02.03.2009 - Está escrito – e é para hoje – em Miquéias 7, 1 Ai de mim! Porque sou como quem restolha frutos no verão, como quem respiga depois da vindima: não há sequer um cacho para comer, nenhum desses figos temporões de que tanto gostaria! 2 Desapareceram os homens piedosos da terra, não há quem seja íntegro entre os homens. Todos andam à espreita para derramar sangue, cada um arma laços ao seu irmão. 3 Suas mãos estão prontas para o mal: o príncipe exige (um presente), o juiz cobra as suas sentenças, o grande manifesta abertamente suas cobiças, todos tramam (suas intrigas).
E continua assim: 4 O melhor dentre eles é como um silvedo, o mais íntegro, como uma sebe de espinhos. No dia anunciado por teus vigias, vem o castigo: eles serão completamente destruídos. 5 Não confies em colega, não contes com amigos, nem mesmo com aquele que dorme contigo. Guarda-te de abrir a boca! 6 Porque o filho trata seu pai de louco, a filha levanta-se contra sua mãe, a nora contra sua sogra; e os inimigos são os da própria casa. O leitor notou alguma semelhança com os dias de hoje? Se não notou, que se prepare para viver estes tempos de caos, onde as famílias em ruína – as que hoje não rezam – se explodirão em ataques dentro delas mesmas.
Também Davi, dizia assim nos Salmos 52 e 13, 1.... Diz o insensato em seu coração: Não há Deus. Corromperam-se os homens, sua conduta é abominável, não há um só que faça o bem. 2 O Senhor, do alto do céu, observa os filhos dos homens, para ver se, acaso, existe alguém sensato que busque a Deus. 3 Mas todos eles se extraviaram e se perverteram; não há mais ninguém que faça o bem, nem um, nem mesmo um só. 4 Não se emendarão esses obreiros do mal, que devoram meu povo como quem come pão? Eles que não invocam o Senhor? Quem devora o povo? O maus teólogos, os falsos doutores, os maus padres!
Ninguém ignora, que desde os tempos imemoriais, sempre o homem esteve mergulhado no pecado, e muitas vezes até sucumbiu afogado nele. Muitas civilizações que se foram, deixando embora alguns vestígios e ruínas, desapareceram exatamente quando a moral desceu aos abismos e o pecado reinava solto, e num reino de morte. Mesmo civilizações que não haviam conhecido a Lei divina, acabaram por desaparecer engolfadas em sangue, porque abalroaram a Lei Natural, que vem impressa nos coração dos homens, dotados de inteligência. Assim, toda vez que o homem decidiu romper este elo que o prende ao seu Criador, acabou por se destruir completa e inapelavelmente. E chegaremos lá!
Ora, isso prega contra a própria inteligência do homem que estuda a história de tais povos. E prega contra todos os que por conveniência preferem ignorar os avisos do passado achando que isso “foi antigamente” e que agora as coisas mudaram e acontecerá diferente. Existe até alguns que falam em misericórdia infinita, mas esquecem que nem toda paciência é também infinita. Isso prova que o homem abandonou de vez a sabedoria em troca de uma ciência burra, de uma teologia alucinada, que prefere ignorar o poder avassalador do pecado, e a ruína inexorável a que ele conduz, quando passados certos limites. E hoje os ultrapassamos a todos. O último limite que o homem moderno busca transpor é fazer de si mesmo um deus, com lei própria, como Lúcifer quis um dia.
Vejam: nenhuma civilização que habitou neste planeta, desde que ele existe, atingiu tal estado de gigantismo como a nossa, conseguindo como hoje ocupar quase completamente a terra. E nenhuma civilização anterior atingiu tão elevado nível científico como esta, capaz de caminhar sobre a lua, fotografar o espaço infinito, e ter em mãos tantos dados capazes de fazer ver a impossibilidade de que isso tenha surgido do nada e por acaso. Mas devido a esta elevada “ciência”, exatamente devido a este acúmulo assombroso de conhecimentos é que o home decidiu rebelar-se, agora não somente contra os ditames da lei Natural, mas acima de tudo contra as disposições da Divina e Eterna lei. No que fez descer a moral a níveis de abismo.
