25.10.2008 - A obediência à Palavra de Deus não é um ataque à liberdade individual, "mas desenvolve todas as possibilidades de nossa liberdade", disse hoje o papa Bento XVI aos 253 bispos que participaram do Sínodo e aos quais ofereceu um almoço de despedida.
Um dia antes de Bento XVI encerrar a 12ª Assembléia sinodal com uma missa solene na Basílica de São Pedro, o pontífice ofereceu hoje um almoço aos prelados no átrio da Sala Paulo VI, perante os quais ressaltou que o Sínodo foi uma escola de "ouvir".
"Ouvimo-nos uns aos outros e aprendemos a escutar melhor a Palavra de Deus", afirmou o pontífice.
"Não sei se o Sínodo foi mais interessante ou edificante, mas, em qualquer caso, foi comovente, já que nos enriquecemos ouvindo", acrescentou.
O papa acrescentou que, no ato de escutar, "aprendemos a realidade mais profunda, a obediência à Palavra de Deus, a conformação de nosso pensamento, uma obediência que não é um ataque à liberdade, mas desenvolve todas as possibilidades de nossa liberdade".
Bento XVI disse se sentir "um pouco preocupado", já que achava que estava violando "o direito humano de alguns ao repouso noturno e também ao descanso de domingo, que são direitos realmente fundamentais".
O pontífice se referia à quantidade de trabalho gerada pelo Sínodo nestes 21 dias e que obrigou muitas pessoas a trabalhar horas e horas, sem levar em conta se era domingo, manhã ou noite.
"Temos que refletir como melhorar nos próximos Sínodos estas situações", ressaltou.
Fonte: Terra