27.11.2008 - A agência vaticana Fides difundiu uma entrevista concedida pelo Arcebispo de Nagasaki, Dom Joseph Takami, quem assegura que a beatificação de 188 mártires japoneses “é um acontecimento de graça, é o tesouro escondido, é uma ocasião para redescobrir e testemunhar a fé”.

Dom Takami, presidente do Comitê executivo para a beatificação celebrada em 24 de novembro, revelou que a paróquia se preparou para a cerimônia “estudando a fundo as vistas dos mártires, tratando de assimilar sua fé e a prática de sua vida”.
“A beatificação oferece à Igreja no Japão a oportunidade de encontrar o tesouro escondido na história do cristianismo em terra nipônica. Pietro Kibe e seus 187 companheiros nos deixam aos cristãos e aos não cristãos uma mensagem rica em conteúdos como este: perseverar na fé em Deus que é a única capaz de salvar à humanidade; manter sempre a liberdade de religião, que é um dos direitos humanos fundamentais; ter uma atitude não-violenta ante os perseguidores, necessária para conseguir a paz”, adicionou.
Do mesmo modo, expressou sua esperança de que a beatificação “possa ser uma ocasião para redescobrir a importância da fé e dar um testemunho do amor de Deus, manifestado por Jesus Cristo e seus mártires”.

Segundo o Arcebispo houve um grande interesse por parte da imprensa japonesa e as autoridades civis para o acontecimento.
“Toda a população mostrou uma viva atenção, como se viu na afluência na amostra sobre os mártires preparada em duas igrejas de Nagasaki, com ocasião da Beatificação. Também entidades civis como a Prefeitura de Nagasaki e o Museu de História e Cultura da cidade quiseram dedicar uma exposição de obras de arte ao acontecimento, pedindo em empréstimo, entre outras coisas, algumas obras dos Museus Vaticanos”, indicou.
O Arcebispo estima que todo este interesse pode ajudar à “obra de evangelização: certamente a missão adquirirá nova seiva e novas esperanças. A beatificação ajuda aos cristãos a refletir sobre o sentido da vida dos mártires e sobre seu modo valente de testemunhar a fé em sua época histórica. Isto nos estimula a realizar esforços maiores para evangelizar em primeiro lugar a nós mesmos e às pessoas de nossa redor em nossa época”.

Fonte: ACI