Ora, desde os dias de Jesus, a detentora dos ditames da Divina Lei é somente a nossa Santa Igreja Católica. E por ser a Igreja hoje, o único baluarte que ainda se levanta contra o pecado e contra mal – mas já não unânime, nem consciente – é também ela o alvo primeiro e quase único de todos os rebeldes, dos insanos, que decidiram derrubar a Deus de Seu excelso trono. Como está no Salmo 61, 5 Sim, de meu excelso lugar pretendem derrubar-me; eles se comprazem na mentira. Enquanto me bendizem com os lábios, amaldiçoam-me no coração. Isso quando continua o mesmo Salmo, em 10 Os homens não passam de um sopro, e de uma mentira os filhos dos homens. Eles sobem na concha da balança, pois todos juntos são mais leves que o vento.
Muito apropriadamente, como tenho lido em alguns exorcismos, o demônio nos chama de “sacos de esterco”. Realmente esta definição em certo sentido fala a verdade, porque nós, que deveríamos ser templos do Espírito Santo e morada de Deus, nos tornamos em seres abomináveis, desafiadores, pecadores inveterados e ao extremo, capazes da temeridade ousada de desafiar ao Próprio Deus e a Sua lei. De fato, de todos os lados, de todos os continentes e nações, parte um grito uníssono de desafio ao Criador, grito que cada vez mais sufoca a voz da Igreja, e sufoca a garganta daqueles que lutam pela verdade.
Como já escrevi, vivemos no reinado da mentira, certamente a “operação do erro” a que São Paulo se refere na Carta aos Tessalonicenses quando fala do anticristo e diz em 2, 10 Ele usará de todas as seduções do mal com aqueles que se perdem, por não terem cultivado o amor à verdade que os teria podido salvar. 11 Por isso, Deus lhes enviará um poder que os enganará e os induzirá a acreditar no erro. 12 Desse modo serão julgados e condenados todos os que não deram crédito à verdade, mas consentiram no mal.
Ora, a simples inteligência, o mínimo discernimento nos dirá que para que o filho do mentiroso – e mentiroso também – o anticristo estabeleça seu reinado aqui na terra é preciso que a humanidade esteja dominada pela mentira, e afundada até o pescoço no lamaçal do erro e da imoralidade. Sem isso este espírito do terror seria impossibilitado de materializa-se, e aparecer entre os homens. É preciso que bilhões de seres humanos estejam completamente cegos em relação aos sinais dos tempos – e aos avisos de Deus – sem os quais não conseguem vislumbrar o perigo que os ronda, a eles e as suas famílias. Como dizem as Escrituras “olhos que não vêem, ouvidos que não ouvem”, um povo de coração obcecado em pecar, e acima de tudo, com a idéia fixa de livrar-se da Lei Divina, para poder explodir em pecados, impunemente! Malignamente!
E sem dúvida hoje os pecados da carne estão no topo da cadeia pecaminosa do homem. De fato a busca alucinada do prazer se mede no volume assustador de produtos ligados a a área do sexo, coisa que beira a loucura. Somente o anti-spam do meu endereço de email exclui em média 60 propostas de venda de produtos que visam o aumento da potência sexual e o aumento do desejo feminino. As pessoas desta área não querem nem saber se estes químicos mais adiante lhes estourem os organismos, querem agora o prazer, gozar se possível o tempo inteiro, sem freios nem peso de consciência. Vejam parte de um texto de reportagem recente do Vaticano, sobre a luxúria masculina e a vaidade feminina:
As mulheres querem ser admiradas, belas, irresistíveis, auto-suficientes e poderosas. Os homens perdem a razão diante do objeto de atração sexual. É o que mostra uma pesquisa recém-divulgada que mapeia a incidência dos pecados capitais entre católicos de ambos os sexos. O estudo, realizado pelos renomados teólogos Wojciech Giertych, da Casa Pontifícia, e Roberto Busa, da Universidade Pontifícia Gregoriana, ambas do Vaticano, revela que 60% dos homens são dominados pela luxúria e 40% das mulheres pela vaidade... "A mulher erotiza sua aparência física para capturar o desejo sexual do homem. Já os homens erotizam o ato sexual em si”. Com isso, "A mulher se tornou o objeto da luxúria masculina. Ela é forçada a se tornar interessante e sexualmente atraente para que seja aceita no mercado"... Ou seja: machos e fêmeas como animais em permanente estado de cio. Comprando-se e vendendo-se mutuamente!
