22.06.2009 - Um relatório divulgado nesta segunda-feira destaca que a costa do mar Mediterrâneo é mais vulnerável aos tsunamis do que o oceano Índico, onde uma onda gigante deixou mais de 300 mil mortos em 2004. O documento, intitulado Relatório dos Desastres Mundiais, foi elaborado pela Federação Internacional das Sociedades Cruz Vermelha e Crescente Vermelho (IFRC, na sigla em inglês).
Segundo o relatório, milhões de pessoas que moram ou passam férias no litoral do Mediterrâneo estão correndo o risco de serem atingidas por tsunamis. Apesar da vulnerabilidade da região, o documento ressalta que a costa do Mar do Mediterrâneo não possui um sistema de alerta para tsunamis e que um forte terremoto submarino na região poderia ter conseqüências graves.
"Com 140 milhões de pessoas vivendo nas áreas costeiras, um grande número de turistas e uma alta densidade populacional em partes do Mediterrâneo, um grande tsunami poderia ter consequências devastadoras", diz o relatório. "Há um grande esforço sendo feito no sentido de instalar rapidamente as partes técnicas de um sistema de alerta de tsunamis, mas o avanço está sendo lento e há limitações na sua abrangência", afirma o documento.
'Pior ano'
O relatório destaca ainda que o ano de 2008 foi o segundo pior no total de vítimas de desastres naturais, superado apenas por 2004, ano do tsunami no Oceano Índico.
No ano passado, 138.336 pessoas morreram ou foram dadas como mortas por causa do ciclone Nargis, em Mianmar, enquanto outras 87.476 morreram no terremoto de Sichuan, na China.
O documento ressalta também que milhões de pessoas foram atingidas por enchentes e secas ao redor do mundo em 2008.
Fonte; G1
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Lembrando...
Erupção de vulcão provocará megatsunami na América
04/01/2005 - Uma onda de 50 metros de altura atingirá o litoral atlântico dos Estados Unidos e destruirá tudo no seu caminho. Não se trata de um filme de Hollywood, mas de uma sombria previsão de cientistas britânicos e norte-americanos, que também incluem o Brasil na lista de possíveis lugares atingidos.
Enquanto a comunidade internacional tenta ajudar as vítimas do devastador maremoto de dezembro no sul da Ásia, os especialistas alertam que a erupção de um vulcão nas ilhas Canárias, que pertencem à Espanha e ficam no litoral norte da África, pode provocar o maior tsumami já registrado. Segundo um polêmico estudo desses cientistas, uma explosão no vulcão Cumbre Vieja, na ilha de La Palma, pode lançar um pedaço de rocha do tamanho de uma ilha dentro do Atlântico, a uma velocidade de até 350 quilômetros por hora.
Nesse estudo, a energia liberada pela erupção seria equivalente ao consumo de eletricidade nos Estados Unidos durante seis meses. As ondas sísmicas se deslocariam pelo Atlântico na velocidade de um avião a jato. A devastação nos Estados Unidos provocaria prejuízos de trilhões de dólares e ameaçaria dezenas de milhões de pessoas. Espanha, Portugal, Grã-Bretanha, França, Brasil, Caribe e África Ocidental também poderiam ser atingidos pelas ondas gigantes.
"Isso pode ocorrer na próxima erupção, que pode acontecer no próximo ano, ou pode levar dez erupções", disse Bill McGuire, do Centro de Pesquisas Benfield Hazard, da Grã-Bretanha.
"Simplesmente não sabemos quando vai acontecer, mas há alguém preparado para assumir o risco depois dos incidentes do Oceano Índico?", disse McGuire, propondo a criação de um programa para monitorar a atividade sísmica na encosta do vulcão.
"Precisamos fazer com que as pessoas saiam antes do colapso em si. Uma vez que o colapso tenha acontecido, o Caribe teria nove horas, e os EUA de 6 a 12 horas, para retirar dezenas de milhões de pessoas."
O Cumbre Vieja, que teve sua última explosão em 1971, normalmente tem erupções em intervalos de 20 a 200 anos.
Mas outros especialistas vêem exageros na previsão sobre o Cumbre Vieja ou sobre o vulcão havaiano de Kilauea. A Sociedade Tsunami, que reúne especialistas de vários países, diz que essas teorias só servem para assustar as pessoas. O grupo argumenta que o Cumbre Vieja não explodiria em uma única rocha e que a onda criada seria muito menor. "Estamos falando de milhares de anos no futuro. Qualquer coisa pode acontecer. Um asteróide também poderia cair na Terra", disse George Pararas-Carayannis, fundador da Sociedade Tsunami.
Muitos especialistas acham que os tsunamis provocadas por deslizamentos abruptos duram menos do que aquelas geradas por terremotos fortes, como o de 26 de dezembro. Charles Mader, editor de uma revista do Hazards sobre tsunamis, prevê que mesmo um enorme deslizamento em La Palma provocaria ondas de apenas um metro de altura nos EUA.
De qualquer forma, especialistas avaliam que a ameaça dos tsunamis estava subestimada antes da tragédia asiática, que matou mais de 150 mil pessoas. "Não seria surpresa para mim se amanhã víssemos outra tsunami como essa," disse Pararas-Carayannis, apontando para as falhas geológicas de Portugal, de Porto Rico e do Peru como riscos possíveis. Para McGuire, um sistema de alerta no Índico teria evitado completamente as mortes em Sri Lanka e na Índia, já que na maioria dos casos a população precisava se deslocar apenas um quilômetro para ficar a salvo.
Na opinião dele, o risco dos tsunamis para a Terra só é inferior ao do aquecimento global. "Com as costas fortemente ocupadas agora, particularmente nos países em desenvolvimento, os tsunamis são um grande problema porque, ao contrário dos terremotos, transmitem a morte e a destruição através de oceanos inteiros."
Fonte: Terra Notícias
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"Haverá consternação dos povos pelo bramido do mar e das ondas, mirrando-se os homens de susto na expectativa do que virá sobre o mundo, porque as forças dos céus se abalarão”. (Lucas, 21,25)
"Quando os homens disserem, paz e segurança, virá então sobre eles repentinamente a destruição, como a dor que assalta a parturiente. E eles não escaparão." ( 1 Tess. 5, 3 )