Israel alerta para riscos de Irã armado nuclearmente


16.02.2009 - O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse durante encontro de chefes militares, nesta segunda-feira, que Israel consideraria um Irã com poder nuclear como uma "ameaça existencial" que aceleraria uma corrida armamentista na região.

O porta-voz militar de Israel divulgou os comentários de Barak após o diretor da agência da ONU para fiscalização nuclear dizer que o trabalho para o desarmamento nuclear mundial estava sendo dificultado pela percepção entre os árabes de que Israel não estaria respeitando o Tratado de Não-Proliferação Nuclear.

Barak disse em encontro fechado com chefes militares durante sessão estratégica que, se o Irã obter armas atômicas, se colocará como "uma ameaça central para a ordem mundial", disse o comunicado. Ele disse que isso "aceleraria dramaticamente a proliferação nuclear na região".

Acredita-se que Israel possua o único arsenal nuclear do Oriente Médio, mas o país nunca confirmou esses rumores ou a realização de testes com armas nucleares. Israel tem denunciado o programa nuclear iraniano como uma ameaça a sua existência e também citou comentários feitos pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, de que Israel deveria desaparecer do mapa.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, alertou Teerã para sanções mais duras se não interromper seu polêmico programa nuclear, mas em contraste com seu antecessor George W. Bush, disse na última semana acreditar na possibilidade de aberturas diplomáticas com o Irã. O Irã alega que seu programa nuclear tem fins pacíficos, para geração de eletricidade.

Escrevendo no jornal International Herald Tribune nesta segunda-feira, Mohamed ElBaradei, diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, ligada à ONU, se referiu à percepção árabe de Israel no contexto dos esforços do desarmamento nuclear global.

"O regime de não-proliferação nuclear perdeu sua legitimidade aos olhos da opinião pública árabe, devido à percepção de critérios ambíguos relativos a Israel". ElBaradei disse que Israel é "o único país da região fora do tratado e que possuía armas nucleares", se referindo ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear nunca assinado por Israel.

Fonte: Terra notícias

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Lembrando...

Israel já se prepara para um Irã armado com bombas nucleares

15.11.2007 - Israel prepara-se discretamente para a possibilidade de conviver com um Irã detentor de armas nucleares, apesar de suas promessas de impedir o arqui-rival de se transformar em uma "ameaça existencial", afirmaram nesta quinta-feira políticos e integrantes da área de defesa israelenses.

Segundo essas pessoas, o primeiro-ministro Ehud Olmert havia dado ordens aos membros do gabinete de governo para sugerirem propostas sobre como Israel, cuja estratégia de segurança depende em grande parte do fato de ser a única potência nuclear do Oriente Médio, enfrentaria a perda desse monopólio.

O Irã nega que procure desenvolver bombas nucleares, mas sua hostilidade declarada ao Estado judaico e as especulações sobre a possibilidade de Israel e os EUA realizarem ataques preventivos contra instalações atômicas iranianas alimentaram temores sobre a eclosão de uma guerra na região.

Olmert deu apoio aos esforços liderados pelos norte-americanos para coibir as ambições nucleares do Irã por meio de sanções aprovadas no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

E o premiê sugeriu que Israel, que bombardeou um reator nuclear do Iraque em 1981, poderia agir de forma semelhante em relação aos iranianos caso fracassem os esforços diplomáticos.

Mas duas autoridades importantes com acesso aos planos de defesa de Olmert afirmaram que um memorando secreto estava sendo preparado a respeito do "dia seguinte" àquele em que o Irã adquiriria ogivas nucleares.

"Há ramificações de longo prazo a serem consideradas, tais como de que forma preservar nosso poder de dissuasão e de resposta militar ou de que forma anular a tensão a ser gerada na sociedade israelense pelo temor em relação às bombas nucleares do Irã."

Um porta-voz do governo israelense não quis manifestar-se sobre o assunto.

Ami Ayalon, ministro do gabinete de segurança de Olmert, recusou-se a discutir questões confidenciais em uma entrevista concedida à Reuters, mas disse que Israel deve adotar uma postura tripartite em relação ao país islâmico.

"Em primeiro lugar, precisamos deixar claro que isso não representa uma ameaça apenas para Israel, mas para o mundo como um todo. Em segundo lugar, precisamos considerar exaustivamente todas as opções preventivas. E, em terceiro lugar, precisamos nos antecipar à possibilidade de essas opções não funcionarem", disse.

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, defendeu que Israel fosse "varrido do mapa". Mas muitos analistas prevêem que o dirigente não partirá para um confronto aberto. Eles dizem que, se o governo do Irã deseja uma bomba, faz isso para confrontar os EUA e as campanhas de "mudança de regime" feitas pelos norte-americanos.

Mesmo em Israel há especialistas argumentando que um Irã armado com bombas nucleares representaria um fator a ser sentido apenas indiretamente — na postura mais aberta de apoio a grupos armados como o Hezbollah, do Líbano, e o Hamas, palestino, ou em mais declarações belicosas cujo objetivo seria prejudicar a economia do Estado judaico assustando investidores e imigrantes.

Fonte: Terra notícias

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Lembrando...

A terceira Guerra Mundial já começou, diz ex-chefe do serviço secreto de Israel

27.01.2007 - A terceira Guerra Mundial já está em andamento entre os islamitas e o Ocidente, mas a maioria das pessoas não se deu conta, disse Efraim Halevy, ex-chefe do Mossad, o serviço secreto israelense, em entrevista publicada neste sábado em Portugal.

"Estamos em meio à III Guerra Mundial", disse Halevy à revista portuguesa Expresso.

"O mundo não entende isso. Uma pessoa que anda pelas ruas de Tel Aviv, Barcelona ou Buenos Aires não tem a sensação de que uma guerra está em curso", acrescentou Halevy, que dirigiu o Mossad de 1998 a 2003.

"Durante a primeira e a segunda Guerra Mundial, todo mundo sentia que havia uma guerra. Hoje ninguém é consciente disso. De vez em quando tem um ataque terrorista em Madri, Londres e Nova York e, depois, tudo continua como se nada tivesse acontecido", afirmou.

A violência dos islamitas, segundo ele, vem perturbando tanto as viagens como o comércio internacional, assim como aconteceu durante os dois conflitos mundiais anteriores.

Halevy, que cresceu em Londres em tempos de guerra, disse que seriam necessários pelo menos 25 anos para ganhar a batalha contra os islamitas, mas até lá é provável que eles realizem um ataque nuclear.

"Não tem que ser nada muito sofisticado. Não tem que ser a última tecnologia nuclear; pode ser algo sensível como uma bomba suja que, em vez de matar milhões de pessoas, mata apenas dezenas de milhares", continuou. Halevy ocupou seu cargo no Mossad durante os governos dos primeiros-ministros Yitzhak Shamir, Yitzhak Rabin e Shimon Peres.

Fonte: UOL notícias

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"Ouvireis falar de guerras e de rumores de guerra. Atenção: que isso não vos perturbe, porque é preciso que isso aconteça. Mas ainda não será o fim". (Mt 24,6)

"Quando os homens disserem: Paz e segurança!, então repentinamente lhes sobrevirá a destruição, como as dores à mulher grávida. E não escaparão". (1Ts 5,3)


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