Na verdade penso que a reportagem é condescendente com os números e os efeitos. O que acontece, antes de tudo é que as mulheres perderam uma virtude essencial, que fazia delas criaturas espaciais: chama-se PUDOR! Isso significa respeito à toda prova pelo seu próprio corpo, mantendo o recato que é a força de guarda de sua integridade física e também moral. Há 40 anos atrás, se você olhasse para os seios de uma mulher, de maneira mais acintosa, ela corava de vergonha, e não raro fugia dali, porque era como se a tivessem mirado toda despida ou com os seios expostos. Hoje, imensidões delas ficam deliciadas com estes olhares, não somente não se incomodam mais, como ficam felizes que seu atrativo, sua isca, funciona. São cada vez mais raras as que coram de vergonha!
Naqueles exorcismos que já publicamos à certa altura o demônio Allida assim fala a este respeito: Muitas crianças, por exemplo, estão tão avançadas que já sabem tudo sobre sexo, mesmo antes de largarem as fraldas... Metem-lhes essas coisas na cabeça de tal maneira que com cinco ou seis anos já tem o crânio cheio dessas coisas. Há mesmo instituições como jardins-infantis, escolas, etc. que não sabem fazer nada melhor ou mais inteligente, que meter o sexo à força na cabeça das crianças. E que se passa com os jovens na puberdade?
Os pais não sabem o que fazer. Mal ousam falar com o Sacerdote e junto dele manifestarem-se contra esta educação. Dizem para consigo: “Ele é Padre, sabe o que faz”. A juventude já está pervertida mesmo antes de se agüentar nas duas pernas. Assim, a última e a antepenúltimas gerações, jamais darão verdadeiros soldados de Cristo, a não ser que se faça uma mudança completa da situação. Os jovens estariam melhor em campos de concentração do que em certos centros educacionais, que mais não fazem do que lhes inocular o sexo como um veneno. E tudo isso é feito com um sabor a cristianismo moderno, que aparece como complemento.
Em Sodoma e Gomorra tudo era mais visível. Nesses tempos, a perversão não era assim inoculada gota a gota. De fato, em Sodoma e Gomorra a situação era grave, mas eles sabiam que pecavam. Sentiam-no. As crianças de hoje, muitas vezes, já nem sabem que pecam. Só demasiado tarde é que se dão conta de que foram precipitadas para o pecado. Os grandes responsáveis por essa situação, os Padres, professores e educadores, não sabem senão dum modo confuso que tem culpa na sua maneira de agir. Escutam às vezes a voz da consciência, outras vezes pensam que é o Espírito Santo.
Ou seja, ele aqui mostra que ultrapassamos Sodoma nesta área. E como sabemos que sobre aquelas cidades Deus fez chover fogo dos céus para fulminá-las, admira ver que Deus ainda não tenha agido sobre a humanidade. Como este mesmo demônio diz: Aquele lá de cima ainda tem paciência! Mas até quando? O fato é que hoje o grande perigo ronda as crianças, e quando vemos meninas de 9 anos grávidas, percebemos que cada vez mais cedo a sexualidade delas está sendo ativada. Numa das minhas viagens de pescaria, na entrada da cidade de Aquidauana eu passei por um dos momentos mais terríveis neste sentido, quando duas meninas de não mais de sete anos se achegaram ao nosso grupo, se oferecendo para sexo. Meus ouvidos nunca deveriam ter escutado isso, tanto me doeu. É que se fazem assim conosco, outros “machos” certamente se aproveitam.
A exposição de corpos seminus no Carnaval é um exemplo do ápice da luxúria, pois basta que se tomem os filmes dos carnavais de décadas atrás, comparando com as vestes que certas mulheres usam hoje, projetando para o futuro teremos num primeiro passo a dança delas completamente nuas, no segundo o sexo em praça pública. E não demora, basta que continue a coisa neste ritmo. De fato, a pressão hedionda dos filhos de satanás em nome de uma pseudo-liberdade, por uma libertinagem desenfreada, sem limites, sem acusação de pecado ou sentimento moral de culpa, seque passos de gigante.
