28.04.2009 - O arcebispo Claudio Jiménez, ex-presidente da Conferência Episcopal Paraguaia (CEP), disse que o ex-bispo e presidente do país, Fernando Lugo, deve considerar a possibilidade de se casar, como forma de “aquietar as águas”, após três mulheres afirmarem ter filhos com o mandatário.
Em entrevista ao canal local Telefuturo, Jiménez, que atualmente é bispo da diocese de Cordillera, uma das mais importantes do país, aconselhou Lugo a pensar “na possibilidade de se casar, de formar um lar”.”É possível que isto também o tranquilize e, no fim, isso irá aquietar as águas”, recomendou o ex-presidente da CEP.
Lugo tem sido alvo de críticas desde que foi envolvido na polêmica acusação de três mulheres, que afirmam ter filhos com ele. Todos teriam sido concebidos quando o presidente ainda exercia seu bispado, em San Pedro.
Jiménez informou também que, mesmo com “muitos boatos”, a instituição não recebeu nenhuma denúncia contra Lugo, ao contrário do que disse o bispo do Alto Parana, monsenhor Rogelio Livieres, que há alguns dias declarou que o episcopado conhecia “detalhes” da situação do presidente.
A CEP emitiu, por sua vez, um comunicado desmentindo a declaração e assegurando que nunca recebeu nenhuma acusação contra o mandatário.
No início do mês, Lugo reconheceu a paternidade de um menino de cerca de dois anos, fruto de uma relação com Viviana Rosalith Carrilo, de 26 anos.
Desde então, outras duas mulheres declararam ter filhos com o governante. Uma delas, Damiana Hortensia Morán, alegou que ele teria outros três com mulheres diferentes. Assim, o presidente paraguaio poderia ser pai de seis crianças.
Em 2006, Lugo apresentou sua renúncia ao cargo religioso apenas para concorrer às eleições presidenciais, pois a Constituição paraguaia não permitia que ministros religiosos exercessem cargos públicos.
Na ocasião, o Vaticano repudiou a decisão e lhe aplicou a suspensão “a divinis” (condição em que o deixou como bispo, mas sem poder exercer suas funções na diocese).
Fonte: Ansa Latina