ONG (que se diz) católica critica arcebispo em caso de aborto de menina


11.03.2009 - A associação civil mexicana Católicas pelo Direito a Decidir criticou hoje "a falta de compaixão" do arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, que excomungou a mãe de uma menina de 9 anos que abortou após ficar grávida de gêmeos do padrasto e a equipe médica que fez a cirurgia.

As ativistas católicas criticaram a decisão do religioso em um anúncio pago na imprensa mexicana.

"Como pode se erguer em estandarte da moral uma instituição que antepõe a proteção de criminosos, estupradores e pedófilos, à vida e à dignidade das meninas e mulheres?", indica o comunicado.

A ONG mexicana defende a liberdade da mulher para decidir sobre questões sexuais e de reprodução, e, em geral, mantém uma posição crítica à hierarquia eclesiástica.

Além de ter sido abusada pelo padrasto desde que tinha seis anos, a menor, segundo os médicos, corria risco de morrer caso a gravidez seguisse em frente.

A organização lembra que o caso cumpria as condições fixadas na lei brasileira para a prática do aborto, pois a legislação afirma que o ato pode ser praticado quando a mulher foi violentada e quando a vida da mãe corre risco.

Fonte: Terra notícias

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Lembrando...

Católicas pelo Direito de Decidir não é organização católica, lembra CNBB

04.03.2008 - Católicas pelo Direito de Decidir, não é uma organização católica e não fala pela Igreja Católica, recorda a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

O organismo episcopal brasileiro manifestou-se sobre o assunto por meio de nota, esta segunda-feira, já que «têm chegado à sede da CNBB inúmeras consultas sobre a ONG», «uma vez que em seus pronunciamentos há vários pontos contrários à doutrina e à moral católicas».

A nota esclarece que «se trata de uma entidade feminista, constituída no Brasil em 1993, e que atua em articulação e rede com vários parceiros no Brasil e no mundo, em particular com uma organização norte-americana intitulada “Catholics for a Free Choice”».

«Sobre esta última, a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos já fez várias declarações, destacando que o grupo tem defendido publicamente o aborto e distorcido o ensinamento católico sobre o respeito e a proteção devidos à vida do nascituro indefeso», explica a CNBB.

O grupo também «é contrário a muitos ensinamentos do Magistério da Igreja; não é uma organização católica e não fala pela Igreja Católica (Cf. http://www.usccb.org/comm/archives/2000/00-123.htm)».

De acordo com a nota da CNBB, «essas observações se aplicam, também, ao grupo que atua em nosso país».

A Conferência episcopal brasileira lembra que a Campanha da Fraternidade 2008 «reafirma nosso compromisso com a vida, especialmente, com a vida do ser humano mais indefeso, que é a criança no ventre materno, e com a vida da própria gestante».

«Políticas públicas realmente voltadas à pessoa humana são as que procuram atender às necessidades da mulher grávida, dando-lhe condições para ter e a criar bem os seus filhos, e não para abortá-los», afirma a nota.

«“Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19). Ainda que em determinadas circunstâncias se trate de uma escolha difícil e exigente, reafirmamos ser a única escolha aceitável e digna para nós que somos filhos e filhas do Deus da Vida.»

A CNBB encerra a nota conclamando «os católicos e todas as pessoas de boa vontade a se unirem a nós na defesa e divulgação do Evangelho da Vida, atentos a todas as forças e expressões de uma cultura da morte que se expande sempre mais».

Fonte: Zenit


Católicas pelo Direito de Decidir, quem são?

A organização "Católicas pelo Direito a Decidir" ou CFFC ("Catholics for a Free Choice") foi fundada em 1970 para promover o aborto atacando à Igreja Católica.

Sua estratégia é confundir aos fiéis e sua agenda fomenta a anticoncepção, a esterilização, o lesbianismo, a homossexualidade, o feminismo radical e as doutrinas New Age.

Embora se apresenta como um grupo de leigas católicas dissidentes, a CFFC foi denunciada por bispos e entidades pró-vida em vários países do mundo como uma organização anti-católica, anti-vida e anti-família.

Seu primeiro presidente foi o ex-sacerdote jesuíta, Joseph O'Rourke, expulso da Companhia de Jesus em 1974. Entre 1980 e 2007, sua presidenta foi a ex-religiosa, Frances Kissling, ex-diretora de uma das primeiras clínicas de aborto legal em Nova Iorque e fundadora da Federação Nacional do Aborto.

Kissling apresentou sua organização como se fosse a voz legítima de dissensão entre os católicos. Entretanto, sabe-se que o grupo conta com um número reduzido de ativistas e é financiado principalmente por grandes transnacionais abortistas como as fundações Ford, Sunnen, J.D. MacArthur, Noyes e Gund.

Atualmente, o grupo opera nos Estados Unidos, América Latina e África.


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