Mulheres destroem imagens sacras de igreja no Pará


03.06.2009 - BELÉM - Para duas mulheres no município de São Miguel do Guamá, no nordeste do Pará, a religião virou caso de polícia. Elas destruíram quatro imagens sacras históricas de uma igreja matriz da cidade. As duas acusadas, que se dizem evangélicas da Igreja Pentecostal, foram detidas pela polícia. Seis peças religiosas foram destruídas: uma escultura de São Miguel Arcanjo, padroeiro do município, esculturas de São Sebastião, da Nossa Senhora da Conceição e do Sagrado Coração de Jesus, o quadro que retrata a via sacra e a vela do Círio Pascal.

Na delegacia, uma das acusadas apresentou um laudo alegando que ela sofre de transtorno psiquiátrico. As duas responderão à Justiça em liberdade por danos materiais.

As imagens foram trazidas das cidades de Roma e Portugal por padres Barnabitas no ano de 1758, quando a cidade ainda era chamada como Fazenda Pernambuco.

Fonte: O Globo

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Lembrando...

Rio Grande do Sul: Pastor queima imagens sacras do século 17

19.10.2007 - SÃO BORJA (RS) - O pastor da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) Fábio Guimarães da Silva Pereira queimou, durante um culto, duas imagens da história missioneira cadastradas no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Ele havia retirado as estátuas da casa de uma família que era fiel depositária das peças em troca de orações para curar um doente. O pastor responde por crime contra o patrimônio histórico na 3ª Vara Cível de São Borja, no Rio Grande do Sul.

Pereira alegou que a queima de imagens é uma pratica comum nos cultos da Universal. Mas garantiu não saber que as duas imagens, uma do Senhor Morto e outra de São Pedro, eram cadastradas no Iphan.

A denúncia ao Ministério Público foi feita pelo diretor de Assuntos Culturais do município, Fernando Rodrigues, no mês passado, quando a família Chagas resolveu fazer a doação para o museu municipal de oito imagens de madeira das quais era guardiã. Na ocasião, Oraides Chagas informou Rodrigues de que o pastor havia levado as duas imagens. Orientado pelo Iphan, o diretor procurou a Polícia Federal e o Ministério Público, que representou contra o pastor.

São Borja é um dos Sete Povos das Missões, fundado em 1636 pelos jesuítas como uma redução de índios guaranis. Dessa época, restam apenas 82 peças no estilo barroco jesuítico, todas tombadas pelo Iphan. Dessas, 35 estão no Museu Municipal Aparício Silva Rillo, 13 encontram-se em poder da Igreja Católica e as outras 34 estão espalhadas por casas de família que já detinham a posse delas.

A família Ayala Chagas, moradora de um bairro pobre da cidade, conservava em seu poder oito imagens que foram salvas de um incêndio em uma capela próxima de sua casa na primeira metade do século passado. Oraides Chagas contou que havia cinco gerações eles vinham cuidando das estátuas em um pequeno oratório na sala da residência. Com a doença de seu marido, Leôncio Ayala Chagas, que sofria de câncer, Oraides recorreu às orações do pastor para curá-lo. Em troca, ele exigiu as estátuas para queimá-las em um culto.

Chagas morreu de câncer em julho e os filhos procuraram o museu para fazer a doação com o objetivo de salvar as outras estátuas.

Fonte: Estadão
 


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