Suicídios no exército dos EUA batem recorde em 2008


29.01.2009 - O exército dos EUA registrou em 2008 um recorde histórico de suicídios em suas fileiras, com um aumento de 11% em relação ao ano anterior, refletindo a sobrecarga das Forças Armadas com as guerras do Iraque e no Afeganistão, segundo cifras preliminares divulgadas na quinta-feira.

Pela primeira vez a taxa de suicídios entre militares superou a dos civis, levando a cúpula do exército a anunciar uma campanha de treinamento e prevenção para identificar soldados vulneráveis.

Mas as autoridades admitem que a tendência ocorre desde 2004, tanto na ativa quanto entre reservistas, apesar dos esforços em contrário. "Este é um desafio da maior importância para nós", disse o secretário do exército, Pete Geren, a jornalistas.

"Por que os números continuam subindo? Não sabemos dizer. Mas sabemos que em todo o exército estamos comprometidos a fazer de tudo o que pudermos para resolver o problema", disse.

Os dados mais recentes do exército apontam 128 suicídios confirmados entre soldados da ativa em 2008, 13 a mais do que o recorde anterior, de 2005. Outras 15 mortes são suspeitas de suicídios, o que poderia elevar o total a 143.

A taxa preliminar é, portanto, de 20,2 suicídios para cada 100 mil soldados. O último dado disponível para os civis de faixa etária e composição demográfica semelhantes, de 2005, é de 19,5 casos para cada 100 mil pessoas, segundo o Centro de Prevenção e Controle de Doenças.

Separadamente, o Corpo de Marines anunciou que os casos de suicídio em suas fileiras passaram de 33 em 2007 para 41 em 2008 (aumento de 28%). Isso significa uma taxa de 19 suicídios para cada 100 mil marines.

Os 128 suicídios confirmados no exército incluem seis reservistas mobilizados e 13 membros da Guarda Nacional.

O general Peter Chiarelli, subchefe do Estado-Maior do exército, vai comandar a nova campanha contra os suicídios, entre meados de fevereiro e meados de junho.

Além disso, o exército vai gastar US$ 50 milhões numa pesquisa sobre suicídios e comportamento suicida, em conjunto com o Instituto Nacional de Saúde Mental, um órgão federal.

Fonte: Terra notícias

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Lembrando...

Onda de suicídios em montadoras de carros preocupa a França

01.08.2007 - Uma onda de suícidios de funcionários do grupo PSA, que reúne as montadoras Peugeot-Citroën, ameaça colocar em xeque as condições de trabalho nas empresas privadas da França. O país acaba de eleger como presidente Nicolas Sarkozy, que tem fortes ligações com o setor empresarial.

Desde o começo do ano, seis funcionários da PSA, cinco deles da mesma unidade, a Mulhouse, em Haut-Rhin, suicidaram-se. O caso mais recente aconteceu em 16 de julho, quando um empregado enforcou-se nas dependências da fábrica. A investigação policial concluiu, segundo os jornais "Le Monde" e "Le Figaro", que tratou-se de um suicídio motivado por "questões pessoais".

No entanto, no primeiro caso registrado este ano e relacionado à PSA, o funcionário que se matou deixou uma carta denunciando a "pressão moral" a que era submetido no trabalho. Ele trabalhava numa unidade da PSA denominada Charleville-Mézières, em Ardennes.

Os outros casos de suicídio este ano ocorreram em abril (um, dentro da PSA em Mulhouse) e maio (três funcionários da Mulhouse, todos em suas respectivas casas).

A instalação de Mulhouse fabrica o Citroën C4 e os Peugeot 206 e 308, e tem cerca de 10,5 mil empregados. As idades dos suicidas estão na faixa dos 30 aos 60 anos. O último deles, o que morreu em 16 de julho, tinha 55 anos, 29 deles como empregado da PSA.

Reações
A PSA reagiu aos casos de suicídios de funcionários pela voz de seu diretor-presidente, Christian Streiff, quando ele apresentou os resultados do grupo, na semana passada.

"A mídia e várias partes ouvidas pela imprensa, como sindicatos, médicos e psicólogos, quiseram estabelecer uma ligação estreita entre trabalho e suicídio. Mas o primeiro não é isoladamente a causa do segundo", disse Streiff.

