27.05.2009 - A Coréia do Norte ameaçou nesta quarta-feira a Coréia do Sul com uma resposta militar após a adesão Seul ao Programa de Segurança contra a Proliferação (PSI), além de ter anunciado que não está mais sujeita ao armistício de 1953 que encerrou a guerra da Coréia.
Pyongyang também advertiu que não garante a segurança dos navios que passam por sua costa oeste, de acordo com um comunicado militar divulgado pela agência oficial KCNA.
Seul, que tinha um status de observador no PSI, anunciou na terça-feira a decisão de integrar plenamente o programa, depois que a Coréia do Norte realizou um novo teste nuclear e lançou vários mísseis de curto alcance.
"Qualquer ato hostil contra nossa República, em particular deter ou inspecionar nossos navios se traduzirá de imediato em uma forte resposta militar", adverte o Exército da Coréia da Norte no comunicado.
"Nosso Exército não está mais sujeito ao acordo de armistício, na medida em que os Estados Unidos fizeram os 'fantoches' entrar no PSI", completa o texto divulgado pelo destacamento militar norte-coreano do povoado neutro de Panmunjon, no centro da zona desmilitarizada.
"Se Pyongyang já não se considera sujeita ao armistício de 1953, a península coreana voltará ao estado de guerra", adverte o Exército norte-coreano.
"Os que nos provocaram devem enfrentar uma sanção sem piedade e inimaginável", ameaçou Pyongyang.
"Os imperialistas e os traidores que cercam Lee Myung-bak (presidente sul-coreano) empurraram a península coreana para o estado de guerra".
As relações entre as duas Coréias, que sempre estiveram oficialmente em estado de guerra desde o conflito de 1950 a 1953, pioraram após a chegada ao poder em Seul, em fevereiro de 2008, de Lee Myung-bak, qualificado regularmente de "traidor" pelo regime norte-coreano.
Rompendo com a postura dos antecessores que buscaram uma conciliação com Pyongyang, Lee adota uma posição firme em relação ao Norte e condiciona a ajuda de seu país aos progressos verificáveis no process de fim do programa nuclear de Pyongyang.
A Coréia do Norte testou mais um míssil, o sexto em três dias, revelou nesta quarta-feira a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
Pyongyang lançou um míssil de curto alcance no Mar Amarelo, informou a Yonhap.
Na segunda-feira, a Coréia do Norte desafiou o mundo com um teste nuclear subterrâneo e o disparo de três mísseis, antes de lançar outros dois mísseis, na terça.
Fonte: Terra notícias
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Lembrando...
Coréia do Norte ameaça uma guerra nuclear se for alvo de ataque preventivo
19.11.2006 - SEUL - A Coréia do Norte respondeu neste domingo com a ameaça de uma guerra nuclear aos comentários feitos no início do mês durante um fórum numa base da força aérea em Seul, no qual foi dito que a Coréia do Sul deveria considerar um ataque preventivo como opção para incapacitar o regime norte-coreano.
"O 'ataque preventivo contra o Norte' significa a provocação de uma guerra nuclear", afirmou um porta-voz do Comitê norte-coreano para a Reunificação Pacífica da Mãe Pátria, em comunicado divulgado pela Agência Central de Notícias Coreana (oficial).
A Coréia do Norte se declarou potência nuclear depois de realizar um teste subterrâneo de sua primeira bomba atômica em 9 de outubro, o que desencadeou sanções internacionais e a condenação de numerosas nações, fundamentalmente Estados Unidos, Japão e a vizinha Coréia do Sul.
Os professores da academia da força aérea sul-coreana disseram, em seminário realizado em Seul no início deste mês, que havia chegado a hora da Coréia do Sul estudar "um ataque preventivo" contra a Coréia do Norte.
"Trata-se de uma provocação intolerável contra a DPRK (Coréia do Norte) e um crime traiçoeiro com a intenção de atuar como uma brigada de choque, executando a guerra nuclear americana contra a DPRK", respondeu o porta-voz norte-coreano.
As duas Coréias estão tecnicamente em guerra desde o conflito de 1950-1953, que terminou num frágil armistício, sem a assinatura de um tratado de paz.
Neste domingo, os 21 membros do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) expressaram, em Hanói, "grande preocupação" com o teste nuclear realizado em 9 de outubro pela Coréia do Norte e pediram a retomada das negociações diplomáticas.
Em declaração verbal conjunta lida a portas fechadas, ao fim da cúpula, o bloco regional apoiou as sanções das Nações Unidas contra o regime norte-coreano e pediu a retomada das negociações multilaterais (Coréia do Norte, Coréia do Sul, Rússia, Estados Unidos, China e Japão.
Todos os países que participam das negociações multilaterais, com exceção da Coréia do Norte, são membros da Apec.
No dia 1º de novembro, a Coréia do Norte anunciou que voltaria às negociações com a condição dos Estados Unidos levantarem algumas sanções econômicas.
O Minju Joson, um jornal publicado pelo governo norte-coreano, acusou neste domingo a Coréia do Sul de reunir mais aviões, navios de guerra e mísseis, obedecendo às "ações provocativas" dos Estados Unidos contra a Coréia do Norte.
Fonte: UOL notícias
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"Quando os homens disserem: Paz e segurança!, então repentinamente lhes sobrevirá a destruição, como as dores à mulher grávida. E não escaparão". (1Ts 5,3)