta patogenia deste último tipo e a facilidade de ser transmitido de pessoa a pessoa.
Além disso, se trata de um vírus novo. Por isso, não é possível saber como pode se comportar, segundo os cientistas.
A gripe suína é uma doença respiratória que afeta os porcos causada pelo vírus da gripe tipo A, que provoca com frequência surtos de gripe entre estes animais principalmente no outono e inverno. Sua morbidade costuma ser alta e sua mortalidade, baixa (entre 1% e 4% dos casos).
Segundo o site da Organização Mundial da Saúde (OMS), os vírus mais comuns da gripe suína são do subtipo H1N1, embora existam outros como H1N2, H3N1, H3N2.
No geral, os vírus da gripe suína não infectam os humanos, embora haja informações sobre focos em pessoas em contato direto com porcos.
Há também alguns casos documentados de transmissão entre pessoas.
Em 1988, um foco de gripe suína em porcos nos EUA causou várias infecções em seres humanos. Um dos pacientes comprovadamente transmitiu o vírus a membros de uma equipe médica que o atendeu.
No entanto, da mesma forma que todos os vírus da gripe, o de sua versão suína mudam de maneira constante.
Além disso, os porcos podem ser infectados não só pelo vírus da gripe suína, mas também pelos dos tipos aviário e humano da doença.
Com isso, é possível que esses vírus possam intercambiar genes e originar novas mutações.
Os sintomas da gripe suína nas pessoas são similares aos da gripe comum - febre alta, tosse, dores de cabeça, músculos e articulações, irritação nos olhos e coriza, além de vômitos e diarréia -, mas a associação com uma pneumonia pode causar a morte.
O período de incubação estimado é de dez dias. Uma amostra do aparelho respiratório deve ser recolhida entre os quatro ou cinco primeiro dias de infecção para possibilitar o diagnóstico.
O contágio de uma pessoa a outra se produz da mesma forma que a gripe comum, principalmente quando alguém tosse ou espirra.
A OMS descarta, no entanto, que a gripe suína possa ser contraída após comer carne de porco ou seus derivados, e insiste em que não há risco se este tipo de alimento tiver sido manipulado e preparado de maneira adequada.
Segundo a organização, a preparação da carne de porco acima de 71°C elimina não só o vírus da gripe suína, mas também outros micro-organismos nocivos.
Existem vacinas para a prevenção da gripe suína em porcos, mas não para humanos, e ainda não se sabe se a vacinação disponível oferece algum tipo de proteção.
Há quatro medicamentos antivirais para prevenir e tratar da gripe suína: amantadina, rimantadina, oseltamivir e zanamivir, embora só os dois últimos parecem ter tido êxito contra a nova cepa do vírus.
A OMS possui cinco milhões de doses do medicamento Tamiflu (oseltamivir), o remédio usado contra a gripe aviária e que também é sensível à gripe suína.
Segundo a entidade, é possível que muitas pessoas, especialmente aquelas que não têm contato regular com porcos, não tenham imunidade contra o vírus de gripe suína.
Por isso, se um vírus de origem suína conseguir estabelecer uma transmissão eficiente de pessoa a pessoa, pode causar uma pandemia.
Por enquanto, a OMS não recomendou restrições para viagens às regiões afetadas.
Entretanto, autoridades de saúde aconselham os que seguem rumo às zonas de risco a seguir uma série de medidas de prevenção.
São elas: aumentar os cuidados com a higiene pessoal, lavando frequentemente as mãos com água e sabão; cobrir o nariz e a boca com um lenço ao tossir ou espirrar, e jogá-lo fora em um saco plástico; e evitar tocar os olhos, o nariz ou a boca.
As pessoas que viajarem a partir do México devem dar muita atenção à sua saúde durante os dez dias posteriores ao retorno e, em caso de febre, tosse ou dificuldade respiratória, devem procurar imediatamente os serviços de saúde.
No México, mais de 1.600 pessoas foram hospitalizadas por possível contágio de gripe suína. O Governo do país calculou em 103 o número de mortes suspeitas de terem sido causadas pela doença.
Fonte; Terra notícias
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Diz na Sagrada Escritura:
"Haverá grandes terremotos por várias partes, fomes e pestes, e aparecerão fenômenos espantosos no céu". (Lc 21,11)
"E vi aparecer um cavalo esverdeado. Seu cavaleiro tinha por nome Morte; e a região dos mortos o seguia. Foi-lhe dado poder sobre a quarta parte da terra, para matar pela espada, pela fome, pela peste e pelas feras". (Ap 6,8)