12.12.2008 - O presidente do Conselho Regional da Toscana, Riccardo Nencini, pediu que os centros médicos da região que dirige se ofereçam para desligar Eluana Englaro, a jovem italiana em estado vegetativo há 17 anos à qual a Corte Suprema da Itália autorizou que seja submetida à eutanásia.
"Que seja Toscana que ofereça a Eluana Englaro, se assim for necessário, esse digno acompanhamento no final de sua vida, que pode ser lido na sentença do Supremo", afirma Nencini em comunicado de imprensa divulgado hoje.
"A Toscana construiu antes que outros países os valores que estão nos fundamentos dos direitos do homem, do respeito de sua dignidade e identidade".
O presidente da região italiana pede que seja diferenciado entre a ética e o direito que, segundo ele, Eluana tem de morrer, algo pelo que lutou seu pai, Giuseppe Englaro, até conseguir que, em 13 de novembro, o Supremo autorizasse a retirar a sonda que mantém a jovem viva.
"Eu tenho grande respeito por quem pensa com fé e amor em um pai celestial em nome do qual toda forma de vida, inclusive a vegetativa, é defendida, mas existe também o respeito pelo pai terreno, em cujo lugar ninguém gostaria de estar, que quer acompanhar Eluana até o final de sua vida", diz Nencini.
"É em nome deste pai que devemos oferecer uma oportunidade.
Toscana não pode ficar de lado, em nome do patrimônio dos valores sobre os quais fundou sua identidade histórica", acrescenta.
O jornal italiano "Corriere della Sera" publicou nesta quarta-feira que Giuseppe Englaro ainda procura uma clínica particular ou pública que desligue a sonda que mantém viva a filha, como tinha pedido à Justiça em uma batalha que durou mais de dez anos.
Segundo o jornal, Roberto Formigoni, o presidente da região da Lombardia, "proibiu" os centros médicos de acolherem Eluana, de 38 anos, que ainda permanece na clínica Talamoni em Lecco, perto de Milão.
Fonte: Terra notícias
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Lembrando...
Papa diz que eutanásia é sintoma de avanço da cultura de morte
17.11.2007 - O Papa Bento XVI afirmou hoje estar preocupado com a freqüente tentação da eutanásia, que considerou "um dos sintomas mais alarmantes da cultura da morte que avança principalmente na sociedade do bem-estar".
O Pontífice fez essas declarações ao receber os participantes da 22ª Conferência Internacional organizada pelo Vaticano, com o tema "A Pastoral no Cuidado dos Doentes Idosos".
Em seu discurso, Bento XVI pediu aos cientistas, pesquisadores, médicos, políticos e administradores que evitem o avanço da tentação da eutanásia.
"Precisa-se de um empenho geral para que a vida humana seja respeitada, não só nos hospitais católicos, mas em todos os (outros) lugares de saúde", disse o Papa.
O Pontífice disse que o Papa João Paulo II sempre estimulou os cientistas e médicos "a se empenharem na pesquisa para prevenir e curar as doenças da velhice".
"Especialmente durante sua doença, (o Papa João Paulo II) ofereceu um testemunho exemplar de fé e coragem", afirmou Bento XVI.
"Peço (a vocês) que não caiam na tentação de recorrer a práticas para abreviar a vida idosa e doente, que resultariam em formas da eutanásia", acrescentou.
"A vida humana é, em todas as suas fases, digna do máximo respeito, mais ainda durante a velhice e a doença", afirmou o Papa.
Bento XVI também fez críticas à "atual mentalidade do ''eficientismo'', (que) tende a marginar as pessoas que sofrem, como se estas fossem um peso e um problema para a sociedade".
Segundo o Papa, as pessoas que "têm o sentido da dignidade humana" sabem que os idosos e doentes devem ser respeitados e tratados enquanto passam por dificuldades de saúde.
"É justo recorrer ao uso de tratamentos paliativos, que, mesmo que não possam curar, são capazes de aliviar as dores da doença", afirmou Bento XVI.
Além dos indispensáveis tratamentos clínicos, o Papa disse que "é necessário mostrar amor ao doente, porque precisam de compreensão, conforto e constante apoio e companhia".
O Papa pediu aos religiosos que peçam às famílias que cuidem de seus idosos e criticou o abandono destes e dos doentes.
"É oportuno, enquanto for possível, que as famílias sejam (as responsáveis) por seus idosos com reconhecido afeto, e que, desse modo, possam passar a última fase de sua vida em casa e se preparar para morrer num clima de calor familiar", afirmou o Pontífice.
"É importante que não falte o vínculo do paciente com seus familiares" em caso de internação, disse o Papa.
Bento XVI pediu que ajudem o doente a "encontrar a força para enfrentar seus últimos dias" com oração e sacramentos.
Fonte: Terra notícias
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Diz na Sagrada Escritura:
"Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos". (Mt 19,17)
"Conheces os mandamentos: não mates; não cometas adultério; não furtes; não digas falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe". (Mc 10,19)