Maria é modelo perfeito para sacerdotes, diz o Papa Bento XVI


12.08.2009 - Na Audiência Geral desta manhã, o Papa Bento XVI meditou sobre a relação que existe entre a Virgem Maria e os presbíteros, no marco do Ano Sacerdotal e na véspera da celebração da Solenidade da Assunção. A Mãe de Deus, disse o Pontífice, é o modelo perfeito para a existência dos sacerdotes.

Diante de milhares de fiéis peregrinos que foram ao Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, o Santo Padre recordou que este sábado 15 de agosto se celebra a Assunção da Virgem ao céu e explicou que a relação entre ela e os sacerdotes "está profundamente enraizada no mistério da Encarnação".

"Quando Deus decidiu fazer-se homem em seu Filho, necessitava do 'sim' livre de uma criatura sua. Deus não atua contra nossa liberdade. E aconteceu uma coisa verdadeiramente extraordinária. Deus se faz dependente da liberdade, do 'sim' de uma criatura, este espera 'sim'. São Bernardo de Claraval, em uma de suas homilias, explicou de modo dramático este momento decisivo da história universal, onde o céu, a terra e Deus mesmo esperam o quê dirá esta criatura".

Por isso, prosseguiu o Papa, "o 'sim' de Maria é a porta através da qual Deus pôde entrar no mundo, fazer-se homem. Assim Maria está realmente e profundamente envolvida no mistério da Encarnação, de nossa salvação. E a Encarnação, o fazer-se homem do Filho, era desde o início o que realizava o dom de si; ao doar-se com muito amor na Cruz, para fazer-se pão para a vida do mundo. Assim este sacrifício, sacerdócio e Encarnação vão juntos e Maria está no centro deste mistério".

Ao falar logo da passagem evangélica na qual o Senhor desde a Cruz deixa a Maria como Mãe de todos os homens no Apóstolo João, que poderia considerar-se como prefiguração de todos os sacerdotes e que "desde esse momento a recebeu em sua casa", Bento XVI sublinhou que esta ação "significa introduzi-la no dinamismo da inteira e própria existência –não é uma coisa exterior– e em tudo constitui o horizonte do próprio apostolado".

"Parece-me –continuou– que se deve compreender por isso como a peculiar relação de maternidade existente entre Maria e os presbíteros constitui a fonte primária, o motivo fundamental da predileção que nutre por cada um deles (os sacerdotes). Maria os prefere por duas razões: porque são mais similares a Jesus, amor supremo de seu coração; e porque também eles, como Ela, estão comprometidos na missão de proclamar, testemunhar e dar a Cristo ao mundo".

"Pela própria identificação e conformação sacramental a Jesus, Filho de Deus e Filho de Maria, todo sacerdote pode e deve sentir-se verdadeiramente filho predileto desta altíssima e humildíssima Mãe", acrescentou.

O Concílio Vaticano II, disse logo o Papa, "convida os sacerdotes a olharem a Maria como o modelo perfeito da própria existência, invocando-a como 'Mãe do supremo e eterno Sacerdote, Rainha dos Apóstolos, Auxílio dos presbíteros em seu ministério'. E os presbíteros –diz o Concílio– 'devem então venerá-la e amá-la com devoção e culto filial'".

Al referir-se depois ao Padre de Ars, o Pontífice ressaltou como este santo sacerdote amava repetir: "Jesus Cristo, logo depois de haver-nos dado todo aquilo que podia nos dar, fez-nos inclusive herdeiros do mais precioso que tinha, quer dizer a sua Santa Mãe".

"Isto vale –concluiu o Papa– para todo cristão, para todos nós, mas de modo especial para os sacerdotes. Queridos irmãos e irmãs, rezemos para que Maria faça que todos os sacerdotes, em todos os problemas do mundo de hoje, que sejam conforme a imagem de seu Filho Jesus, dispensador do tesouro inestimável de seu amor de Bom Pastor. Maria, Mãe dos sacerdotes, rogai por nós!"

Fonte: ACI


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