15.12.2008 - O mundo ficou mais violento em 2008 e o número de guerras e conflitos aumentou, segundo o relatório anual do Instituto para Estudos Internacionais sobre Conflitos de Heidelberg (Alemanha).
"O mundo se tornou menos pacífico. Voltamos à situação de quatro ou cinco anos atrás", disse Lotta Mayer, editora do Konfliktbarometer (barômetro de conflitos), como é chamado o relatório, durante a apresentação do mesmo.
O Konfliktbarometer registra nove guerras travadas em diferentes lugares do mundo em 2008, três a mais que em 2007.
Em 2008, a guerra voltou à Europa com o conflito entre Geórgia e Rússia.
Além disso, são classificados como guerras a ofensiva do Exército turco contra o Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK), a luta contra o talibã, o conflito com os islâmicos no Paquistão, os combates contra grupos separatistas no Sri Lanka, e os conflitos do Iraque, Chade, Somália e Darfur.
Enquanto a guerra entre Geórgia e Rússia foi curta, quatro das registradas são travadas durante um longo período, como é o caso das lutas contra o talibã no Afeganistão ou o conflito de Darfur.
Apesar de Mayer ter a esperança de que, com a chegada à Presidência dos Estados Unidos de Barack Obama, se recorra mais à diplomacia na resolução de conflitos, também advertiu de que a estratégia seguida por seu antecessor, George Bush, na luta contra o terrorismo marcará durante muito tempo a política americana.
Com relação à América Latina, o conflito colombiano -entre o Governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN)- não é qualificado como guerra, e sim como "crise severa de alta intensidade".
Outro conflito que afeta a região é, segundo o relatório, o vivido pelo México na luta contra os cartéis do narcotráfico.
O confronto entre israelenses e palestinos não é classificado como guerra, mas como crise de alta intensidade.
Fonte: Terra notícias
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Lembrando...
Violência: homicídio entre jovens cresce 36% em 10 anos
29.01.2008 - O Mapa da violência dos municípios brasileiros 2008, compilado pelo Instituto Sangari, Ministério da Justiça e Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (RITLA) aponta que a taxa de homicídio entre jovens cresceu 36% em dez anos no País. As informações são do JB Online.
Para o sociólogo Eduardo Cerqueira Batitucci - organizador do livro Homicídios no Brasil, o dado é plausível. "Entre 14 a 20 anos de idade, algumas etnias, como jovens negros, são as mais vitimizadas".
Com base em indicadores de mortalidade do Ministério da Saúde, estimativas intercensitárias do Datasus e recontagem de população do IBGE, o mapa detalha a distribuição de 556 municípios com as maiores taxas de homicídio. Estes, apesar de representarem apenas 10% das cidades brasileiras, concentram 44,1% da população e 73,3% dos homicídios ao longo de 2006.
O mapa aponta que homicídios matam mais do que epidemias e que eles espalharam-se das grandes metrópoles e passaram para cidades interioranas. Ao analisar a evolução das taxas de óbitos nos 5.564 municípios do Brasil, ocorridos entre 2004 e 2006, o documento estuda a mortalidade causada por homicídios, com foco especial nos homicídios juvenis, por acidentes de transporte e pelas armas de fogo.
Quanto ao fato de que os homicídios estão espalhando-se das grandes metrópoles para as cidades do interior dos Estados, Batitucci diz que varia de acordo com cada região. "Em Minas, por exemplo, são típicos homicídios em grandes cidades. O mesmo não vale para o Rio de Janeiro, pois há muitos assassinatos na Baixada. Já as áreas violentas de Mato Grosso, de Goiás ou de Roraima não estão vinculadas a grandes cidades, mas sim às rurais".
Políticas de desarmamento, assim como a regulamentação legal para compra de armas de fogo, porte ou utilização são tidas, no relatório, como medidas que ajudaram a reduzir o números de homicídios. Antes de fórmulas mágicas de políticas de segurança, no entanto, Batitucci acredita que é preciso levar em conta particularidades de cada região.
Redação Terra
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"Juram falso, assassinam, roubam, cometem adultério, usam de violência e acumulam homicídio sobre homicídio". (Os 4,2)