Alemanha: Arcebispo diz que a morte de Jesus não foi um ato redentor


24.04.2009 - Artigo Extra  www.rainhamaria.com.br

Segundo o presidente da conferência dos bispos católicos da Alemanha, a morte de Jesus Cristo não foi um ato redentor de Deus para libertar os seres humanos da escravidão do pecado e abrir as portas do céu. O Arcebispo de Freiburg, Robert Zollitsch, conhecido por suas visões liberais, negou publicamente o dogma cristão fundamental da natureza sacrifical da morte de Cristo numa recente entrevista a um canal de televisão alemão.

Zollitsch disse que Cristo “não morreu pelos pecados do povo como se Deus tivesse providenciado uma oferta sacrifical, como um bode expiatório”. Ao invés, Jesus teria oferecido somente “solidariedade” aos pobres e sofredores. Zollitsch disse que “esta é a grande perspectiva, esta tremenda solidariedade”.

O entrevistador perguntou: “O senhor não mais descreveria isso como Deus tendo dado seu próprio filho porque nós humanos somos pecadores? Não mais descreveria assim?”

Monsenhor Zollitsch respondeu: “Não”.

(Que nome daríamos à "teologia" deste bispo?)

O Arcebispo Robert Zollitsch foi nomeado para a Sé de Freiburg im Breisgau em 2003 por João Paulo II. Ele é presidente da conferência episcopal alemã, para a qual foi eleito em 2008 e é considerado como “liberal” no episcopado alemão.

Em fevereiro de 2008 disse que o celibato sacerdotal deveria ser voluntário e que não é “teologicamente necessário”. Zollitsch disse ainda que aceita as uniões civis homossexuais pelo estado, mas que é contrário ao “casamento” homossexual. (Infelizmente este parágrafo dá a impressão de que sejam coisas com o mesmo grau de importância. Não o omiti apenas para ser fiel ao texto original.)

Ele disse a Meinhard Schmidt-Degenhard, apresentador do programa, que Deus deu “seu próprio filho em solidariedade a nós até a última agonia da morte para mostrar: ‘você vale tanto para mim que estou com você, e estou totalmente com você em toda situação’. Ele se envolveu comigo por solidariedade – de livre vontade”.

Cristo, ele disse, “assumiu aquilo pelo qual éramos acusados, inclusive o mal que eu causei, e também para devolvê-lo ao mundo de Deus e, portanto, mostrar-me o caminho para a vida, livre do pecado, da culpa e da morte”.

Entretanto, o artigo 613 do Catecismo da Igreja Católica, o trabalho definitivo publicado pela Igreja explicando os dogmas e as doutrinas da religião católica, descreve a morte de Cristo como “o sacrifício Pascal que realiza a redenção definitiva dos homens, através do ‘Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo’, o sacrifício da Nova Aliança, que restaura a comunhão do homem com Deus ao reconciliá-lo com Deus pelo ‘sangue da aliança, que foi derramado por muitos para o perdão dos pecados’.”

O Catecismo continua: “Este sacrifício de Cristo é único; ele completa e ultrapassa todos os outros sacrifícios. Primeiro, é um presente do próprio Deus Pai, porque o Pai entregou seu Filho pelos pecadores a fim de reconciliá-los consigo. Ao mesmo tempo, é um oferecimento do Filho de Deus feito homem, que na liberdade e por amor ofereceu sua vida ao Pai pelo Espírito santo em reparação por nossa desobediência”.

(Se tivesse negado tão explicitamente o holocausto judeu, um dogma secular, sua própria conferência episcopal teria pedido sua cabeça. Como negou o caráter sacrifical da morte de Jesus, ou seja, um dogma cristão, é provável que seja homenageado.)

Fonte: Life Site News

Tradução: OBLATVS  -  http://oblatvs.blogspot.com


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