Internamente, a PSA decidiu enfrentar a situação determinando que seus gerentes alertem a direção sobre quaisquer sinais suspeitos vindos de empregados. A imprensa francesa chegou a divulgar que o grupo temia que o suicídio de alguns "contagiasse" os demais empregados.

O conservador Le Figaro ouviu um psiquiatra, Didier Cremniter, do serviço de urgência de Paris, que afirmou: "As epidemias de suicídios existem, de fato, e a aparição desse tipo de conduta gera o risco de arrastar outros a comportamentos extremos". Para ele, indivíduos mais frágeis e que se sintam "desprotegidos" no local de trabalho podem ser levados ao sucídio.

O sindicalismo francês, comandado pela CGT (associada à esquerda), culpa as condições de trabalho, a redução do número de empregos e também a implantação de metas e métodos de gestão empresarial que podem causar uma pressão maior sobre os empregados.

De sua parte, o governo da França manifestou "preocupação" com a série de suicídios na indústria automobilística, por meio de seu ministro do Trabalho, Xavier Bertrand.

Durante a campanha eleitoral, na qual derrotou a socialista Ségolène Royal, o presidente Sarkozy prometeu não tocar na semana de trabalho de 35 horas, mas afirmou que as leis deveriam ser flexibilizadas para que quem desejasse trabalhar mais, para aumentar seus ganhos, pudesse fazê-lo. O próprio Sarkozy disse que, na prática, isso já acontecia no país - certamente referindo-se ao setor privado.

Números altos
Não se pode perder de vista, no entanto, que o suicídio não é exatamente uma raridade na França - muito ao contrário: ele é a principal causa não natural de mortes no país entre as pessoas na faixa de 25 a 34 anos, superando os homicídios e mesmo os acidentes de trânsito.

As autoridades de saúde estimam que, anualmente, há 155 mil tentativas de suicídio no país. Cerca de 11 mil delas resultam em morte.

Fonte: UOL notícias

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Lembrando...

Japão supera 30 mil suicídios pelo nono ano consecutivo

07.06.2007 - O Japão superou em 2006 a marca de 30 mil suicídios, pelo nono ano consecutivo, com um aumento dos casos de adolescentes e uma redução das causas econômicas ou trabalhistas, informou hoje a Agência Nacional de Polícia (NPA).

No total, 32.155 pessoas se mataram no ano passado no Japão, o país industrializado com o maior número de mortes voluntárias por ano segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O número é 1,2% inferior ao de 2005 graças, em parte, à redução no número de casos por motivos econômicos, que baixou 10%, até 6.969. A recuperação econômica japonesa explica a tendência, segundo a agência "Kyodo".

No entanto, a incidência dos suicídios entre os estudantes aumentou 2,9% em 2006, com 25 casos a mais, totalizando 886 mortes.

É o pior número desde 1978, quando foi feito o primeiro relatório.

Os dados mostram que por trás de muitos casos de suicídios de adolescentes existem situações de assédio escolar.

No entanto, uma saúde deficiente é a principal motivação em mais da metade dos suicídios japoneses. Em seguida vêm os problemas econômicos, de família e profissionais.

O perfil do suicida médio no Japão é um homem de cerca de 60 anos, em 34,6% dos casos, com problemas de saúde e que costuma deixar uma nota explicando as razões da sua decisão.

Segundo a NPA, 70% dos suicidas são homens e 32,5% deles optam por escrever uma nota de despedida antes de morrer.

O maior número de suicídio acontece entre os desempregados, seguidos pelos assalariados, e em terceiro lugar pelos autônomos.

O Governo japonês anunciou em 27 abril uma estratégia nacional para reduzir em 20% a taxa anual de suicídios até 2016, evitando 5 mil mortes por ano.

Uma proposta de lei apresentada por um grupo de trabalho do Parlamento foi aprovada, criando medidas preventivas como as aplicadas no Reino Unido e Finlândia, segundo a "Kyodo".

Fonte: Terra notícias

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Nota do Portal Anjo, www.portalanjo.com

Nos Dez Mandamentos, encontramos um que diz: “Não matarás” (Ex 20,13). É certo que a expressão negativa enfática de não matar se refere às mais variadas formas que levam à morte. Dentre elas, lembramos do assassinato, da eutanásia e do aborto. O suicídio também é considerado como a quebra desse mandamento, tendo em vista que significa autodestruição, ou negação da própria vida. O termo se origina do latim sui, que quer dizer a si mesmo, e caedere que significa cortar, matar.

 

 


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