14.01.2009 - O cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone, afirmou que o homem moderno "não distingue o verdadeiro do falso e o bem do mal", e que perdeu o sentido do pecado, o que, em sua opinião, "se traduz em um aumento do complexo de culpa".
Bertone expressou suas opiniões em um texto lido hoje em um simpósio realizado no Vaticano sobre a Penitenciária Apostólica e o Sacramento da Penitência, que ele deveria presidir, mas não pôde porque está na Cidade do México assistindo ao VI Encontro Mundial das Famílias.
O "número dois" do Vaticano assinalou que é preciso se aprofundar urgentemente no valor do sacramento da Penitência "para formar as consciências no sentido do pecado, que hoje parece ter desaparecido".
"Atraído cada vez mais por um mundo virtual, o homem contemporâneo não consegue distinguir o verdadeiro do falso, o bem do mal, e isso leva a um relativismo cultural e ético e à banalização dos comportamentos da vida", escreveu o cardeal, que ressaltou que, diante dessa "ausência" do sentido do pecado, se registra cada vez mais "um aumento da ideia de culpa".
Bertone ressaltou que formar as consciências no sentido do pecado significa "ajudar a não cair na opressão do sentido de culpa e saber que o amor infinito de Deus pode devolver a paz aos corações mais angustiados".
Fonte: Terra notícias
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Lembrando...
Cardeal Meisner: estamos perdendo a consciência do pecado e da culpa
13.02.2008 - Alemanha - O Arcebispo de Colônia, Cardeal Joachim Meisner, denunciou perante outros membros da Conferência Episcopal Alemã, que se está perdendo a consciência do pecado e da culpa e "vivemos na mentira de nos achar inocentes".
"Pecado e culpa hoje só aparecem no dicionário como termos de outra época", explicou o Arcebispo ao presidir uma Eucaristia com ocasião da assembléia episcopal e lamentou que "os confessionários, os lugares do perdão estão quase vazios".
"Onde não existe pecado nem culpa, não há necessidade de um Reconciliador. Por isso Jesus Cristo já não é solicitado como Reconciliador do mundo. A pessoa só se interessa por Jesus como reformador da sociedade. Por isso a Igreja só tem oportunidade de ser um instituto do progresso social", indicou.
Do mesmo modo, chamou os alemães a aproximar-se do sacramento da reconciliação e explicou que "confessar-se significa aproximar-se um pouco mais ao amor de Deus, é começar a acreditar que Deus nos ama, e descobrir deste modo que até esse momento não acreditamos com o ardor suficiente, e por isso temos que pedir perdão, por não ter acreditado em um amor que vai além de qualquer pecado."
Também fez um paralelo do homem atual com o filho pródigo, e recalcou que "já não queremos ser filhos ou filhas no Filho".
O filho pródigo "abandona a casa do Pai porque deixou de acreditar. Quando decide voltar, tem o coração morto ainda. Acredita que já não é amado, acredita que já não é filho. Mas o Pai o espera há muito tempo. Há muito tempo não faz mais do que alegrar-se ao pensar que o filho poderia retornar. Ele experimenta um amor tão grande que se vê novamente como filho, volta novamente para a vida", explicou.
Finalmente, afirmou que "quem perdoa pouco, ama pouco", e recordou a necessidade de compartilhar a alegria do perdão de Deus com os irmãos, e aprender a acolher em nós mesmos o perdão de Deus e nos enxergar com os olhos do Pai.
Fonte; ACI
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"Se teu olho te leva ao pecado, arranca-o e lança-o longe de ti: é melhor para ti entrares na vida cego de um olho que seres jogado com teus dois olhos no fogo da geena". (Mt 18,9)
"Porque o salário do pecado é a morte, enquanto o dom de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor". (Rm 6,23)
"Aproximai-vos de Deus, e ele se aproximará de vós. Lavai as mãos, pecadores, e purificai os vossos corações, ó homens de dupla atitude". (Tg 4,8)
"E, se o justo se salva com dificuldade, que será do ímpio e do pecador?" (1Pd 4,18)