Enérgico rechaço do Episcopado inglês à publicidade para aborto e preservativos


 25.06.2009 - A Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales expressou seu mais enérgico rechaço à norma que permite que se faça propaganda nos meios de comunicação do aborto e do preservativo; e precisou que permitir publicidade ao respeito afetaria seriamente as mulheres e os jovens.

Na declaração preparada pelo Linacre Center for Healthcare Ethics, os prelados expressam seu desacordo com que "os serviços que oferecem ou se referem ao aborto devam ter a permissão de fazer publicidade nos meios de imprensa" já que "o aborto não é uma medicina nem um produto. Apresentá-lo como uma destas coisas corrói o respeito pela vida e é altamente enganador e daninho para as mulheres, que podem sentir-se apressadas para tomar uma decisão rápida que nunca poderá ser revertida”.

"Permitir a publicidade para serviços abortivos contribuiria a uma ulterior 'normalização' do aborto e a sua assimilação como um mero serviço", precisam.

Do mesmo modo, os bispos deploraram uma iniciativa que busca promover o preservativo entre os rapazes ingleses. "É profundamente inapropriado fazer publicidade dos preservativos aos adolescentes. Promover seu uso vai também promovendo o sexo e a 'sexualização' do público ao qual chega, que neste caso serão os jovens de 10 a 16 anos", indicaram.

Os prelados ressaltam logo que o uso do preservativo "não cancela não as objeções morais ou legais às relações sexuais que envolvem crianças. Nossa sociedade já está 'enganando' aos jovens apresentando-lhes uma visão empobrecida do sexo, com freqüência totalmente separada de qualquer contexto de amor esforçado e de disponibilidade para a paternidade/maternidade".

Na nota dada a conhecer pelo L'Osservatore Romano, os bispos da Inglaterra e Gales manifestam logo que é necessário desalentar este processo publicitário que "já tem feito danos enormes à percepção do sexo em nossa sociedade".

"Nos muitos casos nos quais está em jogo o respeito pela vida, assim como o sexo no matrimônio, a situação é mais séria, porque o que está em meio disso não só som os direitos dos jovens, mas também os de toda criança que pode ser concebida. O respeito pela vida, o sexo e a paternidade/maternidade são fundamentais para uma sociedade sã e os padrões publicitários deveriam refletir sobre isto", concluem.

Fonte: ACI


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