Arcebispo Marcel Lefebvre (1974): O Papa recebeu o Espírito Santo, não para pregar novas verdades, mas para manter a fé de sempre. Por esta razão, nós escolhemos o que sempre foi ensinado, e fechamos nossos ouvidos às novidades destruidoras da Igreja


03.02.2019 - Nota de www.rainhamaria.com.br

Publicado no site em 12.08.2016

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Por Arcebispo Marcel Lefebvre.

"Não é possível deixar de fazer uma escolha, mas esta escolha não é entre obediência e desobediência, mas o que nos propõe, o que expressamente nos convidam, porque nos perseguem, é uma obediência aparente.

Eu diria que temos de escolher entre uma aparente obediência – pois o Santo Padre não pode, de forma alguma, pedir-nos que abandonemos nossa fé, que é algo absolutamente impossível – e a conservação da nossa fé. Pois bem, nós escolhemos não abandonar a nossa fé, porque nela não podemos errar. A Igreja não pode estar errada no que tem ensinado durante dois mil anos, e por esse motivo nos apegamos a essa Tradição que  tem se manifestado de forma admirável e definitiva.

São Paulo dizia a Timóteo: “Ó Timóteo, guarda o depósito.” Ora, este depósito acabava de se formar há algumas poucas décadas. E acrescentava: “Permaneça no que aprendeste com sua avó Loide na sua infância”. A infância de Timóteo se remontava quase à morte de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, São Paulo lhe dizia: guarda o que aprendeste com sua avó: seu catecismo e tudo o que a Igreja lhe ensinou; respeite e mantenha o que aprendeste com sua avó.

Se São Paulo dizia essas coisas quando o depósito estava sendo formulado e a Revelação era pouco conhecida no mundo, com muito mais razão vamos nos manteremos no que a Igreja nos tem ensinado e ensinado a seus filhos durante vinte séculos. Não podemos nos separar dele sem nos afastarmos de nossa santa religião.

Temos fé no sucessor de Pedro. Mas, como o Papa Pio IX disse muito bem em sua constituição dogmática, o Papa recebeu o Espírito Santo não para pregar novas verdades, mas para manter a fé de sempre.

Por isso, aderimos com firmeza a tudo o que a Igreja de sempre creu e praticou em matéria de fé, costumes, culto, ensino do catecismo, formação dos sacerdotes e na instituição da Igreja e que codificou nos livros publicados antes da influência modernista do Concílio, à espera que a Verdadeira Luz da Tradição dissipe as trevas que obscurecem o céu da Roma eterna

Temos de dizer “não” a esta onda de neo-modernismo e neo-protestantismo. Não se pode dizer que se escolhe uma parte, mas deixa a outra; isso não pode ser, porque tudo está relacionado. Por esta razão, nós escolhemos o que sempre foi ensinado e fechamos nossos ouvidos às novidades destruidoras da Igreja".

Retirado do livro La misa de siempre – Arcebispo Marcel Lefebvre. (1974)

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Nota final www.rainhamaria.com.br

Lembrando também mais palavras do Arcebispo Marcel Lefebvre:

n/d

"Não será dever de um católico julgar entre a fé que lhe ensinam hoje e a que foi ensinada durante vinte séculos de tradição da Igreja? Ora, eu acredito sinceramente que estamos tratando com uma falsificação da Igreja, e não com a Igreja católica. Por quê? Porque eles não ensinam mais a fé católica. Não defendem mais a fé católica. Eles arrastam a Igreja para algo diferente da Igreja Católica. A verdade e o erro não estão em pé de igualdade. Isso seria colocar Deus e o diabo em pé de igualdade, visto que o diabo é o pai da mentira, o pai do erro. Como poderíamos nós, por obediência servil e cega, fazer o jogo desses cismáticos que nos pedem colaboração para seus empreendimentos de destruição da Igreja? Eis porque estamos prontos e submissos para aceitar tudo o que for conforme à nossa fé católica, tal como foi ensinada durante dois mil anos mas recusamos tudo o que lhe é contrário.  E é por isso que não estamos no cisma, somos os continuadores da Igreja católica. São aqueles que fazem as novidades que estão no cisma.  Estou com vinte séculos de Igreja, e estou com todos os Santos do Céu!”

 

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