20.07.2008 - Inimigos regionais, Israel e Irã protagonizaram nas últimas semanas iniciativas que colocaram o mundo em alerta para um provável conflito armado entre as duas nações.
O ensaio do que seria uma ação militar israelense e os testes com mísseis iranianos no Golfo Pérsico deixaram claro: Israel pensa em atacar, e o Irã, em revidar.
O país do presidente Mahmoud Ahmadinejad é desafeto de vários governos do planeta. Além de ser acusado de patrocinar o terrorismo, o Irã desenvolve um programa nuclear suspeito de ter como objetivo principal a fabricação de bombas atômicas - e não a produção de energia. Os EUA ameaçam os iranianos com ações militares há anos, mas a possibilidade de um ataque - desta vez, israelense - nunca pareceu tão real.
A tensão entre Israel e Irã não é de agora e vai além das questões nucleares. O Irã é considerado o principal inimigo de Israel. Ahmadinejad já afirmou que "Israel deve ser riscado do mapa" e prometeu lutar para que os políticos muçulmanos que defendem o reconhecimento do país "queimem na ira de seus povos". Além disso, é aliado das milícias islâmicas Hamas, dos Territórios Palestinos, e Hezbollah, do Líbano.
Depois do treinamento de ataque realizado em junho passado, muito se especula sobre um possível bombardeio por Israel de instalações nucleares iranianas, como a de Natanz. Não seria a primeira ofensiva israelense desse tipo. Em 1981, aeronaves atacaram Osirak, no Iraque, e, em setembro de 2007, os israelenses teriam acabado com o que acreditavam ser um reator nuclear parcialmente construído na Síria.
O governo de Israel nega que cogite uma ação contra o Irã, mas as evidências sugerem o contrário. Tanto que a população iraniana - mesmo com acesso limitado às notícias internacionais, devido à censura do governo - começou a se preocupar, segundo a porto-alegrense Alexandra Gaira, que mora na capital, Teerã, desde 2007. Ainda assim, ela diz que a maioria não acredita que realmente possa ocorrer um ataque.
- A situação econômica do país está muito ruim e a popularidade do governo declina a cada dia. As pessoas estão mais preocupadas com seus bolsos - apontou Alexandra a Zero Hora, por e-mail.
Conforme a gaúcha, todos apóiam o programa nuclear, que é uma questão de orgulho nacional. As opiniões sobre um conflito com Israel, contudo, são divergentes:
- Alguns acreditam que uma guerra poderia pôr fim ao regime dos aiatolás, outros pensam que uma agressão ao Irã seria uma agressão contra sua pátria, não importando qual seja o governo.
Enquanto um ataque israelense parece iminente, a ameaça americana tem se dissipado. O chefe do Estado-Maior das forças armadas dos EUA, almirante Michael Mullen, declarou neste mês que uma ação militar no Irã seria "estressante, desafiadora e com conseqüências difíceis de serem previstas".
Recentemente, o presidente George W. Bush ressaltou que todas as opções estavam na mesa contra o Irã, mas garantiu que um ataque não seria sua primeira opção. Na sexta-feira, o chanceler iraniano, Manouchehr Mottaki, confirmou rumores divulgados na imprensa sobre a possibilidade de abertura de um escritório de interesses dos EUA em Teerã e o restabelecimento de linhas aéreas entre os países. O governo americano, que impõe um embargo ao Irã desde 1979, não confirmou nem desmentiu as informações, mas ressaltou que "Washington busca maneiras de alcançar o povo iraniano.
De todas as partes, surgem vozes contra a ação - que teria efeitos desastrosos, além de não conseguir seu principal objetivo, destruir totalmente o programa nuclear iraniano. Para o diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed El-Baradei, o ataque transformaria a região em "bola de fogo". Opinião compartilhada pela gaúcha Alexandra:
- A reação do Irã seria revidar qualquer ataque que houvesse. E eles não iriam pensar duas vezes.
Fonte: Jornal Zero Hora RS
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Lembrando...
"O Irã quer imitar Hitler", afirma o grande rabino de Israel
17.01.2007 - O grande rabino ashkenazi de Israel, Yona Metzger, afirmou nesta quarta-feira, em Roma, que o Irã quer imitar Hitler ao atacar Israel e pediu à comunidade internacional que reaja ante a ameaça representada por esse país.
O grande rabino participa em uma reunião para o diálogo judeu-cristão organizado pela comunidade católica São Egídio na capital italiana.
"Eu me dirijo a vocês para advertir contra quem tenta imitar Hitler atacando o Estado de Israel, e atualmente a ameaça vem do Irã. Peço aos chefes de Estado de todo mundo que reajam agora contra aqueles que ameaçam meu povo e meu país. Não reagir seria um pecado grave", advertiu.
O presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad constantemente costuma dizer que Israel "deve ser varrido do mapa".
Fonte: Terra notícias
Presidente do Irã prevê fim dos EUA, Grã-Bretanha e Israel
20.12.2006 - "Estados Unidos, Grã-Bretanha e Israel estão condenados a desaparecer", declarou o presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad durante um discurso em Javanrudm informaram nesta quarta-feira as agências de notícias iranianas.
"As potências opressivas vão desaparecer enquanto o povo iraniano sobreviverá, pois toda potência que está com Deus sobrevive, enquanto que as potências que se afastam de Deus desaparecem como o faraó", declarou Ahmadinejad.
"Atualmente, os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e o regime sionista estão condenados a desaparecer, pois se afastaram de Deus. É uma promessa divina", enfatizou.
"Eles nos ameaçam com sanções, mas devem saber que a energia nuclear é a vontade de todo um povo e que ele insiste em seu direito", acrescentou.
As grandes potências tentam se colocar de acordo sobre um projeto de resolução da ONU que sancione os programas de enriquecimento de urânio. Na véspera, em um discurso em Kermnanshah (oeste), Ahmadinejad criticou as potências ocidentais afirmando que sua atuação era contrária aos ensinamentos de Jesus.
"Minha pergunta ao mundo cristão: Se Jesus estivesse vivo, aprovaria a ação das grandes potências?" "Quero dar esta boa nova: os tempos difíceis e de ódio passaram. Se Deus quiser, Sua Santidade Jesus voltará dentro em pouco à Terra junto com o 12º Imã para destruir a injustiça", declarou. Os muçulmanos xiitas acreditam que o imã Mehdi, 12º sucessor do profeta Maomé, deve voltar à Terra para salvar o mundo.
Fonte: Terra notícias
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"Quando os homens disserem: Paz e segurança!, então repentinamente lhes sobrevirá a destruição, como as dores à mulher grávida. E não escaparão". (1Ts 5,3)