06.03.2009 - O movimento Católicas Pelo Direito de Decidir encarou com "indignação" a decisão do arcebispo de Olinda e Recife, d. José Cardoso Sobrinho, de excomungar os médicos e a mãe da menina de 9 anos que passou por um aborto esta semana. De acordo com a polícia, o padrastro confessou que abusava da garota. "Não dá pra dizer que a coisa é absolutamente inesperada, mas de qualquer forma, para nós, isso se configura como uma crueldade", afirmou Valéria Melk, representante da entidade feminista e de caráter inter-religioso.
Para ela, a atitude do arcebispo foi mais uma contribuição negativa para a situação. "Em nome de possíveis valores abstratos que não fazem nenhum sentido na realidade desta criança, esse tipo de coisa vai somando violências numa situação já bastante violenta para uma criança de 9 anos", avaliou.
Católica, Valéria acredita que a excomunhão pode ter um peso social grande para quem pratica a religião. "Se essa pessoa faz parte de uma comunidade, ela tem uma série de valores e situações que são importante para a vida, como o sentimento de pertencimento com a comunidade que ela está. E essas pessoas agora são marcadas e estigmatizadas de uma forma completamente injusta, que não faz sentido".
De acordo com ela, o fato de o padrasto da menina não ter sido submetido à excomunhão mostra como a Igreja lida com a mulher. Para ela, é injusto que a pessoa que praticou a violência não receba punição enquanto que "os médicos que tentaram minimizar os danos desta violência passem por isso".
Para Valéria, a Igreja Católica, composta pelos fiéis e por vários movimentos, é mais "plural" que os dirigentes conservadores. Esta semana, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que a decisão do arcebispo foi "radical" e "inadequada". Entre os casos previstos em lei para autorização do aborto estão estupro e risco de vida para a mãe. Hoje, o presidente Lula disse que lamenta a postura conservadora do arcebispo.
Procurada, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) ainda não se manifestou sobre o assunto. De acordo com a assessoria, os bispos que compõem a presidência da entidade estão em viagem e não podem ser contatados.
Agência Brasil
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NOTA DE ALERTA: - www.rainhamaria.com.br
Católicas pelo Direito de Decidir não é organização católica, lembra CNBB
04.03.2008 - Católicas pelo Direito de Decidir, não é uma organização católica e não fala pela Igreja Católica, recorda a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
O organismo episcopal brasileiro manifestou-se sobre o assunto por meio de nota, esta segunda-feira, já que «têm chegado à sede da CNBB inúmeras consultas sobre a ONG», «uma vez que em seus pronunciamentos há vários pontos contrários à doutrina e à moral católicas».
A nota esclarece que «se trata de uma entidade feminista, constituída no Brasil em 1993, e que atua em articulação e rede com vários parceiros no Brasil e no mundo, em particular com uma organização norte-americana intitulada “Catholics for a Free Choice”».
«Sobre esta última, a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos já fez várias declarações, destacando que o grupo tem defendido publicamente o aborto e distorcido o ensinamento católico sobre o respeito e a proteção devidos à vida do nascituro indefeso», explica a CNBB.
O grupo também «é contrário a muitos ensinamentos do Magistério da Igreja; não é uma organização católica e não fala pela Igreja Católica (Cf. http://www.usccb.org/comm/archives/2000/00-123.htm)».
De acordo com a nota da CNBB, «essas observações se aplicam, também, ao grupo que atua em nosso país».
A Conferência episcopal brasileira lembra que a Campanha da Fraternidade 2008 «reafirma nosso compromisso com a vida, especialmente, com a vida do ser humano mais indefeso, que é a criança no ventre materno, e com a vida da própria gestante».
«Políticas públicas realmente voltadas à pessoa humana são as que procuram atender às necessidades da mulher grávida, dando-lhe condições para ter e a criar bem os seus filhos, e não para abortá-los», afirma a nota.
«“Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19). Ainda que em determinadas circunstâncias se trate de uma escolha difícil e exigente, reafirmamos ser a única escolha aceitável e digna para nós que somos filhos e filhas do Deus da Vida.»
A CNBB encerra a nota conclamando «os católicos e todas as pessoas de boa vontade a se unirem a nós na defesa e divulgação do Evangelho da Vida, atentos a todas as forças e expressões de uma cultura da morte que se expande sempre mais».
Fonte: Zenit
Católicas pelo Direito de Decidir, quem são?
A organização "Católicas pelo Direito a Decidir" ou CFFC ("Catholics for a Free Choice") foi fundada em 1970 para promover o aborto atacando à Igreja Católica.
Sua estratégia é confundir aos fiéis e sua agenda fomenta a anticoncepção, a esterilização, o lesbianismo, a homossexualidade, o feminismo radical e as doutrinas New Age.
Embora se apresenta como um grupo de leigas católicas dissidentes, a CFFC foi denunciada por bispos e entidades pró-vida em vários países do mundo como uma organização anti-católica, anti-vida e anti-família.
Seu primeiro presidente foi o ex-sacerdote jesuíta, Joseph O'Rourke, expulso da Companhia de Jesus em 1974. Entre 1980 e 2007, sua presidenta foi a ex-religiosa, Frances Kissling, ex-diretora de uma das primeiras clínicas de aborto legal em Nova Iorque e fundadora da Federação Nacional do Aborto.
Kissling apresentou sua organização como se fosse a voz legítima de dissensão entre os católicos. Entretanto, sabe-se que o grupo conta com um número reduzido de ativistas e é financiado principalmente por grandes transnacionais abortistas como as fundações Ford, Sunnen, J.D. MacArthur, Noyes e Gund.
Atualmente, o grupo opera nos Estados Unidos, América Latina e África.
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Lembrando...
Católicas defendem legalização do aborto no FSM
24.01.2005 - A organização Católicas pelo Direito de Decidir (CDD) lança no Fórum Social Mundial, começa nesta quarta, em Porto Alegre, a Campanha pela Legalização do Aborto no Brasil.
A campanha deve durar dois anos, com realização de oficinas sobre as questões éticas e religiosas em diversas cidades do País. A entidade vai começar, no Fórum, a recolher assinaturas de pessoas conscientes da necessidade de discutir o assunto. A campanha contará com materiais de apoio como vídeo, uma cartilha, programa de rádio e revista de história em Quadrinhos
Para entidade, o tema aborto precise ser deslocado da esfera moral para ser tratado como um dado da realidade social. A mobilização da CDD faz parte da estratégia das Jornadas Brasileiras para o Aborto Legal e Seguro, articulação nacional de várias entidades com o objetivo de fomentar a legalização do aborto no Brasil.
O lançamento da campanha acontece no dia 27, às 15h30, no Cais do Porto (Sala B203). Estarão presentes a ministra da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, e a ministra da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, Nilcéia Freire. As informações são da assessoria de imprensa do Fórum Social Mundial.
Fonte: Terra Notícias
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Católicos e abortistas?
O Padre Luiz Carlos Lodi da Cruz, encarregado de um dos apostolados pró-vida mais êxitos de Anápolis, precisa por sua parte que é impossível que os católicos apóiem o aborto, do que se deduz que as CDD são falsas católicas. Segundo Padre Lodi, quando os católicos se sentem confundidos pelas argumentações a favor do aborto, simplesmente devem recorrer a documentos eclesiais como a encíclica de João Paulo II, Evangelium Vitae, para constatar que os ensinamentos da Igreja vão na contra-mão da moral e o aborto sempre será algo mal por implicar a morte deliberada de um ser humano inocente.
Visite: http://www.providaanapolis.org.br/