28.09.2008 - A União Européia (UE) deve continuar seus esforços para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, mas, ao mesmo tempo, tem que se preparar para as conseqüências inevitáveis do aquecimento global.
Essa é a principal conclusão de um relatório elaborado pela Agência Européia do Ambiente, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Centro Comum de Pesquisa (JRC, em inglês) da UE, divulgado pela agência "Belga".
O estudo lembra que, devido ao aumento das emissões poluentes, a temperatura média da Terra aumentou em 0,8°C em comparação a antes da Revolução Industrial, uma alta sentida especialmente na Europa.
Esse aumento da temperatura já provocou o derretimento de geleiras, a redução em cerca de 20% do volume de chuva em algumas regiões mediterrâneas nos últimos 100 anos, migrações animais rumo ao norte, inundações e erosão do solo, entre outras mudanças.
O relatório adverte que, se esses efeitos se agravarem, trarão sérias conseqüências tanto para a saúde humana quanto em diferentes setores econômicos, como o energético, de transportes, agricultura e turismo.
Segundo o documento, os países da UE deveriam começar a se preparar para enfrentar esse novo cenário, pois, até o momento, os esforços se concentraram na gestão do risco de inundações.
As regiões européias mais afetadas pelo aquecimento serão, segundo este estudo, as regiões montanhosas, as áreas litorâneas, a bacia mediterrânea e o Ártico, onde a superfície da calota polar foi reduzida à metade entre 1950 e 2007.
Entre as principais conseqüências para a saúde humana, o relatório afirma que o aquecimento reduzirá a qualidade do ar e favorecerá a chegada à Europa de insetos transmissores de doenças atualmente limitadas aos trópicos.
Fonte: Terra notícias
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Lembrando...
Cientistas pedem que se enfrente aquecimento glogal de forma integral
17.02.2008 - O aquecimento global causado pela acumulação de dióxido de carbono na atmosfera só poderá ser reduzido se integrarem a ciência e a política pública com as necessidades dos consumidores e a economia global, afirmaram hoje cientistas americanos.
Em um seminário da reunião anual da Associação Americana para o Avanço das Ciências (AAAS), os cientistas indicaram que esta conjunção é "crucial" se o mundo "quer ter alguma chance de reduzir" os efeitos desse gás estufa sobre o clima da Terra.
Cientistas e Governos do mundo afirmaram que o aumento das temperaturas como resultado da acumulação de gases estufa na atmosfera está modificando os padrões climáticos em todo o planeta e causando a aceleração do degelo, principalmente na Groenlândia e na Antártida.
Esse degelo ameaça elevar os níveis do mar, com conseqüências ecológicas e territoriais desastrosas para muitos países com um litoral extenso e baixo.
Mike Davis, presidente do Diretório de Ambiente e Energia no Laboratório Nacional do Pacífico-Noroeste (PNNL), do Departamento de Energia dos EUA, indicou que devem ser intensificados os esforços para encontrar soluções conjuntas para o problema.
"A colaboração entre os cientistas (...) deve ocorrer a níveis sem precedentes, e a Ciência terá que proporcionar a base para as soluções viáveis", acrescentou.
Quase 85% da energia usada atualmente no mundo provêm dos hidrocarbonetos, entre eles o carvão, o petróleo, o gás natural e a biomassa.
E, como conseqüência lógica de um aumento da demanda de hidrocarbonetos nos próximos anos, aumentarão as emissões de dióxido de carbono na atmosfera.
"Se o mundo busca controlar de alguma forma as emissões de carbono, é necessário pensar no problema de maneira global", afirmou Davis.
"Essas soluções terão que vir da China, Índia, de nosso país e de muitos outros. As soluções terão que ser realistas e respeitar os níveis de vida, a economia e a segurança nacional", acrescentou.
Douglas Ray, do Diretório de Ciências Informáticas do PNNL, disse que também é preciso encontrar respostas científicas que "limitem este descontrolado experimento com o ciclo do carbono".
Segundo os cientistas, a captura do dióxido de carbono exigirá novos processos químicos que eliminem o gás antes de este desaparecer no ar.
Por outro lado, guardá-lo em depósitos de maneira segura e efetiva exigirá um melhor conhecimento das reações químicas que podem ocorrer entre esse dióxido de carbono e outros compostos.
"Ser capaz de prever como o dióxido de carbono afeta tudo que o rodeia será fundamental para a busca de uma solução para o problema do aquecimento global", ressaltou Ray.
Fonte: Terra notícias