Horroriza-me saber, que uma espécie de germe da loucura, faz penetrar na própria catequese da Igreja a menção do sexo, que se torna em matéria base. De todos os lados o assalto de imagens, sons, palavras, gestos obscenos, chistes e cantadas, músicas com letras capciosas, invade o dia a dia dos pequeninos que desde a mais tenra infância são forçados a beber este veneno. Ai de quem escandalizar a um só destes pequeninos. E perdem desde cedo a inocência, até porque a insânia de muitos pais não busca nem um pouco controlar esta situação. Com isso avança em todo mundo a pedofilia e o abuso de crianças, embora alguns freios que a polícia tenta impor.
E tudo o que se observa é o crescendo da maldade, com o recuo temeroso da verdade. De todos os lados teólogos, psicólogos e outros “antilogos”, difundem idéias cada vez mais liberais e cada vez mais tendentes a aliar-se ao demônio, como se não restasse saída. Já os pais não conseguem controlar os filhos porque as próprias leis das nações tendem a abrir cada vez mais rasgos na verdade, porque a pusilanimidade dos bons parece dobrar-se cada vez mais ao inevitável, e aqui o inevitável significa a ruína, o aniquilamento da raça humana. É aqui que entra o pecado da prática homossexual, que tem encontrado defesa até mesmo nas leis, usando do mentiroso artifício da “discriminação”.
De fato, jamais se poderá alegar discriminação contra atos e práticas pecaminosas, porque isso se refere apenas a problemas de raça, cor e deficiência de qualquer espécie. A discriminação somente pode ser evocada quando diminui alguém diante dos outros, isso quando a regra Universal diz: todos são iguais perante a lei! Usando então destes e outros artifícios mentirosos de linguagem, implanta-se aos poucos na terra a tirania do pecado, de tal forma a ser considerado fora da lei aquele que não peca.
Pior é que se calam as vozes que deveriam bradar contra tudo isso, especialmente na Igreja. Até acovardados, pois percebem que ser bom católico parece ser sinônimo de fora da lei. Os malignos acham que se pode bater impunemente no Papa, como se fosse um ser abjeto, repelente. Mas que disse Jesus: virá o dia em que aqueles que vos matarem, acharão com isso prestar culto a Deus (Jo 16, 4). E isso chegará não somente ao nível do insuportável, como haverá muitos mortos, apenas por serem católicos. Muitos se recolhem e retraem achando que com isso se livram de prestar contas a Deus.
Vejam o que disse o Papa Leão XIII, Encíclica Sapientiae Christianae, de 10 de janeiro de 1890: Neste enorme e geral delírio de opiniões que vai grassando, o cuidado de proteger a verdade e de extirpar o erro dos entendimentos é a missão da Igreja, e missão de todo o tempo e de todo o empenho, posto que à sua tutela foram confiadas a honra de Deus e a salvação dos homens. Mas quando a necessidade é tanta, já não são somente os prelados que hão de velar pela integridade da Fé, senão 'que cada um tem a obrigação de propalar a todos a sua Fé, já para instruir e animar os outros fiéis, já para reprimir a audácia dos que não o são' (São Tomás, S. Teol., II-II, q. 10, a. 2, q. ad 2).
Recuar diante do inimigo, ou calar-se quando de toda parte se ergue tanto alarido contra a verdade, é próprio de homem covarde ou de quem vacila no fundamento de sua crença. Qualquer destas coisas é vergonhosa em si; é injuriosa a Deus; é incompatível com a salvação tanto dos indivíduos, como da sociedade, e só é vantajosa aos inimigos da Fé, porque nada estimula tanto a audácia dos maus, como a pusilanimidade dos bons. Se este Papa vivesse hoje, e assistisse um minuto que fosse a um vídeo do Carnaval do Brasil, creio que ele desmaiaria de horror. Ainda mais se soubesse que há padres ali! Diria então que o inferno já chegou na terra!
