07.04.2018 -
O Cardeal Christoph Schönborn, um dos mais próximos conselheiros Papa Francisco, disse em uma entrevista que a ordenação de mulheres para os papéis de "diáconos, padres e bispos" pode ser decidida pelo Conselho de Igreja. O ensinamento constante da Igreja é que a ordenação de mulheres não é possível e que o ensinamento é irreformável.
Falando ao Salzburger Nachrichten, o cardeal Schönborn disse: "A questão da ordenação [das mulheres] é uma questão que, claramente, só pode ser esclarecida por um Conselho. Isso não pode ser decidido apenas por um papa. Essa é uma questão grande demais para ser decidida na mesa de um papa". As citações foram traduzidas primeiro por Maike Hickson no OnePeterFive.
Quando o jornalista perguntou se Schönborn estava se referindo à ordenação de mulheres como sacerdotes, Schönborn respondeu: "Como diáconos, padres, bispos".
Schönborn, que foi elogiado pelo Papa Francisco como um "grande teólogo" e afirmou que sua interpretação da controversa exortação do Papa, Amoris Laetitia, era de autoridade. Ele já expressou sua inclinação para ordenar as mulheres. "Eu posso entender o desconforto que as mulheres sentem quando vêem apenas homens concelebrando", disse ele no ano passado.
O Papa Francisco também expressou uma abertura vaga para tais considerações. Em uma entrevista em março de 2016 ao Die Zeit, o papa foi questionado sobre a falta devastadora de padres na Alemanha e na Suíça. "Sim, isso é um grande problema", ele respondeu. "Muitas paróquias têm mulheres que se comportam bem: ficam no domingo e celebram as liturgias da palavra (Wortgottesdienste), isto é, sem a Eucaristia. O problema é, na verdade, a falta de vocações. Este problema deve ser resolvido pela Igreja".
Em agosto de 2016, o Papa Francisco estabeleceu uma comissão de 12 membros para estudar o tema do diaconato feminino, que incluía o principal defensor mundial da ordenação de mulheres diáconas: Phyllis Zagano.
No início de seu pontificado, o Papa Francisco surpreendeu os católicos lavando os pés das mulheres na missa na Quinta-feira Santa da Ceia do Senhor. A lavagem simbólica dos pés pelo celebrante da Missa é para comemorar a lavagem dos pés de seus apóstolos por Cristo no estabelecimento do sacerdócio. Em janeiro de 2016, modificou oficialmente a prática da Igreja para permitir que os pés das mulheres fossem lavados na Quinta-feira Santa.
Em 1994, o papa João Paulo II ensinou com autoridade que a questão da ordenação de mulheres não estava aberta à discussão na Igreja. Na Ordinatio Sacerdotalis, o Papa escreveu:
"Embora o ensinamento de que Ordenação Sacerdotal exclusivamente reservada aos homens foi preservado pela Tradição constante e universal da Igreja e ser ensinada pelo Magistério firmemente nos documentos mais recentes, no entanto, em nosso tempo e em vários os lugares são considerados discutíveis, ou mesmo um valor puramente disciplinar é atribuído à decisão da Igreja de não admitir mulheres a tal ordenação.
Portanto, a fim de afastar quaisquer dúvidas sobre uma questão de grande importância, que diz respeito à constituição divina da Igreja, em virtude do meu ministério de confirmar a fé irmãos (cf. Lc 22,32) Declaro que a Igreja não tem, de modo algum, a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que essa opinião deve ser considerada definitiva por todos os fiéis da Igreja".
Visto em: www.infocatolica.com via www.rainhamaria.com.br
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Só resta lembra o seguinte...
Declarou o Arcebispo francês Marcel Lefebvre:
"Não será dever de um católico julgar entre a fé que lhe ensinam hoje e a que foi ensinada durante vinte séculos de tradição da Igreja? Ora, eu acredito sinceramente que estamos tratando com uma falsificação da Igreja, e não com a Igreja católica. Por quê? Porque eles não ensinam mais a fé católica. Não defendem mais a fé católica. Eles arrastam a Igreja para algo diferente da Igreja Católica. A verdade e o erro não estão em pé de igualdade. Isso seria colocar Deus e o diabo em pé de igualdade, visto que o diabo é o pai da mentira, o pai do erro. Como poderíamos nós, por obediência servil e cega, fazer o jogo desses cismáticos que nos pedem colaboração para seus empreendimentos de destruição da Igreja? Se acontecesse do papa não fosse mais o servo da verdade, ele não seria mais papa. Não poderíamos seguir alguém que nos arrastasse ao erro. Isto é evidente. Não sou eu quem julga o Santo Padre, é a Tradição. Para que o Papa represente a Igreja e seja dela a imagem, é preciso que esteja unido a ela tanto no espaço como no tempo já que a Igreja é uma Tradição viva na sua essência. Na medida em que o Papa se afastar dessa Tradição estará se tornando cismático, terá rompido com a Igreja. Eis porque estamos prontos e submissos para aceitar tudo o que for conforme à nossa fé católica, tal como foi ensinada durante dois mil anos mas recusamos tudo o que lhe é contrário. E é por isso que não estamos no cisma, somos os continuadores da Igreja católica. São aqueles que fazem as novidades que estão no cisma. Estou com vinte séculos de Igreja, e estou com todos os Santos do Céu!”
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Por que não zelam mais pela Casa de Deus? Por quantas moedas se venderam ao mundo?