04.03.2009 - A gravidez de gêmeos de uma menina de 9 anos, que teria sido estuprada pelo padrasto em Alagoinha, na região agreste de Pernambuco, foi interrompida nesta manhã, no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros, da Universidade de Pernambuco (UPE). A informação foi confirmada pela diretora-geral da unidade de saúde, Fátima Maia.
Segundo Fátima, a menina recebeu na noite de ontem um medicamento que provoca contrações no útero e expeliu os dois fetos por volta das 10h. A diretora-geral informou que o procedimento segue o protocolo do Ministério da Saúde em casos de gravidez de risco ou quando a gestante foi vítima de estupro.
De acordo com o hospital, a gravidez era considerada de risco, já que a menina pesa 36 kg. "Ela é muito pequena. O útero não tem estrutura para segurar uma, ainda mais de duas crianças", disse Fátima.
A menina passa bem e será submetida a uma curetagem. O procedimento é feito para retirar de restos de sangue e placenta, evitando o risco de infecções.
O caso
A gravidez foi descoberta depois que a garota começou a reclamar de vômitos e dores de cabeça e no abdome. Ao ser levada pela mãe à Casa de Saúde São José, em Pesqueira, município próximo de Alagoinha, foi detectada a gravidez dos gêmeos, que estavam na 16ª semana.
O padrasto dela, acusado pelo estupro, foi preso na noite do último dia 26. Segundo a polícia, ele confessou o crime e afirmava que planejava fugir da cidade. O homem, de 23 anos, não pode ter o nome divulgado por orientação do Ministério Público de Pernambuco, já que o caso envolve uma menor de 18 anos.
Além da menina de 9 anos, o suspeito também teria confessado que abusou sexualmente da outra irmã, de 14 anos, portadora de deficiência mental. O rapaz vivia com a família desde 2005.
Redação Terra
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Igreja quer impedir na Justiça aborto de menina de 9 anos
04.03.2009 - A arquidiocese de Recife e Olinda entrou com um pedido no Ministério Público para tentar impedir o aborto de uma menina de 9 anos grávida de gêmeos na capital pernambucana. A Igreja afirma que condena qualquer tipo de morte e alega também que a mãe da menina não sabia o que estava assinando quando autorizou a interrupção da gestação.
A menina de 9 anos, que foi supostamente estuprada pelo padrasto, está grávida de aproximadamente quatro meses de gêmeos. Segundo o Instituto Materno Infantil de Pernambuco (Imip), onde ela esteve internada até esta terça-feira, a gravidez é de alto risco para a criança devido à sua estrutura física (a menina tem 36 kg e 1,36 m).
A arquidiocese afirmou que parte de um princípio da moral cristã que condena qualquer tipo de morte. O hospital não quis comentar o assunto.
Redação Terra