E pergunto: Seria bom mesmo aquele que se cala diante deste assalto dos maus? Quando leio nas linhas das profecias que 2/3 da humanidade serão eliminados – e pelo próprio homem – sinto-me tocado a dizer que isso acontecerá menos pela maldade dos maus, que pela falta de ação – falo da falta de oração – dos que se dizem ser bons. Há no Apocalipse uma passagem onde Jesus diz: aos mornos cuspo fora de minha boca, porque antes fosses frio ou quente... Isso quer dizer que é bem mais nocivo aquele que diz “isso não é comigo”, do que aquele que tenta derrubar a verdade. Porque o segundo mostra a cara e range os dentes, no que se denuncia. O primeiro se esconde atrás da própria covardia, no que se torna abjeto para Deus.
E é devido a isso que, passo a passo – e já passos de gigante – que uma avalanche de mal tende a fazer sucumbir a humanidade. Nota-se em milhares de pessoas uma verdadeira obsessão pelo mal, pelo pecado, pela afronta direta a Deus. Neste sentido, a nossa amada Igreja Católica Romana, tem sido o alvo das iras dos artífices do mal, especialmente o Santo Padre, que tem enfrentado a ira dos celerados. Para eles existem ética, direitos e princípios quando se trata de suas degeneradas proposições, enquanto para a Igreja não há direito de defesa, eis que a tornam como responsável por todo o mal que avassala a humanidade. Até mesmo a culpam pela crise econômica! Que se deve a usura à ganância!
Claro que é este mais um sinal dos tempos. Numa resposta dada a uma pessoa através do nosso Movimento, Jesus deixa entrever que Deus permite isso a todos – bons e maus – e que tudo o que acontece ainda é pouco, a coisa ficará ainda pior. No fundo o próprio demônio sabe, e assim também as suas hostes, que quanto mais corda Deus dá aos maus, mais estes se enrolarão, e mais esplêndida será a vitória adiante. Eis o motivo pelo qual Deus continua paciente, e adiando soltar os freios do inferno para a última batalha. Quanto mais estrebucham os maus, mais o poder do amor dilui seus efeitos.
Entretanto, tenhamos certeza absoluta, isso não quer dizer que devemos cruzar os braços e calar diante do avanço dos sátiros do abismo, muito pelo contrário. É agora, no fragor de luta que nos é dada a chance ímpar de combater com tenacidade as fúrias inimigas, e isso não se faz com armas de ferro, nem cacetes de pau, mas com preces e cânticos de louvor, de esperança, de agradecimento, de vitória. Nada aterroriza mais os maus; nada enfurece mais o inimigo; nada acabrunha mais a ação dos pérfidos em geral, do que a prece de um justo. E isso é facilitado a todos: pequenos e grandes, homens e mulheres.
De fato, a oração confiante e amorosa é em síntese o pilar mais sólido da vida cristã. Sem o Dom da Piedade não existe outro dom que se mantenha, se ele se mantiver será usado para o bem do inimigo. Sem a oração os homens se desamarram de Deus, se soltam livres, e sem o escudo da divina presença tornam-se presas facílimas dos inimigos. Foi então exatamente por causa da falta das orações, daqueles que se acham verdadeiros cristãos que o mal avançou tanto. Isso porque nossa verdadeira luta é contra as hostes infernais, batalha de espíritos, luta de inteligências e vontades. Vencerá quem estiver ligado em Deus! Morrerá quem estiver longe Dele! E todos pagaremos parte, por termos feito pouco, amado pouco, rezado pouco!
Assim, nosso dever é intensificar sempre mais as orações, não somente pela queda das barreiras, mas pela santificação das almas e a remissão do Purgatório. Isso porque elas rezam conosco e assim somam forças, multiplicam os efeitos das graças, e formam um manancial vigoroso de efeitos benéficos, que no fim acabará por diluir e sustar todas as ações do mal. Que todos os que hoje sentem na alma o desejo de rezar um Terço diário, passem a pensar no Rosário diário, em mais de um se possível. Que todos os que se atiram a rezar sozinhos, passem a pensar na oração em grupo, especialmente em família, no mínimo os casais, juntos, para estarem com Jesus segundo a promessa, e somarem forças para a vitória.
Nesta semana, meditando sobre isso, senti em meu coração que milhares de pessoas – falo aqui dos mornos – até sabem que estas coisas virão. Entretanto, eles têm seus projetos pessoais, suas metas de vida e tolamente acham que não rezando, ficarão de fora dos efeitos do desastre que chega. Exatamente quando serão eles que perderão mais, porque se agarram ao passageiro, sem atentar para o infinito e fantástico que vem depois se passadas todas estas coisas. São exatamente estas pessoas que não querem saber de nada, não querem nem ouvir falar em sinais e berram quando ouvem a simples palavra: “Apocalipse!” Estas são capazes de bater em quem mencione a palavra “fim”.
