04.11.2008 - Recentemente o Brasil ficou comovido com o assassinato de uma criança que foi jogada pela janela do apartamento que morava e de uma adolescente que foi seqüestrada e finalmente morta pelo ex-namorado.
È normal que nos comovamos com tais atos. Porém não nos comovemos quando uma criança indefesa é esquartejada ainda no ventre de sua mãe.
Milhares de esquartejamentos cometidos a cada dia. Pés e mãozinhas ensangüentadas e olhos esbugalhados são jogados todo dia nas latas de lixo dos hospitais e clínicas assassinas.
E não me venha dizer que não havia vida ali.
A vida começa a se formar e desenvolver no útero da mãe, e continua fora dele, porém, já é vida.
Jesus criança, exultou no ventre de sua mãe, quando esta visitou sua prima Isabel, que estava grávida de João Batista (Lucas 1-41).
E os médicos sérios, afirmam que as crianças têm reações e sentimentos, já no ventre de suas mães.
Deus autorizou a vida. Deus deu a vida no início de sua formação, portanto não temos o direito de tirá-la, pois estamos infringindo o sexto mandamento da Lei de Deus, que é não matar.
Algumas mulheres alegam que não tem condições financeiras para manter seus filhos. Sim, pode acontecer. Porém para cada mãe sem condições financeiras de criar seu filho existem centenas ou talvez milhares de casais que querem adotá-lo. Se uma mulher ama realmente seu filho, faz como a mãe que diante do rei Salomão (Reis 3.24-27), preferiu doar o seu filho à vê-lo morto.
Mas o que realmente nos leva a viver em uma sociedade tão abortista e criminosa? O problema é que estamos voltados somente para o prazer e a vaidade.
Sexo deixou de ser a expressão do amor para se tornar mais uma diversão moderna. Fazer sexo hoje, é como ir ao cinema, assistir a um DVD, ir ao teatro, à praia, ao shopping, a um bom restaurante, etc.
Quando a vinda de uma criança ameaça nosso prazeroso modo de vida, mandamos exterminar esta criança, esta é a verdade.
As garotas, por vaidade, não querem ver seus corpos “deformados” pela gravidez. Os rapazes acham que ainda têm muito para se divertir na vida e não querem assumir responsabilidades.
O amor e a responsabilidade são realidades inerentes, já dizia o Papa João Paulo II.
Sexo não é área de lazer, como diz um certo apresentador de televisão.
Quem ama assume. Quem não ama some, ou manda matar. Esta é a triste realidade dos tempos ditos modernos.
E o pior fica para a mulher. Os psicólogos alertam para as graves conseqüências emocionais que o aborto provoca na mulher, muitas vezes para toda a vida. Os (bons) médicos alertam para as graves conseqüências para a saúde da mulher, sendo que muitas se tornam estéreis.
A sociedade atual se tornou tão ávida por prazer, que nos Estados Unidos, um candidato abortista está na frente nas pesquisas, justamente porque promete melhorar a economia dos EUA, que vai de mal a pior. Quanto às crianças que serão assassinadas com o apoio deste possível presidente, ninguém liga para elas, desde que os bolsos estejam cheios de dinheiro.
Quando se ofende um ser humano, deve-se uma reparação. Quando se ofende um Presidente da República, deve-se uma reparação maior. Quando se ofende à Deus, deve-se uma reparação infinita, pois Deus é infinito.
Abortar não é só uma ofensa à Deus. É uma afronta. Pois se extermina uma vida que o Criador havia concebido antes dos séculos. Antes até mesmo que houvesse a matéria, a criança abortada já existia no coração de Deus. Tirou-se o direito de Deus de ver um novo filho seu nascendo, e tirou-se o direito do nascituro à vida. Na verdade uma dupla afronta.
Você sabia que a cada criança abortada é a Cristo que se mata? Pois foi o próprio Jesus quem falou: “Quem recebe uma criança em meu nome, é a Mim que recebe” (Mateus 18.5). Cristo está na pureza angelical de uma criança, logo quando se mata uma criança, é a Cristo que se mata.
E Maria sabia disso, quando fugiu com Jesus recém nascido pelo deserto nas costas de um burrinho, para escapar da matança de Herodes aos inocentes. Mais uma vez ela nos ensina o que é ser mãe.
A justiça divina realmente é lenta, pois Deus espera pacientemente pela volta de seus filhos. Porém, a justiça do criador não têm faltado ao longo dos séculos, que o digam Sodoma e Gomora.
E é o próprio Jesus que nos dá uma noção do julgamento dos abortistas: “Se alguém fizer mal à uma criança, é melhor fora que lhe atassem ao pescoço a mó de um moinho e o lançassem no fundo do mar” (Mateus 19-6).
À Deus pertence a vingança. À Deus a justiça (Deuteronômio 32,35). E como é terrível cair nas mãos do Senhor dos exércitos.
É melhor assumir à Cristo que nasce ou ficar devendo (e muito) ao Criador?
Reflita.
Por Haroldo Burle
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