19.02.2009 - O governo da Argentina decidiu expulsar o bispo católico que negou a extensão do Holocausto. Richard Nelson Williamson deve deixar o país em dez dias.
A medida foi tomada pelo ministro do Interior, Florencio Randazzo, por meio da diretoria Nacional de Migrações, segundo o jornal argentino "Clarín".
A disposição que pede que o bispo deixe o país diz que suas declarações que puseram em dúvida que o povo judeu tenha sido vítima do Holocausto foram antissemitas. Em comunicado à imprensa, o Ministério do Interior disse que o bispo nascido na Inglaterra "tomou notoriedade pública após suas declarações antissemitas a um veículo de comunicação sueco, nas quais colocou em dúvida que o povo judeu tenha sido vítima do Holocausto".
"Manifestações como estas agridem profundamente a sociedade argentina, o povo judeu e a humanidade toda, pretendendo negar uma verdade histórica", diz o comunicado do governo.
Fonte: G1
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Lembrando...
Bispo que negou Holocausto perde direção de seminário argentino
09.02.2009 - Buenos Aires.- O polêmico bispo britânico Richard Williamson foi substituído do cargo de diretor de um seminário próximo a Buenos Aires devido à sua negação do Holocausto judeu, informou hoje Christian Bouchacourt, sacerdote superior do Distrito América do Sul da Fraternidade Sacerdotal São Pio X.
"As afirmações de monsenhor Williamson não refletem de modo nenhum a posição de nossa congregação", indicou a nota em alusão aos "comentários" do bispo, que considerou "inoportunos".
"É evidente que um bispo católico não pode falar com autoridade eclesiástica, mas sobre matérias concernentes à fé e à moral. Nossa Fraternidade não reivindica nenhuma autoridade sobre outras questões", sustentou o escrito.
O bispo britânico dirigia desde 2003 o seminário "Nossa Senhora Corredentora", que a Fraternidade Sacerdotal São Pio X possui na cidade da Grade, a cerca de 40 quilômetros de Buenos Aires.
Em declarações à revista alemã "Der Spiegel", Williamson afirmou que por enquanto, apesar do pedido do papa Bento XVI, não pensa em se retratar de sua negação do Holocausto, que causou alvoroço no mundo todo pois coincidiu com sua reabilitação e a de outros quatro religiosos lefebvrianos.
Fonte: UOL notícias
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Lembrando...
Bispo diz que não se retratará por negação do Holocausto
07.02.2009 - O bispo ultraconservador Richard Williamson disse que, por enquanto, apesar do pedido do papa Bento XVI, não pretende se retratar de sua negação ao Holocausto, que gerou polêmica no mundo todo, pois coincidiu com sua reabilitação e a de outros quatro bispos lefebvrianos.
Em declarações a serem publicadas pela revista alemã Der Spiegel em sua edição da próxima semana, Williamson diz que, antes de se retratar, tem que revisar as provas históricas. "Se encontrar provas, me corrigirei, mas isso levará tempo", disse Williamson.
Além disso, Williamson reiterou sua rejeição ao Concílio Vaticano II e disse que os textos que saíram do mesmo são ambíguos. "Isso é o que levou ao caos teológico que temos atualmente", disse Williamson.
O bispo também se mostrou crítico à ideia da validade universal dos direitos humanos. "Onde os direitos humanos são vistos como algo objetivo que o Estado tem que impor chega-se sempre a uma política anticristã", disse Williamson.
O papa Bento XVI revogou a excomunhão que pesava sobre Williamson e outros quatro bispos seguidores do cismático ultraconservador Marcel Lefebvre, poucos dias após ter negado o Holocausto, em uma entrevista à televisão sueca. Isso produziu grande polêmica e críticas no mundo todo à decisão do papa e à doutrina defendida pelos lefebvrianos.
Recentemente, o Vaticano exigiu aos lefebvrianos que aceitassem as doutrinas do Concílio Vaticano II, que tentaram abrir a Igreja Católica ao mundo moderno.
A negação do Holocausto é crime na Alemanha e a Procuradoria de Regensburg tem um sumário aberto contra Williamson.
Fonte: Terra notícias