Europa padece de uma ausência crônica de esperança, adverte Bispo


25.11.2008 - O Secretário Geral da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), Dom Juan Antonio Martínez Caminho, advertiu que a sociedade atual, especialmente a européia, "converteu à ciência em todo-poderosa, fez do progresso um substituto da salvação e sofre uma falta crônica de esperança, onde a cultura da morte ganha inteiros cada dia frente à vida”.
Em sua exposição durante o 10º Congresso Católicos e Vida Pública, o Prelado destacou que diante desta realidade na Europa, é necessária a esperança cristã em uma sociedade européia com um futuro desvalorizado e que parece ter renunciado à proteção da vida e do homem diante da cultura da morte.

Para o Bispo, a ação do religioso na esfera pública constitui uma imunização frente à tentação totalitária de que o homem não seja considerado mais que como uma simples engrenagem da maquinaria social. “A oração exorciza o perigo de que a sociedade queira monopolizar a vida do modo que o faz uma colméia com as abelhas. A sociedade não é o horizonte da vida humana, mas sim o meio em que esta se realiza segundo sua semelhança a Deus”, precisou.
Portanto, explicou, elementos como a oração, os templos ou os crucifixos, regeneram a vida pública porque “indicam aos homens qual é seu sentido”. Em sua opinião, a falta de esperança radica “nesta cultura dominante que pretende substituir ao Deus da Esperança pelo ídolo do progresso” convertido quase em uma ideologia.
Deste modo o também Bispo Auxiliar de Madri assinalou que alguns cristãos se vêem poluídos "pela ideologia do progresso e o antropocentrismo imanentista em que se sustenta”, pela qual a fé passou a ser considerada por muitos “como uma força mais na construção do mundo”, enquanto que outros “a retraem ao mundo do individual”.

Fonte: ACI


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