Bandidos armados que controlam favela dão ultimato a paróquia no Rio de Janeiro


02.04.2009 - RIO DE JANEIRO .- O grupo armado que controla uma conhecida “favela” da cidade brasileira de Rio de Janeiro deu esta semana um “ultimato” à Arquidiocese para que fechem uma paróquia e seus centros de ajuda comunitária porque o pároco se nega a pagar a extorsão exigida pelos delinqüentes.

Os delinqüentes armados, que constituem uma verdadeira força paramilitar, controlam a “Associação de Vizinhos de Rio das Pedras”, no bairro carioca de Jacarepaguá, onde funciona a Paróquia Nossa Senhora de Loreto.

O presidente da associação de vizinhos, conhecido como “Beto Bomba”, líder de uma tropa que no bairro disputa o poder aos narcotraficantes, deu um ultimato ao Pe. Luis Antonio, pároco de Nossa Senhora de Loreto, para abandonar o prédio de apenas 150 metros quadrados antes de 5 de maio.
“Não sei os motivos do ultimato, mas a verdade a igreja não faz acordos com estes grupos”, disse o Pe. Luis Antonio; quem assinalou que não pensa abandonar a paróquia nem os centros comunitários.

Segundo o jornal “O Dia”, tropas paramilitares controlam mais de 500 comunidades em Rio de Janeiro com o argumento de combater em forma ilegal aos narcotraficantes. Como resultado da grave corrupção da Polícia Federal, estes grupos armados que impõem ordem em territórios até agora dominados por narcotraficantes, foram originalmente bem-vindos nos bairros mais pobres; até que montaram um sistema de extorsão e pagamento de serviços básicos aos vizinhos em troca de suposta proteção.

“Os vigilantes se converteram em uma nova forma de intolerável abuso”, assinalou o Pe. Luis Antonio.

Fonte: ACI

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Lembrando...

Parecia guerra, diz morador após tiroteio no Rio de Janeiro

27.11.2008 - As marcas do tiroteio entre traficantes e policiais podiam ser vistas nesta manhã em como carros e casas na avenida dos Democráticos, em Manguinhos, no Rio de Janeiro. A energia elétrica ainda não havia sido restabelecida às 10h15 na região, pois os transformadores foram destruídos pelos tiros. "Parecia guerra. Fiquei com meus filhos dentro do banheiro e as balas destruíram armários e eletrônicos. Chorei muito", disse uma moradora que não quis se identificar.

A escola municipal Alberico Santa Cruz ficou sem aulas por falta de energia. O comércio na região está aberto, mas os sinais de trânsito estão apagados e não há reforço policial nos acessos das comunidades do Jacarezinho e Manguinhos.

O tiroteio, que durou cerca de duas horas, teve início por volta das 19h. Agentes da DRFA em quatro viaturas trafegavam pela avenida Dom Hélder Câmara quando foram atacados por traficantes do Jacarezinho, que haviam atravessado um ônibus na via. Duas equipes ficaram encurraladas sob intenso fogo cruzado dos marginais. Granadas também foram lançadas contra os agentes.

Devido ao tiroteio, a circulação do metrô entre as estações Triagem e Maria da Graça ficou interrompida por meia hora. O confronto se intensificou e também se estendeu para vias próximas à favela de Manguinhos, vizinha ao Jacarezinho, como a rua Leopoldo Bulhões e a avenida dos Democráticos, que também foram fechadas. Moradores das duas favelas não conseguiram voltar para casa. Comerciantes foram forçados a fechar as portas.

Redação Terra

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Lembrando...

Jornal Clarín: violência no Rio atingiu ponto infernal

20.04.2007 - A violência no Rio de Janeiro atingiu proporções "infernais", segundo reportagem do jornal Clarín nesta sexta-feira. A dedução do diário argentino resulta da comparação com a situação em Buenos Aires: enquanto na capital fluminense uma pessoa morre a cada duas horas, na capital argentina uma morte violenta ocorre a cada três dias.
A matéria do Clarín, intitulada Rio 'semeia' 1,3 mil rosas para cada assassinado este ano, é motivada pela manifestação da ONG Rio de Paz, que plantou o chamado 'Jardim da Morte' na praia de Copacabana.

"O novo protesto cívico coincide com o recrudescimento dos tiroteios e das mortes massivas. Na cidade mais turística do Brasil, as imagens da Polícia Militar que descia dos morros levando cadáveres agarrados por braços e pernas foram chocantes para os cariocas, e tiveram repercussão internacional", diz o texto.

O também argentino La Nación registrou o protesto, afirmando que "a praia mais emblemática (do Rio) serviu ontem de cenário para uma homenagem emocionada às vítimas da violência que castiga esta cidade".

A matéria lembrou a proximidade dos Jogos Pan-Americanos, que se realizarão no Rio de Janeiro no meio do ano, e as discussões envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para possibilitar o envio de mais forças de segurança à cidade.

Fonte: Terra notícias
 


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