28.07.2008 - O meteorito que caiu na península de Iucatã (leste do México) há 65 milhões de anos e que, segundo algumas teorias científicas, provocou o desaparecimento dos dinossauros foi maior do que uma hipotética explosão de todo o arsenal atômico do mundo, disse hoje uma cientista.
A explosão gerada por esse meteorito e que causou o desaparecimento de 50% das espécies vivas do planeta é "inconcebível, difícil de imaginar para o ser humano", disse Adriana Ocampo, pesquisadora da Agência Espacial Européia (ESA) e cientista da Nasa.
"Nos primeiros minutos, horas, dias e meses depois da explosão, os fragmentos quentes" caíram e provocaram incêndios, disse Ocampo, segundo um comunicado do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH).
Na semana passada, uma missão da Nasa visitou Iucatã para propor que a zona de Chicxulub, onde há 65 milhões de anos caiu um meteorito, seja declarada Patrimônio Científico da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Ocampo participou de Iucatã do ciclo de conferências sobre o impacto do meteorito.
A científica explicou que o impacto foi pior porque a composição do lugar onde caiu era rica em enxofre, que se volatilizou, "gerou vapor e gás, e se transformou em ácido. A combinação foi letal".
Por esse efeito, a Terra ficou nublada "por mais de dez anos e isso causou o esfriamento", e acredita-se que o impacto tenha ocorrido na primavera, porque nos Estados Unidos foram encontrados fósseis de flores em botão que ficaram congeladas, disse Ocampo.
A cratera deixada pelo meteorito tem um diâmetro de 170 quilômetros.
A cientista disse que no mundo há aproximadamente 200 "crateras de impacto" causadas por asteróides ou cometas, mas só cerca de quatro ou cinco são do tamanho do que caiu em Chicxulub.
Fonte: Terra notícias
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Lembrando...
Cientistas pedem plano para desviar asteróide da Terra
18.02.2007 - Apófis, de 140 metros, pode atingir nosso planeta em 13 de fevereiro de 2036. Ex-astronautas pedem que ONU assuma responsabilidade pela defesa da Terra.
Um grupo de cientistas e astronautas pediu ação das Nações Unidas contra o asteróide Apófis, que vai chegar muito perto da Terra em 2036. Eles acreditam que a organização deve ser responsável por uma missão para afastar o perigo.
As chances do Apófis, que tem cerca de 140 metros, atingir a Terra em 13 de fevereiro de 2036 é de uma em 45 mil (a chance de ganhar sozinho na Mega-Sena, para efeito de comparação, é de uma em 50 milhões). Segundo a Nasa, o tamanho do estrago que ele poderia fazer depende do ângulo do impacto e do material do asteróide. É possível que ele seja capaz de destruir totalmente uma cidade.
A possibilidade já assusta e o Congresso dos Estados Unidos pediu recentemente que a Nasa melhore seu programa de busca de asteróides que podem passar perto demais do nosso planeta. A expectativa é que a iniciativa encontre centenas, ou até mesmo milhares, de ameaças vindas do espaço.
Para o ex-astronauta Rusty Schweickart, que voou na Apollo 9 em 1969, o problema não se resume ao Apófis e a busca de uma solução não deve ficar só na mão dos Estados Unidos. Todos os países correm risco. Precisamos criar princípios gerais sobre como lidar com esse assunto, disse ele durante uma exposição na reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), que ocorre nos Estados Unidos.
Na próxima semana, Schweickart deve apresentar na ONU idéias de planos para o desenvolvimento de uma resposta a asteróides. Um grupo de ex-astronautas e cosmonautas, a Associação de Exploradores Espaciais, planeja entregar uma proposta formal às Nações Unidas em 2009. Para isso, organiza uma série de encontros já a partir deste ano.
Por enquanto, a possibilidade de defesa da Terra que parece ter mais apoio é o envio de uma nave que usaria a gravidade para alterar o curso do asteróide. Para desviar o Apófis, seriam necessários 12 dias empurrando. Quanto mais cedo a missão for enviada, mais fácil fica. O custo seria de US$ 300 milhões.
Fonte: Globo.com
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"O segundo anjo tocou. Caiu então no mar como que grande montanha, ardendo em fogo, e transformou-se em sangue uma terça parte do mar." (Ap 8,8)