São estes que preferem dar ouvidos aos escarnecedores do “fantástico” que insistem na velha e burra tese do “fim do planeta”, quando aqui jamais falamos nisso. Nós tratamos aqui do fim do reino dos pecadores e de sua tirania, pois é para ele que o Senhor tem o seu olhar fixado. Como está escrito em Amós 9, 8 Eis que os olhos do Senhor Javé estão fixos no reino pecador: eu o farei desaparecer da face da terra, mas não destruirei completamente a casa de Jacó - oráculo do Senhor. 9 Porque vou dar ordens; vou sacudir a casa de Israel entre todas as nações, como se sacode o grão na peneira sem que um só grão caia por terra. 10 Todos os pecadores do meu povo perecerão pela espada, embora digam: Não seremos atingidos, não virá sobre nós o mal.
Este texto contém um grave anuncio de destruição, porque nele o Senhor avisa que apenas não destruirá totalmente a casa de Jacó, o que, entretanto elimina todas as outras linhagens. Já falamos sobre este mistério e um olhar mais profundo nas Sagradas Escrituras tende a perceber este contínuo aviso de Deus. Na verdade Ele não destruirá nada, mas deixará que os desejos dos maus desabem sobre suas próprias cabeças. Se nem o inferno com todo seu poder e inteligência – e isso desde que foram criados os anjos – jamais conseguiu atingir a Deus, nem de leve, que papel ridículo faz o homem, nada mais que um saco de vento, que pode ser realmente de esterco quando cheio de pecados?
Quanto a nós, cabe apenas avisar e alertar, o que significa semear e rezar. Não nos compete converter! Temos obrigação como cristãos de alertar aos que trilham o mal, como este escrito em Ezequiel 33, 7 Filho do homem, eu te constituí sentinela na casa de Israel. Logo que escutares um oráculo meu, tu lhe transmitirás esse oráculo de minha parte. 8 Se eu disser ao pecador que ele deve morrer, e tu não o avisares para pô-lo de guarda contra seu proceder nefasto, ele perecerá por causa de seu pecado, mas a ti pedirei conta do seu sangue. 9 Todavia, se depois de receber tua advertência para mudar de proceder, nada fizer, ele perecerá devido a seu pecado, enquanto tu salvarás a tua vida.
Porque virá o dia, e este dia já chega que se cumprirá o escrito no Salmo 74, 3 No tempo que fixei, julgarei o justo juízo...5 Digo aos arrogantes: Não sejais insolentes; aos ímpios: Não levanteis vossa fronte, 6 não ergais contra o Altíssimo a vossa cabeça, deixai de falar a Deus com tanta insolência. 7 Não é do oriente, nem do ocidente, nem do deserto, nem das montanhas que vem a salvação. 8 Mas Deus é o juiz; a um ele abate, a outro exalta. 9 Há na mão do Senhor uma taça de vinho espumante e aromático. Dela dá de beber. E até as fezes hão de esgotá-la; hão de sorvê-la os ímpios todos da terra. 10 Eu, porém, exultarei para sempre, salmodiarei ao Deus de Jacó. 11 Abaterei todas as potências dos ímpios, enquanto o poder dos justos será exaltado.
Sim, se nalguma parte das Escrituras Deus reserva espaço para alertas e avisos aos maus, também ali se encontram em mesmo número os decretos da esperança para os bons, os que se mantiverem fiéis até o fim. Que os primeiros não levantem a voz para imputar a Deus de crueldade, porque Ele nada mais faz que respeitar a liberdade dos maus, para que se extingam a si mesmos. Deus, para eles, serve para ser acusado quando não permite que exercitem e executem seus diabólicos intentos. Deus não é Deus para eles, quando para ser amado, servido, obedecido e adorado.
Assim, a sentença que pesará sobre os maus, os rebeldes, os homicidas, os impuros, e todos os que amam a mentira, será executada por satã, o mestre que os cativou... e traiu.
Por Aarão
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