Francisco no Natal: A salvação vem através do amor e do respeito pela humanidade (mas incluindo aqueles que rejeitam o Sagrado Evangelho e a Sua Igreja?)


29.12.2018 -

Por Christopher A. Ferrara

Na sua Mensagem de Natal “Urbi et Orbi”, o Papa Francisco propõe uma concepção da Encarnação que reduz Cristo a um mero facilitador passivo de uma fraternidade humanista entre homens de qualquer crença ou persuasão, incluindo aqueles que rejeitam o Seu Evangelho e a Sua Igreja.

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As palavras proferidas por Francisco não deixam dúvidas a este respeito:

E que nos diz aquele Menino, nascido, para nós, da Virgem Maria? Qual é a mensagem universal do Natal? Diz-nos que Deus é um Pai bom, e nós somos todos irmãos.

Esta verdade está na base da visão cristã da humanidade. Sem a fraternidade que Jesus Cristo nos concedeu, os nossos esforços por um mundo mais justo ficam sem fôlego, e mesmo os melhores projetos correm o risco de se tornar estruturas sem alma.

Por isso, as minhas boas-festas natalícias são votos de fraternidade.

Fraternidade entre pessoas de todas as nações e culturas.

Fraternidade entre pessoas de ideias diferentes, mas capazes de se respeitar e ouvir umas às outras.

Fraternidade entre pessoas de distintas religiões. Jesus veio revelar o rosto de Deus a todos aqueles que o procuram.

E o rosto de Deus manifestou-se num rosto humano concreto. Apareceu, não sob a forma dum anjo, mas dum homem, nascido num tempo e lugar concretos. E assim, com a sua encarnação, o Filho de Deus indica-nos que a salvação passa através do amor, da hospitalidade, do respeito por esta nossa pobre humanidade que todos compartilhamos numa grande variedade de etnias, línguas, culturas… mas todos irmãos em humanidade!

Então, as nossas diferenças não constituem um dano nem um perigo; são uma riqueza. Como no caso dum artista que queira fazer um mosaico: é melhor ter à sua disposição ladrilhos de muitas cores, que de poucas.

Resumindo esta espantosa mensagem: de acordo com Francisco, Cristo “concedeu” a fraternidade a todos os homens indiferentemente, sem ter em conta as suas “ideias diferentes” e “distintas religiões”, e a salvação vem, não da conversão a Ele, da aceitação da verdade do Seu Evangelho e da autoridade da Igreja que Ele fundou como Arca da Salvação, mas sim “através do amor, da hospitalidade, do respeito por esta nossa pobre humanidade que todos compartilhamos”.

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Note-se bem: a salvação, segundo Francisco, vem através do amor, da hospitalidade, do respeito pela humanidade, e não por amor, aceitação e respeito a Cristo e obediência à Lei de seu Evangelho.

Pior ainda, de acordo com Francisco, as diferenças entre os homens – ou seja, as suas diferenças em relação à verdade revelada pelo Verbo Encarnado – “não constituem um dano nem um perigo; são uma riqueza”, são parte de um maravilhoso “mosaico” feito de “ladrilhos de muitas cores…” Isto não é mais do que uma ressonância do mantra liberal que diz que “a diversidade é a nossa força”. Mas não há força numa “diversidade” de ideias relativamente ao que é certo e errado, ou no que concerne aos deveres para com Deus. Pelo contrário, apenas há conflito e caos, assim como risco de perdição de almas.

Como diz a Bíblia num versículo que o Pe. Gruner citava frequentemente a propósito da crise civilizacional e eclesiástica mencionada por Nossa Senhora de Fátima: “O meu povo perde-se por falta de conhecimento; porque rejeitaste a instrução, excluir-te-ei do meu sacerdócio. Já que esqueceste a Lei do teu Deus, também Eu me esquecerei dos teus filhos.” (Os 4:6)

Em nenhuma parte da mensagem de Francisco à Igreja e ao mundo pelo Natal existe qualquer referência, ainda que disfarçada, às palavras do próprio Cristo à Igreja que Ele fundou: “«Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for batizado será salvo; mas, quem não acreditar será condenado.” (Mc 16:15-16) O mandato divino desapareceu sem deixar rasto e o que temos agora é precisamente a falsificação humanista da fraternidade dos homens promovida pelo movimento francês Sillon, outrora condenado pelo Papa São Pio X como falsa fraternidade “que não será nem católica, nem protestante, nem judia”. Será uma religião… mais universal do que a Igreja Católica, que une todos os homens para se tornarem finalmente irmãos e camaradas no «Reino de Deus»”.

Os organizadores do movimento Sillon vangloriavam-se deste modo: “Nós não trabalhamos para a Igreja, nós trabalhamos para a humanidade” – como se trabalhar para a humanidade não exigisse precisamente trabalhar para a Igreja como meio para o florescimento humano neste mundo e para a salvação eterna no próximo. Tal pensamento, advertiu São Pio X, é apenas “um miserável afluente do grande movimento de apostasia que está a ser organizado em todos os países com vista ao estabelecimento de uma Igreja Mundial Única que não terá dogmas, nem hierarquia, nem disciplina para a mente, nem restrição para as paixões…”. Uma “igreja” na qual as diferenças entre os homens, significando diferenças entre verdade e erro, são celebradas como “uma riqueza”, em vez de motivo de lamento, como um mal a ser vencido pela graça de Deus e pela unidade de um só Senhor, uma só Fé, um só Batismo para a remissão dos pecados. E um evangelho que, para citar Pio X, não apresenta o Cristo Rei, mas “um Cristo diminuído e distorcido”, que apenas preside a uma fraternidade panreligiosa na qual a verdade já não importa para a salvação.

Esta é, certamente, a situação que a Mãe de Deus antevia quando apareceu aos três pastorinhos em Fátima.

Visto em: odogmadafe.wordpress.com

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

Jesus Cristo é o único caminho para a Salvação: "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim." (João 14,6)

"Todo aquele que caminha sem rumo e não permanece na doutrina de Cristo, não tem Deus. Quem permanece na doutrina, este possui o Pai e o Filho. Se alguém vier a vós sem trazer esta doutrina, não o recebais em vossa casa, nem o saudeis. Porque quem o saúda toma parte em suas obras más" (2 João 9-11).

Disse o Padre Emanuel, ainda no sec. XIX:

Sobre o aparecimento do Anticristo: “Apresentar-se-á como cheio de respeito pela liberdade das religiões, uma das máximas e uma das mentiras da besta revolucionária. Dirá aos budistas que é um Buda; aos muçulmanos, que Maomé é um grande profeta... Talvez até irá dizer, em sua hipocrisia, como Herodes seu precursor, que quer adorar Jesus Cristo. Mas isso não passará de uma zombaria amarga. Malditos os cristãos que suportam sem indignação que seu adorável Salvador seja posto lado a lado com outras seitas e mestres".

Declarou o Arcebispo francês Marcel Lefebvre:

"Não será dever de um católico julgar entre a fé que lhe ensinam hoje e a que foi ensinada durante vinte séculos de tradição da Igreja? Ora, eu acredito sinceramente que estamos tratando com uma falsificação da Igreja, e não com a Igreja católica. Por quê? Porque eles não ensinam mais a fé católica. Não defendem mais a fé católica. Eles arrastam a Igreja para algo diferente da Igreja Católica. A verdade e o erro não estão em pé de igualdade. Isso seria colocar Deus e o diabo em pé de igualdade, visto que o diabo é o pai da mentira, o pai do erro".

 

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