Localizador por satélite específico para crianças será mostrado na CES 2009


07.01.2009 - A empresa britânica Lok8u desenvolveu um localizador por satélite específico para crianças, que irá apresentar na Consumer Electronics Show (CES) que começa nesta quinta-feira, em Las Vegas.

Em formato de relógio, o Nu.M8 fica preso ao pulso da criança e não pode ser removido ou desativado sem o conhecimento dos pais, que acompanham tudo pelo computador ou celular.

O dispositivo GPS também permite estabelecer uma espécie de "cerca virtual", delimitando uma zona de segurança, segundo o fabricante. O sistema mostra um alerta imediato se a criança ultrapassa os limites determinados.

O aparelho será vendido no Reino Unido a partir de março, segundo o jornal britânico Telegraph, por cerca de 150 libras (pouco menos de R$ 500). A Lok8u divulgou que a assinatura mensal do serviço custará a partir de cinco libras (R$ 17).

Redação Terra

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Lembrando...

Sinal dos Tempos: Pessoas são rastreadas pelo celular para pesquisa

05.06.2008 - A localização de mais de 100 mil usuários de celulares foi rastreada em uma tentativa de construir um amplo quadro dos movimentos humanos, em um estudo da Northeastern University de Boston, publicado na revista especializada Nature.

O estudo concluiu que os humanos são criaturas de hábito, que basicamente visitam poucos lugares várias vezes e geralmente se movem por menos de 10 km.

O resultado pode ser usado para evitar epidemias de doenças ou para prever o trânsito, afirmam os autores do projeto.

"Seria maravilhoso se todos os usuários de celulares liberassem para as universidades o acesso aos seus dados, porque eles são muito ricos" disse uma das autoras do estudo, Marta Gonzalez, da Northeastern University, de Boston.

William Webb, chefe do setor de pesquisas e desenvolvimento do órgão britânico regulador de telecomunicações Ofcom, concorda que os dados fornecidos pelo uso de telefones celulares ainda são pouco explorados.

"Esta é a penas a ponta do iceberg", disse ele à BBC.

Método
Anteriormente, pesquisadores tentaram mapear atividades humanas usando GPS ou vigilâncias, mas os métodos são caros.

Outro método inovador rastreou o movimento de notas de dólar em uma tentativa de reconstruir movimentos humanos, mas segundo Gonzalez, o método não fornece um quadro amplo dos movimentos humanos porque "as notas passam de uma pessoa para a outra, então, não é possível medir o comportamento individual".

O estudo publicado na Nature escolheu aleatoriamente 100 mil usuários anônimos entre mais de 6 milhões. Cada vez que um dos participantes enviava ou recebia uma ligação, ou mensagem de texto, a locação da estação de base que transmitia os dados era registrada.

As informações foram coletadas por seis meses, mas segundos os pesquisadores, os padrões de movimento podiam ser identificados na metade do tempo.

Comportamento modelo
"A vasta maioria das pessoas se move em torno a uma distância muito curta - cerca de cinco a 10 km", explicou o professor Albert-Laszlo Barabasi, outro membro da equipe. "E há também os poucos que se movem por centenas de quilômetros de maneira regular."

Barabasi disse que ficou surpreso ao constatar que o padrão dos movimentos das pessoas, por distâncias curtas e longas, eram muito parecidos: as pessoas tendem a voltar para os mesmos lugares repetidamente.

"Por que esta é uma boa notícia?", ele perguntou. "Se fosse construir um modelo sobre como as pessoas se movem em sociedade e os movimentos não fossem semelhantes, seriam necessários seis bilhões de modelos diferentes - cada pessoa necessitaria de uma descrição diferente."

Agora os modelos têm uma regra básica a seguir, disse ele.

O rastreamento de pessoas usando tecnologia de telefone celular não é novidade e cada vez mais há acessórios comerciais, como serviços para rastrear crianças, ou amigos que recebem um alerta quando há outro amigo em uma região próxima.

Especialistas prevêem que vários outros serviços serão criados nos próximos anos, usando a tecnologia.

Fonte: Terra notícias

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Lembrando...

Debate sobre fim da privacidade ressurge no Reino Unido, o 'Estado Big Brother'

07.02.2008 - LONDRES - Uma polêmica deflagrada na Grã-Bretanha após a revelação, esta semana, da escuta em um deputado no momento em que se encontrava na prisão com um suspeito de terrorismo, relançou o debate sobre os rumos de um Estado sob vigilância no estilo "Big Brother".

Desde os atentados do 11 de Setembro, nos Estados Unidos, a multiplicação das medidas de segurança alimentou as preocupações sobre o volume de informações coletadas pelas autoridades e sua capacidade de protegê-las.

A revelação, no início da semana, de uma escuta no deputado trabalhista Sadiq Khan por parte da polícia antiterrorista, quando ele visitava Babar Ahmad na prisão, suspeito de terrorismo e alvo de um pedido de extradição dos EUA, reavivou o debate.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, prometeu uma rápida investigação, destacando, contudo, que a vigilância é "necessária para defender nossa segurança, manter nossa liberdade e, em alguns casos, salvar vidas".

Pôr uma escuta nos parlamentares não é formalmente ilegal, mas as autoridades se abstêm de fazê-lo, por tradição, desde 1966, de acordo com a "doutrina Wilson", ditada pelo ex-premier Harold Wilson.

Na quarta-feira, Nick Clegg, chefe do Partido Liberal, segundo partido da oposição, acusou Gordon Brown de fazer dos britânicos "a população mais espionada do planeta". O primeiro-ministro rebateu, afirmando que as pessoas estavam mais "tranqüilas" com a presença de câmeras de circuito interno de TV (CCTV).

Hoje, a Grã-Bretanha é vigiada 24 horas por 4,2 milhões de CCTVs, ou seja, uma câmera a cada 14 habitantes, a proporção mais alta do planeta. Algumas têm até alto-falante para chamar a atenção de quem estiver fazendo o que não devia.

"Trabalhamos para proteger as liberdades dos cidadãos", disse Brown aos deputados, anunciando um estudo sobre "a eventual possibilidade" de usar como prova em processos as informações coletadas pela interceptação das comunicações, como e-mail e telefone.

"Autorizar os grampos telefônicos como prova é lógico e preferível a medidas antiterroristas, como o período excessivo de detenção sem acusações, que dá uma vitória de propaganda aos extremistas", alegou a Liberty, organização de defesa das liberdades civis.

Além disso, em julho passado, Brown já havia anunciado a generalização de vistos e passaportes biométricos em 2008 e o registro eletrônico de cada passageiro que entra e que sai do território.

Os projetos do governo também dizem respeito, diretamente, aos britânicos: cada habitante deverá ter, pela primeira vez, uma carteira de identidade biométrica, em 2009, e as autoridades pretendem ampliar seus arquivos de DNA.

Este arquivo já é, hoje, o mais expressivo do mundo, com o DNA de 5,2% da população, cerca de 4 milhões de pessoas, compilado. Desde 2004, o perfil do DNA de qualquer pessoa presa na Inglaterra e no País de Gales (salvo infrações menores), declarado culpado, ou não, é conservado.

A perda recente de uma série de dados sensíveis de milhões de britânicos, utilizados pela Receita, polícia e Exército, e seu possível vazamento estão longe, porém, de tranqüilizar a população, cada vez mais vigiada.

Fonte: Terra notícias


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