07.10.2008 - SALVADOR - O cardeal Geraldo Majella Agnelo considera que a vida «é um dom para fazer a experiência do amor verdadeiro, que é serviço ao semelhante».
Segundo o arcebispo primaz do Brasil, a vida «só atingirá seu fim último se for sinal de salvação para o outro».
Em artigo enviado a Zenit essa segunda-feira, no contexto da celebração no país da Semana Nacional da Vida, que encerra hoje, o purpurado afirma que «gostaria de lembrar quanto é sagrada a vida humana».
«A partir do óvulo fecundado, há uma nova vida humana hóspede no ventre materno. Se essa pudesse falar, diria: ‘obrigado, minha mãe, por me acolher’. ‘Eu quero viver. O teu sangue corre do teu coração para o meu coração. Não posso me defender, confio na tua defesa. Eu proclamarei sempre que tenho o direito de viver, porque tu me deste a vida. Eu também começo a aprender amar, para ser assim durante toda a minha vida’.»
«Neste mundo --prossegue o arcebispo de Salvador--, não somos donos de nada. Tudo o que temos foi recebido e somente o amor que tivermos no coração dará o conforto final de nossa existência.»
De acordo com o cardeal Agnelo, a Semana Nacional da Vida e do Nascituro «é ocasião especial para colocar em evidência o valor e a beleza desse Dom precioso que recebemos de Deus».
«De modo especial, salientamos o valor sagrado da vida humana em todas as suas dimensões.»
Diante de tantos ataques que a vida sofre, «é nossa missão reafirmar sua importância inestimável e inegociável». «A vida é o fundamento sobre o qual se apóiam todos os demais valores.»
Segundo o arcebispo, o Evangelho da vida está no centro da mensagem cristã. Por isso, «a Igreja declara que o respeito incondicional do direito à vida de toda pessoa, desde a sua concepção até a morte natural, é um dos pilares sobre o qual assenta toda a sociedade e um Estado autenticamente humano. Defender o direito primário e fundamental à vida humana é um dever do Estado».
Dom Geraldo Agnelo considera que «não é só a guerra que mata a paz». «Todo crime contra a vida é um atentado contra a paz. O aborto é um crime contra a vida e contra a paz, pois a vida individual e a paz geral estão estreitamente ligadas».
«A civilização do amor e da vida é que dá à existência das pessoas e da sociedade o seu significado humano mais autêntico», afirma o cardeal.
Fonte: www.zenit.org