África Cólera mata mil e afeta 20 mil no Zimbábue


19.12.2008 - O número de mortes da epidemia de cólera no Zimbábue cresceu para 1.123 e 20.896 pessoas foram infectadas por essa doença de fácil prevenção, informou a Organização das Nações Unidas na sexta-feira, segundo a agência Reuters.

O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês) disse em comunicado que os novos dados referiam-se até o dia 18 de dezembro. Na véspera, o órgão havia informado 1.111 mortes e 20.581 casos da doença.
De acordo com a agência EFE, a taxa de mortalidade chega a 5,4%, o que mostra que a epidemia ainda está longe de ser controlada, segundo os especialistas de saúde da organização. A epidemia, qualificada de "devastadora" pela ONU, afeta nove das dez províncias do Zimbábue.

Um novo foco infeccioso acaba de ser descoberto na região de Chegutu, onde foram registradas 121 vítimas fatais e 383 casos suspeitos, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), que coordena a resposta internacional nesta situação de emergência.

Na região de Harare, ocorreu o maior número de casos (8.454 infectados e 208 mortos), seguida por Beitbridge - fronteiriça com a África do Sul - com 3.456 casos e 91 mortos.

Nestas circunstâncias, a Ocha advertiu que também há 859 casos suspeitos de cólera na África do Sul, com 11 mortos e uma taxa de mortalidade que, por enquanto, está em 1,2%. Também foi indicado um "pequeno número de casos" em Botsuana, Moçambique e Zâmbia, acrescentou, sem oferecer números precisos.

A rápida propagação desta epidemia no Zimbábue teve origem na falta de água potável e serviços sanitários, na falta de infra-estrutura de saúde adequada, assim como na carência de pessoal médico, particularmente enfermeiras.

Com agências internacionais - Terra notícias

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Lembrando...

Cólera é um ataque bacteriológico britânico, diz ministro do Zimbábue

13.12.2008 - O ministro da Informação zimbabuano, Sikhanyiso Ndlovu, acusou o Governo britânico de utilizar deliberadamente o cólera como uma arma de "guerra bacteriológica" para justificar uma invasão militar no Zimbábue, informou hoje o jornal governamental "The Herald".

Pelo menos 792 pessoas morreram e 16.700 foram atingidas pelo surto de cólera, detectado no Zimbábue no início deste ano e que se intensificou em agosto, segundo números recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Ndlovu, que qualificou a epidemia como uma "arma de guerra biológica e química muito séria", afirmou que o Reino Unido pretendia "exterminar o povo do Zimbábue" e "derrubar o presidente Robert Mugabe".

"O cólera é um ataque racista calculado sobre o Zimbábue pela potência colonizadora, que conseguiu o apoio de seus aliados americanos e ocidentais para invadir nosso país", disse o ministro.

Segundo os organismos de ajuda humanitária, a causa da epidemia é a falta de investimento e manutenção por parte do Governo tanto da rede de águas e esgoto, quanto das estruturas de saúde do Zimbábue, em péssima situação há anos.

No entanto, o Executivo de Harare afirma que as sanções impostas pelo Ocidente sobre Mugabe são as que impediram que o Governo recuperasse as infra-estruturas danificadas e importasse produtos químicos para tratar a água.

Na quinta-feira passada, Mugabe anunciou, em declarações televisionadas, que a epidemia de cólera tinha sido controlada e reiterou suas denúncias sobre os Estados Unidos e o Reino Unido, aos quais acusa de querer invadir o Zimbábue com a desculpa de controlar a doença.

Na sexta-feira, o embaixador americano no Zimbábue, James McGee, acusou o regime de Mugabe de "abdicar a sua responsabilidade básica de proteger o povo zimbabuano", no momento em que o país enfrenta uma crise humanitária de enormes proporções.

Além disso, McGee desafiou os líderes do Zimbábue a "deixar de lado sua avareza pessoal e destinar um quarto do que os EUA e outros doadores destinarão este ano às necessidades humanitárias do Zimbábue".

Além disso, os vizinhos África do Sul e Moçambique, para onde a maioria dos zimbabuanos emigra em busca de melhores condições de vida, declararam o estado de emergência nas regiões fronteiriças.

Fonte: Terra notícias

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"Haverá grandes terremotos por várias partes, fomes e pestes, e aparecerão fenômenos espantosos no céu". (Lc 21,11)

 


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