30.04.2019 -
O teólogo submetido ao ostracismo, padre Thomas Weinandy, adverte em uma entrevista ao LifeSiteNews sobre as consequências doutrinárias do aproximamento do do Islã que o Papa busca.
As polêmicas que provocaram uma frase do “pacto pela paz”, assinado em Abu Dhabi pelo Santo Padre com as autoridades muçulmanas, que se refere à “vontade” de Deus em relação à pluralidade das religiões, tiveram uma resposta do próprio papa a pedido do Bispo [Dom Athanasius] Schneider e para a satisfação do prelado do Cazaquistão. Sua Santidade estava se referindo, ele disse, à “vontade permissiva” de Deus, ao que ele tolera. Mas para o padre capuchinho Thomas Weinandy, essa não é a única coisa preocupante sobre o documento.
Weinandy, membro da Comissão Teológica Internacional do Vaticano e ex-chefe do comitê de doutrina da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, quis abordar a controvérsia em uma entrevista à LifeSiteNews.
Para Weinandy, que sentenciou seu destino como ‘persona non grata’, quando em 2017 ele enviou uma carta aberta ao Papa lamentando a ‘confusão crônica’ de sua mensagem; o Papa, em sua aproximação com o Islã e seu desejo fervoroso de preencher a lacuna entre religiões, age movido por um “nobre desejo” para “promover uma mútua compreensão” e “combater algumas facções islâmicas que promovem o terrorismo”. No entanto, acrescenta ele, a assinatura da declaração de Abu Dhabi “tem consequências doutrinárias que vão além do que ele pode ter previsto ou desejado”.
“O que acho triste e escandalosamente preocupante é que, no meio de tudo, Jesus está sendo insultado”, acrescenta Weinandy. “Ele é reduzido ao nível de Buda ou Maomé, quando na verdade ele é o amado Filho Messiânico do Pai, aquele em quem o Pai se compraz.”
Quanto ao “esclarecimento roubado” por Schneider, no sentido do que se quer dizer é que Deus tolera, apesar de não querer a pluralidade de religiões, porque Deus não pode querer o que não é verdade, Weinandy disse que seu efeito será entre mínimo ou inexistente porque “com toda a probabilidade, a esmagadora maioria dos meios de comunicação e muitos outros teólogos e bispos seguirão interpretando o documento original no sentido de que, como Deus quis o judaísmo e o cristianismo, da mesma forma quis outra religiões, ponto final”.
É por isso que Weinandy adverte que “ainda há certa falta de clareza, já que o Papa Francisco não repudiou expressamente a declaração original como aparece no documento de Abu Dhabi”. E ele conclui: “No final, é totalmente confuso, e desnecessário”.
Por Carlos Esteban, InfoVaticana, 4 de abril de 2019
Tradução: Marcos Fleurer - Via: FratresInUnum.com
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Por Dilson Kutscher
Como declarou certa vez Francisco: "Todos nos veremos no Céu". (muçulmanos, budistas e etc)
Mas, devo lembrar...
Cristãos e muçulmanos não têm o mesmo conhecimento de Deus, porque eles não estão ligados à mesma Revelação, não ouvem a mesma Palavra. Contentar-se em afirmar que Deus existe e que Ele é único, é no que se resume o conhecimento muçulmano de Deus (Alá). O "Deus" do Alcorão é um ser solitário, enquanto o Deus do cristianismo é um ser de relação: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Três Pessoas tão ligadas entre Si, que são, conjuntamente e cada uma, o único e mesmo Ser Divino. De fato, o islamismo nega não somente a Trindade, mas também a Divindade de Jesus, sua morte e sua ressurreição e, portanto, a Redenção.
Diante disto, penso que os católicos, que seguem fielmente a Francisco, deveriam ler um "pouco mais" a Sagrada Escritura.
Diz na Sagrada Escritura:
"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14, 6).
"Todo aquele que caminha sem rumo e não permanece na doutrina de Cristo, não tem Deus. Quem permanece na doutrina, este possui o Pai e o Filho. Se alguém vier a vós sem trazer esta doutrina, não o recebais em vossa casa, nem o saudeis. Porque quem o saúda toma parte em suas obras más" (2 João 9-11).
Disse o Arcebispo Marcel Lefebvre: "Não há salvação por meio do Islamismo. Não há Igreja budista no Céu... São coisas que podem parecer duras de ouvir, mas esta é a verdade".
Declarou ainda o Arcebispo Marcel Lefebvre: "Não será dever de um católico julgar entre a fé que lhe ensinam hoje e a que foi ensinada durante vinte séculos de tradição da Igreja? Ora, eu acredito sinceramente que estamos tratando com uma falsificação da Igreja, e não com a Igreja católica. Por quê? Porque eles não ensinam mais a fé católica. Não defendem mais a fé católica. Eles arrastam a Igreja para algo diferente da Igreja Católica. A verdade e o erro não estão em pé de igualdade. Isso seria colocar Deus e o diabo em pé de igualdade, visto que o diabo é o pai da mentira, o pai do erro".
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