27.04.2009 - A gripe suína alterou toda a rotina de quem vive no México. De uma hora para outra, escolas e lugares públicos de grande concentração de pessoas fecharam. As ruas agitadas da Cidade do México estão mais vazias, repletas de pessoas mascaradas. Os brasileiros que vivem no país também tiveram de alterar o cotidiano.
Com medo e com um filho de dois anos para cuidar, a gaúcha Virginia Knak diz não querer sair de casa. "Estou aqui trancada e não pretendo sair durante a semana", afirma.
Mesmo sentindo-se "mais protegida" dentro do condomínio onde vive em Naucalpan, no Distrito Federal, Virgínia está assustada. A brasileira vive no país há oito anos e trabalha como modelo. Todos os seus trabalhos para a semana foram cancelados.
"Cancelaram até o Fashion Week. Na sexta-feira, fui a um importante evento na capital. Havia mais de mil pessoas. Estávamos sentados quando, de repente, alguém avisou que estavam cancelando o jantar e que todos deveríamos ir para casa", conta. "Foi aí que comecei a ficar mais assustada."
O medo da doença fez a capital mexicana transformar o caos habitual em um clima de falsa tranqüilidade. "É estranho. Aqui sempre tem trânsito. No sábado fiz um caminho que demoro normalmente duas horas em apenas 30 minutos", diz.
Apesar do risco, a modelo não pensa em retornar ao Brasil. Uma colega argentina não aguentou o medo e, na primeira chance que teve, pegou um voo para Buenos Aires. A brasileira, porém, diz ter mais medo de se contagiar dentro de um avião do que na casa onde vive.
Virginia afirma seguir à risca as normas do governo, que são incessantemente repetidas pela televisão. Nada de apertos de mãos na hora de se cumprimentar. Beijinhos no rosto então nem pensar. "Eles [o governo] dizem que todos devemos seguir as instruções. E insistem que há cura para a gripe suína", fala.
A podóloga paulista Elizandra de Souza também não se descuida. Devido à profissão, a brasileira é obrigada a se deslocar pela Cidade do México durante o dia todo. Detalhe: de metrô. E lá embaixo, sob a superfície, ela só anda de máscara cirúrgica.
"O metrô aqui é muito profundo. A gente fica com medo do ar. Já vi gente até de luvas", diz.
Elizandra conta que soldados do exército mexicano estão espalhados pelas ruas distribuindo máscaras.
O medo entre todos é grande. Segundo a brasileira, "qualquer dorzinha de cabeça é motivo para preocupação". Elizandra não possui plano de saúde e não sabe muito bem o que deve fazer caso sinta os sintomas da gripe suína.
Depois de ter morado na Cidade do México por três anos, a brasileira voltou à cidade há apenas quatro meses. Ela especula o verdadeiro motivo da gripe. "Sempre achei que algum dia uma doença iria se espalhar aqui. Eles não ligam muito para a higiene. Não lavam as mãos ou usam luvas quando lidam com comida. De repente, isso pode ter algo a ver", diz.
Fonte: UOL notícias
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
"Não levantei da cama por uma semana", diz doente de gripe suína
27.04.2009 - A britânica Tansy Huws, que vive no México, teve sintomas de gripe suína e relatou à BBC sua experiência. A OMS (Organização Mundial da Saúde) já advertiu que o vírus possui o potencial de provocar uma pandemia, porém disse que o mundo está, atualmente, melhor preparado do que nunca para lidar com a doença.
Leia abaixo o depoimento de Tansy Huws:
"Eu me mudei para o México há apenas três semanas. Os sintomas [da doença] começaram no domingo da semana passada, quando cheguei em casa. De um minuto para o outro eu senti náuseas e tive febre muito alta. Eu simplesmente não conseguia levantar da cama durante uma semana inteira.
Na noite de sexta-feira uma amiga me telefonou perguntando por que eu estava sumida. Quando eu contei a ela o que estava sentindo ela me disse para entrar em contato com a Embaixada Britânica. Lá, eles me disseram para ligar para o hospital. Os funcionários do hospital me disseram para não tomar nenhum medicamento, para que os sintomas ficassem claros e eles pudessem diagnosticar a doença.
Eu fui para o hospital no sábado. Havia muitas pessoas lá esperando para ser examinadas. O exame foi muito simples. Eles simplesmente me fizeram algumas perguntas e mediram minha pressão. Eles me receitaram Tamiflu e agora estou me sentindo bem melhor. Eu perguntei no hospital se estava com gripe suína mas eles não foram muito claros.
Eu acho que a gripe suína é muito diferente de uma gripe normal porque eu simplesmente não conseguia levantar da cama. Acho que as pessoas que estão muito doentes não vão conseguir ir até um hospital, e as pessoas que conseguem chegar aos hospitais não são aquelas afetadas pela gripe suína."
Fonte: Folha on line
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Diz na Sagrada Escritura:
"Haverá grandes terremotos por várias partes, fomes e pestes, e aparecerão fenômenos espantosos no céu". (Lc 21,11)
"E vi aparecer um cavalo esverdeado. Seu cavaleiro tinha por nome Morte; e a região dos mortos o seguia. Foi-lhe dado poder sobre a quarta parte da terra, para matar pela espada, pela fome, pela peste e pelas feras". (Ap 6,8)