09.12.2008 - Na missa da Solenidade da Imaculada Conceição, ontem, na Sé Patriarcal, Dom José Policarpo convidou os católicos a contemplarem dois momentos da graça em Maria.
O cardeal patriarca de Lisboa explicou em sua homilia que graça significa «o amor benevolente de Deus e a Sua força criadora».
Na graça há sempre dois momentos, afirmou: «a ação do amor misericordioso de Deus e a resposta de amor por parte da criatura».
«Poder responder ao amor é o sinal claro que deixamos que Deus nos mudasse o coração», destacou o cardeal, que chamou os fiéis a contemplarem estes dois momentos da graça «em Maria, a cheia de graça».
«A Conceição Imaculada de Maria como depois a Encarnação do Verbo eterno de Deus no seu seio, são o clímax, o ponto de chegada máximo do amor redentor de Deus.»
«Nela o amor misericordioso de Deus pela humanidade pecadora atingiu o efeito máximo da sua força recriadora», explica Dom José Policarpo.
O cardeal enfatiza que Maria «é membro de uma humanidade pecadora; ela é a expressão máxima do fruto da misericórdia».
Mas a graça resplandece, também, na resposta da pessoa amada. «E o poder responder é o primeiro fruto da graça», afirma o patriarca.
«Em Maria, a graça resplandece, antes de mais, na sua obediência de fé, no deixar com que o amor com que é amada resuma a sua vida e trace o seu destino.»
Segundo Dom José, «a rebeldia da vontade é sempre, em todos nós, o maior combate da graça no caminho da santidade».
«Sentir-se amado por Deus e não obedecer ao amor, não deixar que ele comprometa a nossa vida, eis o contra-senso que tolda a nossa fé e o nosso caminho de fidelidade.»
«O esplendor da graça brilha em Maria sobretudo na radicalidade com que assume uma missão misteriosa, decidida por Deus, mas a ser vivida por ela», destaca.
«Toda a salvação passa a ser, também, o fruto bendito do seu ventre. A mulher volta a ser o tesouro da humanidade, porque volta a ser a matriz da vida.»
«Podemos confiar-lhe a nossa vida como um filho se abandona ao colo da Mãe. Podemos proclamá-la a mais bela das criaturas, dizendo-lhe com ternura e encanto: “Tu és bendita entre todas as mulheres”», afirmou o cardeal.
Fonte: www.zenit.org