Cientistas descobrem novas rachaduras em camadas de gelo


29.07.2008 - Cientistas canadenses detectaram novas rachaduras em Ward Hunt, a maior plataforma de gelo do Ártico, em mais um indício dos efeitos do aquecimento global nas regiões setentrionais do planeta.

O jornal canadense "The Globe and Mail" disse em sua edição de hoje que uma porção de gelo de quatro quilômetros quadrados se desprendeu da plataforma de gelo Ward Hunt, a maior rachadura desde 2005.

Durante o século passado desapareceram aproximadamente 8 mil dos 9 mil quilômetros quadrados dessa camada de gelo.

O jornal disse que uma equipe, da qual fez parte Derek Mueller, o especialista que descobriu em 2002 a primeira grande rachadura da plataforma, encontrou em abril passado novas falhas de 40 metros de largura e 18 quilômetros de comprimento, na beira da Ward Hunt.

A barreira tem uma superfície de 350 quilômetros quadrados e une a pequena ilha Ward Hunt com a ilha Ellesmere, uma das maiores massas de terra do Ártico canadense.

Os cientistas consideram que as novas rachaduras são a antecipação de uma nova divisão da plataforma e temem que a camada de gelo Ward Hunt esteja destinada a desaparecer totalmente.

Trudy Wohlleben, especialista do Serviço de Gelo Canadense (que vigia as condições do gelo que podem afetar a navegação), assinalou ao periódico que a nova ilha de gelo procedente da plataforma provavelmente se desprendeu na semana passada.

Outros especialistas indicaram que a espessura da camada de gelo passou de cerca de 70 metros nos anos 50 para aproximadamente 35 metros nos anos 90.

Em 2005 a camada de gelo Ayles se rompeu totalmente e deixou à deriva uma ilha de gelo de 66 quilômetros quadrados.

Fonte: Terra notícias

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Lembrando...

Depois de 3.000 anos, geleira do Ártico se separa de ilha canadense

01.01.2007 - Uma geleira de 65 metros quadrados que se sobressaiu do Oceano Ártico por 3,000 anos da costa norte do Canadá se partiu abruptamente no verão de 2005, aparentemente solto por temperaturas severamente quentes, ventos e ondas, cientistas disseram sexta-feira.

A geleira Ayles, como a antiga placa grossa de 30m era chamada, foi levada por um golfo pela costa norte da Ilha Ellesmere quando a geleira que pressionava a costa lá, mesmo no verão, foi substituída pelo mar aberto devido ao aquecimento da temperatura, disseram os cientistas.

A mudança foi primeiramente anunciada por Laurie Weir do Serviço Canadense de Gelo, quando ela examinou imagens de satélite tiradas de Ellesmere e ao redor depois de 13 de agosto de 2005. Em menos de uma hora por volta do meio dia desse dia, uma larga fenda se abriu e foi a caminho do mar.

A geleira é uma das poucas restantes de uma ampla expansão de geleiras flutuantes que antes se projetavam pela costa de Ellesmere, algo parecido com a aba do chapéu.

Tais geleiras são muito mais grossas e velhas do que as capas de gelo que andam pelo Oceano Ártico. Elas consistem em massas de gelo flutuantes variando de 90cm á 2m de espessura que cresceram em poucos anos.

O gelo do mar Ártico experimentou agudos recuos no verão por várias décadas, acrescentando como uma evidência de aquecimento significante próximo ao Pólo Norte. (Nem geleiras derretendo ou mar de gelo contribuem para o aumento do nível do mar porque eles já estão no mar, como cubos de gelo em uma bebida).

Aproximadamente 90% de 6,280 metros quadrados de geleiras que existiam em 1906 quando o explorador do Ártico Robert Peary pesquisou a região, de acordo com Luke Copland, o diretor do laboratório da Universidade de Ottawa para pesquisas.

Em um evento resumindo o evento, mas ainda não publicado, Copland e outros pesquisadores disseram que a transformação da geleira Ayles de uma geleira para uma ilha de gelo flutuante parece ser o resultado de um aquecimento estranho em 2005 no topo de uma tendência de aquecimento de longo prazo.

Fonte: New York Times

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